31º BPM emite nota de esclarecimento sobre possível arrastão na Ayrton Senna
Batalhão faz alerta dos efeitos da propagação de notícias falsas
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A decisão ocorreu no mesmo dia em que determinou a transferência do ex-governador Sérgio Cabral da cadeia de Benfica, Zona Norte do Rio
Líderes e autoridades policiais da Barra estiveram no encontro
por Guilherme Cosenza
O medo da demolição também chega ao Rio das Pedras. A comunidade que existe há 54 anos e está localizada entre a região da Barra da Tijuca e o bairro do Anil, hoje se vê refém de uma possível destruição em massa de seu território o que pode acabar desabrigando os mais de 80 mil moradores da região.
A preocupação com as demolições começou a partir da decisão de Marcelo Crivella que, após assumir a prefeitura da cidade, vislumbrou fazer um projeto de verticalização do Rio das Pedras, o que incluía a criação de prédios de até 12 andares, chegando a um total de até 35 mil apartamentos que poderiam ser adquiridos a partir do consórcio “Minha Casa, Minha Vida”. Porém, a ideia não agradou a comunidade, pois eles teriam que comprar os apartamentos para continuar vivendo na região. Com isso, um grupo de moradores conseguiu barrar a ideia do prefeito, após uma manifestação realizada no dia 25/08, onde ocupando a Avenida Engenheiro Souza Filho, em Jacarepaguá, os manifestantes mostraram seu repúdio à iniciativa.
A manifestação surtiu efeito e o prefeito então cancelou a ideia de verticalização de Rio das Pedras. Contudo, pouco tempo depois o prefeito novamente voltou a ter ideias para região, querendo criar uma estação de BRT passando bem no meio da comunidade: “o Rio das Pedras não precisa de um BRT passando aqui dentro, se ele for criado, muitas casas serão destruídas por conta do alargamento das pistas. Serão necessárias que se abra quatro ruas para criar um BRT, com isso, muitas casas terão que ser retiradas dali”, explicou a moradora Lorena Carvalho que ainda salientou a negatividade da gestão do prefeito: “desde que o Prefeito assumiu, nós estamos vivendo esse terror”.
Lorena se juntou com diversos moradores e vem lutando diariamente contra a nova medida: “temos pessoas enfartando e morrendo por conta dessa situação, temos idosos aqui que moram desde que a comunidade começou. Hoje vivemos esse pesadelo dia a dia, mas Rio das Pedras vai lutar até o fim por isso”. A moradora ainda conta que o grupo tenta de todas as maneiras falar com as autoridades responsáveis pelo caso, mas nunca conseguiram lograr êxito: “queremos conversar com os políticos, mas eles nunca escutam a gente e não dão uma resposta sobre o nosso problema. Eles não sabem o que passamos para poder ter nossas casas e agora quererem vir e destruir os sonhos das pessoas”.
O medo da comunidade também é por conta do impacto que as obras poderão ter nas demais edificações locais: “as casas ficariam condenadas, pois uma obra de grande impacto como essa de um BRT aqui na região, coloca em perigo todos os prédios e casas de Rio das Pedras que podem acabar não aguentando a obra e se tornando moradias condenadas, obrigando as pessoas a saírem. Isso tudo é uma grande covardia”. Lorena ainda afirma que o motivo das obras é na realidade uma maneira de Crivella conseguir mais espaço para o mercado imobiliário local: “por não terem mais espaço pra fazer obras perto da Barra da Tijuca, querem atingir as comunidades próximas para ganhar esse espaço e apagar as comunidades da região de vez”.
A Prefeitura, no entanto, não colocou aos moradores o que será feito deles, caso as obras sejam executadas e seja necessária a saída dos atuais residentes de Rio das Pedras. Outra atitude negativa que a Prefeitura acaba de fazer na tentativa de dificultar a vida da comunidade foi a retirada dos “Guardiões do Rio”, que tem como função limpar os lixos e dejetos jogados nos rios próximos a comunidade: “eles tiraram os guardiões, a Comlurb ainda passa, mas os guardiões eles tiraram, por conta disso, nós os moradores nos reunimos e estamos de maneira comunitária fazendo essa limpeza”.
Sede do 31º BPM recebeu o encontro
por Guilherme Cosenza
Um dos grandes problemas de ordem pública em toda a cidade é a presença dos flanelinhas. Esse problema parece ser ainda maior na região da Barra da Tijuca e do Recreio dos Bandeirantes. Contudo, existem pontos legalizados que podem ser sim cobrado uma taxa para o estacionamento dos carros nas vias públicas, porém, esses valores devem ser cobrados por trabalhadores legalizados junto à prefeitura, o que muitas vezes não acontece.
As orlas da praia são totalmente tomadas pelos guardadores de carros, nas avenidas mais movimentadas como a região do Condomínio Condado de Cascais, na Avenida Armando Lombardi, fica impossível estacionar o carro sem que ninguém venha cobrar os mais variados preços. O problema aumenta ainda mais pelo medo dos motoristas, que coibidos pelos guardadores ilegais, acabam recebendo ameaças sobre a integridade de seus veículos, caso resolva não pagar a taxa por eles impostam, esses valores acabam variando de R$2,00 até R$ 10,00 ou mais, de acordo com o período e onde o motorista pretende ir. Procurado pela nossa equipe, o Superintendente da Barra da Tijuca, Carlos Magno falou sobre os planos de ação traçados para combater a ilegalidade dos flanelinhas: “ as medidas foram tomadas já no primeiro dia de trabalho, sob orientação e operações em conjunto da Prefeitura com a Polícia Militar e Polícia Civil , fazendo a prisão de diversos flanelinhas em exercício ilegal da profissão”.
Magno ainda afirmou que após a prisão de uma parte dos flanelinhas ilegais que agiam na região, a normalidade e a ordem voltaram aos poucos a reinar: “com isso os guardadores devidamente regularizados estão retomando suas atividades em locais exclusivamente permitidos e legais”. Contudo, o numero de apreensões ainda é muito aquém da realidade de flanelas ilegais que agem nos mais variados pontos do bairro. A desordem pública é tamanha que basta apenas um ou dois dias para que os flanelinhas retirados voltem a atuar a luz do dia sem medo de repressão.