Ten. Cel. Segala divulgou dados das ações do 31º BPM desde quando assumiu o batalhão

A última reunião do ano do 31º Conselho Comunitário de Segurança, realizada no salão de eventos do Américas Hotel, foi motivada por uma campanha pouco conhecida e divulgada pelo grande público: o dezembro branco – violência contra a mulher. Estiveram presentes na mesa a presidente do CCS, Simone Kopezynski; a delegada titular da 16ª DP, Adriana Belém; a delegada assistente da 42ª DP, Marcia Lopes; a titular da delegacia especial de atendimento à mulher (DEAM), Rita Salim; a subsecretária de política para mulheres, Comba Porto; o subcomandante do corpo de bombeiros, André Suzano; o representante da guarda municipal, Claudio Sebastião; o titular da delegacia de proteção ao meio ambiente, Antônio Ricardo; e o Superintendente da Barra, Recreio e Vargens, Flávio Caland.  

Simone abriu os trabalhos com uma mensagem de reflexão sobre o tratamento que a sociedade faz à mulher: “o povo clama por mudanças, pois, em pleno século XXI, ainda vivemos as mazelas dos tempos medievais, já que violência contra a mulher continua sendo tratada como um tabu na sociedade”.

De fato, o tema ainda é pouco difundido na população. E dados divulgados pela delegada Adriana Belém mostram isso. Em 2017, houveram 194 denúncias de desrespeito a mulher em transporte público e 545 de atentado ao pudor. Fora isso, 65% dos casos julgados pela Lei Maria da Penha aconteceram em casa e há 15 tentativas de violência por mês no estado. A titular da 16ª revelou que o caso de Karina Garófalo, tratado como feminicídio, não foi para a grande mídia porque era sigiloso: “tivemos casos que geraram muita repercussão e fizemos também coisas silenciosas. Há 4 meses atrás recebi um telefonema de um abalroamento que, no final, gerou a morte de Karina. Aproveitando, queria agradecer o excelente trabalho que a Delegacia de Homicídio fez no caso”.

Rita Salim contou como a DEAM surgiu e sua importância em colaborar para que pessoas do gênero feminino denunciem abusos” a primeira DEAM surgiu no Brasil em 1985, e no Rio no ano seguinte. Antes, as mulheres não denunciavam por medo, mas as políticas públicas de hoje as encorajaram a ir à delegacia. Qualquer tipo de violência, seja ela física, moral, psicológica ou sexual deve ser denunciada”.

Comba Porto disse que a missão da subsecretaria é de coordenar as políticas no município, conforme as leis federais e estaduais. Além disso, ressalta, está no artigo sexto da Lei Maria da Penha de que a violência contra a mulher viola os direitos humanos: “é preciso reeducar a sociedade para uma cultura de paz e de comunicação não violenta. Precisamos erradicar as condutas discriminatórias”.

Ten. Cel. Segala consegue manter a ordem na região  

Na apresentação do comandante do 31º BPM, o Ten. Cel. Segala mostrou gráficos comparativos desde o período que assumiu o batalhão, no final de setembro. Os dados divulgaram uma queda no roubo de rua, e um pequeno aumento no roubo de veículos. Enquanto o primeiro item, em 2017, registrou 712 casos, neste ano, até agora, 512. Já o segundo, aumentou de 113 para 114, algo justificado por Segala: “estamos acompanhando uma quadrilha que rouba carros no Recreio, com ajuda da 42ª DP. Já conseguimos prender algumas pessoas, mas ainda faltam outras”.

Já os casos de letalidade, os casos notificados estão abaixo do registrado no ano passado: 12 ante 16. O motivo para esse controle, de acordo com o comandante, se deve pelo fato do reordenamento dos policiais, nos quais muitos foram deslocadas para pontos estratégicos e de maior índice de crimes no bairro.

Além desses, outros dados também foram noticiados. Até o momento, aconteceram na região 180 prisões ou apreensões; nove armas e sete simulacros confiscados; 150 máquinas de caça níqueis confiscadas; 19 pessoas presas por jogo do bicho; 49 veículos recuperados; 45 cartuchos de munições apreendidos; 68 sacos de cocaína e 9 kg de maconha encontrados. Para finalizar das 2185 ocorrências no período, 658 não se constatou nenhum crime, 95 foram de atrito verbal, 61 de perturbação ao sossego e 36 de violência contra a mulher.