Minha escola grafitada: Projeto cultural leva graffiti gratuito às escolas
A Escola Municipal Zuleika Nunes de Alencar, localizada na Rua Des. Antônio P. Pinto Cruz, 400, no condomínio Alfa Barra da Tijuca, participou de mais uma edição do projeto cultural MINHA ESCOLA GRAFITADA. A convite do professor de teatro Jorge Henrique e com o apoio da direção da escola, os idealizadores do projeto, o grafiteiro e artista plástico Léo Shun e a jornalista e pedagoga Lorena Crist realizaram uma oficina de graffiti gratuita que culminou em um mural grafitado com a participação dos alunos. Toda a atividade realizada aconteceu sob a temática “NA ONDA DA FAVELA”, uma proposta reflexiva que convida os alunos da escola e também moradores de favela a se verem de forma empoderada, tão belos e fortes como uma onda.
O projeto cultural MINHA ESCOLA GRAFITADA que por enquanto vem acontecendo de forma independente, nasceu no ano de 2019 e desde então contabiliza quatro edições já realizadas, o intuito é levar a oficina de graffiti de forma gratuita as escolas, promovendo aos alunos uma proximidade com a arte urbana e com toda a sua linguagem. Adolescentes e jovens aprendem técnicas de desenho, a manusear as ferramentas e materiais utilizados no graffiti, aprendem sobre a concepção criativa e conceitual que há nos murais, além de entenderem sobre a importância da manifestação artística e como esse colorido dialoga com a sociedade.
Geralmente a oficina começa com uma palestra, seguida de atividades artísticas dentro de sala e por último a produção de um mural grafitado com total participação dos alunos. Em cada escola aborda-se uma temática diferente, tudo é pensado e combinado previamente entre um representante da instituição e os idealizadores do projeto.
“O objetivo do projeto é proporcionar o contato com a arte dialogando sobre temas importantes como sustentabilidade, empoderamento, inclusão, diversidade, etc. Foi uma iniciativa que tivemos por perceber a força da arte para formar e transformar as pessoas, para conscientizar os jovens sobre o seu valor, seu potencial, suas capacidades e seu papel na sociedade. Realizamos de forma independente por falta de apoio e patrocínio, mas conseguiríamos alcançar muito mais adolescentes e jovens, muito mais escolas, se tivéssemos apoio para suprir os gastos com tintas e outros materiais.”, afirma o artista Léo Shun.
O painel intitulado “Na onda da favela” foi feito em um dos muros da escola, a arte foi composta por uma onda gigante formada por palavras escolhidas pelos alunos, que descrevem o que há de melhor na favela como “humildade, história, amizade, amor, união e criatividade”.
Com um fundo em degradê vibrante e a representação de uma comunidade multicolorida, a arte ficou como legado do projeto e segue cumprindo seu papel ao chamar a atenção e cair na graça de toda instituição e também de moradores locais.
“O graffiti proporciona um colorido ao ambiente que vai além da estética, um dos objetivos da arte urbana é comunicar, expressar sentimentos, dando voz aos pensamentos críticos, conscientizando, provocando, sensibilizando, etc. O projeto MINHA ESCOLA GRAFITADA atua em escolas públicas buscando conscientizar os alunos da sua capacidade de transformação na sociedade, mostrando que eles podem, através da arte, expressar o que sentem e acreditam como agentes transformadores, como sujeitos atuantes no seu território”, diz Lorena Crist, coordenadora do projeto.
O projeto acontece a convite das escolas, que entram em contato interessadas em levar o graffiti para sua instituição. A partir desse contato inicial, a equipe detalha para escola a metodologia do projeto e juntos combinam um tema a ser desenvolvido com os alunos e a data para a atividade ser realizada.
Para conhecer mais sobre o projeto MINHA ESCOLA GRAFITADA e sobre outros trabalhos e projetos do artista plástico e grafiteiro Léo Shun e da jornalista e pedagoga Lorena Crist é só acompanhá-los através das redes sociais, Léo Shun e ShunGraf (suas páginas no Facebook), @leoshun_rj, @shungraf e @lorenacristoficial (Instagram).