Jornal da Barra entrevista Marcelo Alves, presidente da Riotur
Presidente da Riotur, Marcelo Alves concedeu entrevista exclusiva para Claudio Magnavita, o editor chefe do JORNAL DA BARRA, na qual contou detalhes da carreira e das novidades festivas que estão por vir na região, principalmente para o Réveillon.
Claudio Magnavita: Marcelo, estamos agora oficialmente no verão. O que podemos esperar para o calendário de verão do Rio de Janeiro? Quais surpresas o Rio de Janeiro nos reserva para o verão?
Marcelo Alves: Nós entendemos e tratamos, desde já, o verão como o principal produto da cidade do Rio de Janeiro. Os turistas realmente vêm para curtir nossas praias. E nós, entendendo essa demanda, antecipamos o início do verão, e, na verdade, o verão começa hoje para nós, no dia 3 de novembro. Então, nós tratamos e embalamos o verão carioca como um projeto também de marketing, antecipando este início para que tenhamos quatro meses de verão na cidade, de muitos eventos acontecendo e, evidentemente dentro deste projeto, os maiores eventos do Brasil: o nosso Réveillon e o nosso Carnaval.
C.M: O que você pode antecipar com relação ao Réveillon 2018/19?
M.A: Será um Réveillon inesquecível. Já estamos finalizando toda elaboração do planejamento de produção. Posso adiantar que teremos a volta, de uma forma tecnológica, de um grande ícone da cidade, que é a cascata do antigo Hotel Meridian, hoje Hilton. Vamos fazer uma projeção mapeada fantástica, uma queima de fogos inesquecível. Já estamos alinhando bombas jamais vistas no Brasil, em termos de polegadas, aberturas e efeitos especiais. Enfim, não será só uma noite, até porque o Réveillon para nós começa no dia 26 de dezembro, terminando no dia 6 de janeiro com um grande desfile da Escola de samba da Beija-Flor, na Avenida Atlântica.
C.M: O que você pode adiantar sobre o Carnaval 2019?
M.A: Temos também novidades. Estamos implantando em todo o sambódromo oito telões de alta definição, para que todos os espectadores possam ver, em detalhe, toda aquela magnitude do espetáculo. A volta do ensaio técnico, que é um desejo nosso, estamos trabalhando arduamente para viabilizar comercialmente também isso. A cidade está respirando alegria. A cidade está respirando e vivendo momentos fantásticos, e é isso que a gente, cada vez mais, precisa passar. Não só ao carioca, mas ao brasileiro e ao turista estrangeiro, que vem para a cidade vivenciar a nossa alegria. Estamos trabalhando para que realmente possamos promover a cidade, buscando caminhos na iniciativa privada, em parcerias com marcas. Até porque, o Rio de Janeiro é uma grande vitrine. E marcas querem estar no Rio de Janeiro. Então, estamos trabalhando para que possamos colocar o Rio de Janeiro na posição que merece: no cenário mundial turístico.
C.M: Agora, e a importância do Prefeito Marcelo Crivella de compreender, entender e apostar nessa profissionalização do trabalho de marketing do turismo carioca?
M.A: O prefeito foi bastante adequado na sua posição ao trazer uma equipe de profissionais para a Riotur, entendendo que o Rio precisa do marketing. O Rio de Janeiro é um grande produto, não só na questão turística, mas também nas questões de recursos advindos de projetos de marketing para a cidade que possam gerar mais receita, não só para a melhoria destes eventos, como também mais receita para a cidade. Eu entendo e acredito que o turismo não é mais a vocação da cidade, e sim a solução imediata na geração de empregos e de crescimento. O turismo é a nossa principal indústria. O prefeito entende isso mesmo na dificuldade financeira que a cidade passa, adquirindo na sua passagem de bastão da gestão anterior uma dívida grandiosa. Mas a gente não parou. Continuamos a trabalhar muito, buscando caminhos para que a cidade, além de não parar, cresça. E é o que estamos fazendo. Os números comprovam isso. A cada evento, a cada momento, como o Réveillon, Carnaval, Rock in Rio, bate recorde de turistas na cidade.
C.M: Com relação à integração do poder municipal e iniciativa privada, o diálogo que você tem hoje com a hotelaria do Rio de Janeiro é de muita proximidade. Como você vê esse apoio e essa interface?
M.A: Muitíssimo bem. Todo o trade da rede hoteleira me recebeu maravilhosamente bem. Estamos completando dois anos de gestão e só cresce a nossa sinergia, e nossa vontade de crescer. Estamos sempre buscando o melhor para a cidade, unindo informação, promoção e comunicação, para que a gente faça uma cidade emblemática no cenário mundial turístico. E eu tenho muita confiança de que a gente já está chegando em números surpreendentes.
C.M: Você levou a Riotur para a Barra, que se transformou em um polo turístico extraordinário. Hoje, o mercado argentino está presente na hotelaria da orla, e você tem a Barra da Tijuca como um eixo político do país, em função do Presidente eleito ser um morador da Barra. Como você vê esse momento especial que a Barra vivencia?
M.A: Eu acho que essas ações e atitudes já estão comprovando o potencial da Barra da Tijuca. A cidade hoje está moderna, bastante profissional no transporte e na rede de hotelaria. E a Barra é o grande centro disso. Foi o grande Centro Olímpico e deixou para nós uma rede de hotelaria moderna, com todas as principais cadeias hoteleiras aqui no Rio de Janeiro. Levar a Riotur para a Barra da Tijuca foi uma atitude, não só profissional, mas principalmente de reconhecimento a essa área da cidade, que merece uma atenção especial. Então, a Riotur entende hoje que o turismo é negócio, e ter a Riotur instalada na Cidade das Artes, um espaço completamente moderno e adequado a receber executivos, embaixadores e autoridades, faz com que o nosso negócio turístico tenha muito mais respeito e muito mais atenção. E é isso que temos feito diariamente.
C.M: Esse espaço que é a Cidade das Artes vai ser o palco da entrega da primeira edição do Prêmio Nacional de Turismo. Como você vê essa integração com Governo Federal e essa decisão do Vinicius Lummertz de trazer para o prêmio Rio de Janeiro e para a Barra?
M.A: O nosso ministro Vinicius Lummertz está na frente. Está realmente pensando na frente, antenado a tudo e a potencializar diariamente o turismo brasileiro, e ele tem um carinho especial ao Rio de Janeiro. A nossa união diária é fato. E essa ideia, mais uma brilhante ideia dele, de realizar o Prêmio Nacional de Turismo no Rio de Janeiro, nós abraçamos com muita vontade, para não só viralizar esse grande acontecimento de uma forma bastante emblemática, mas, principalmente, receber a todos, do Brasil e do mundo no Rio de Janeiro, nessa semana que vai premiar, eleger, e destacar as grandes personalidades e grandes ações do turismo brasileiro.
C.M: Agora, e o Réveillon da Barra da Tijuca?
M.A: Está dentro do nosso planejamento, como ano passado, com uma grande queima de fogos. Acredito que teremos a rede hoteleira lotada, e a cidade inteira já com números importantes de ocupação não só para o Réveillon, como também para o Carnaval. Então, eu estou muito feliz porque, mesmo com essas dificuldades financeiras que encontramos, não falta energia, não falta vontade, não falta entusiasmo não só de nós, que vivenciamos o trade, mas também de uma equipe muito aguerrida, entendendo que o Rio de Janeiro precisa e vai superar, através do turismo, esse momento que o país está vivendo, para o crescimento eterno. Estou muito feliz e confiante.
C.M: Para um profissional de marketing vivenciar a oportunidade de vender a sua cidade, o que você aprendeu? Qual foi o grande legado que você tem nesses dois anos? Gostaria que você fizesse uma confidência com relação ao que tem sido uma leitura nesses dois anos de gestão.
M.A: Eu posso garantir que, como publicitário e profissional de marketing, tenho a conta do maior cliente do Brasil, que é a marca Rio de Janeiro. Trabalhar, como eu sempre trabalhei, desenvolvendo ações para marcas, gerando resultados para marcas, não existe marca mais encantadora, desejada, fantástica de se trabalhar que a marca do Rio de Janeiro. Então, para mim é um privilégio. A gente trabalha com muita vontade e com muito prazer, por ter uma marca que todos gostariam de trabalhar. E eu me sinto muito abençoado por isso, porque realmente fazer, do nosso dia-a-dia uma cidade, uma marca ainda mais crescente, eu só posso dizer para você que não é trabalho. É prazer e satisfação.
C.M: No plano de gestão e institucional, nesse cenário de mudança de poder executivo federal e estadual no Brasil inteiro, a responsabilidade do gestor municipal, principalmente os das capitais, aumenta. Como você vê o papel da associação de dirigentes municipais e, principalmente, o papel do dirigente municipal de estar à frente da continuidade da gestão do turismo oficial neste período de transformação e de mudanças nacionais?
M.A: Eu entendo e confirmo que o turismo, não só no Rio de Janeiro, mas principalmente no Brasil, é o grande negócio. É a principal indústria que nós, de fato, precisamos ter a consciência do seu retorno grandioso e imediato. Grandes cidades e grandes países que entenderam isso são um sucesso hoje. Então, essa integração, essa profissionalização das autoridades de turismo das cidades precisam estar, cada vez mais, unidas e antenadas com a modernidade. E, principalmente, buscando caminhos e alternativas para não mais depender exclusivamente do recurso público. Vivemos na cidade e no país em dificuldades, mas não é isso que vai nos abater e transformar as nossas vontades um sucesso. As marcas estão aí, as empresas querem participar desse movimento. Entendem que o turismo é gerador não só de desenvolvimento, mas de resultados. Então, é isso que a gente tem que ter: um olhar de profissional, de gestão ainda mais eficiente e de encantamento. A gente precisa fazer com o que o turismo seja ainda mais entendido como a forma de encantar a todos. Então, é assim que a gente trabalha: acorda diariamente com muita vontade de trabalhar.