O Carnaval é sinônimo de festa, cores e alegria, mas também representa um grande desafio para o trânsito no Rio de Janeiro. Nas ruas da Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes e demais bairros da Zona Oeste, a combinação de foliões, interdições e motoristas desatentos pode transformar a diversão em transtorno – ou pior, em acidentes graves. Com o aumento no consumo de álcool e o crescimento da circulação de veículos e pedestres, a fiscalização se intensifica, e quem não respeita as regras pode pagar caro.

A advogada especializada em direito de trânsito Marcelle Falcão alerta para os principais cuidados que motoristas e pedestres devem ter para evitar acidentes e multas durante a folia. Mas a pergunta que fica é: será que todos estão realmente preparados para o caos viário que o Carnaval impõe?

 

Blitz e Lei Seca: Tolerância zero para motoristas alcoolizados

Basta um passeio pelas ruas da Barra na madrugada para ver a cena se repetindo: motoristas sendo abordados pela operação Lei Seca, bafômetro em mãos e, em alguns casos, o carro guinchado. Durante o Carnaval, a fiscalização é intensificada e não há espaço para negociação. “As blitzes são reforçadas e instaladas em pontos estratégicos, principalmente perto de blocos e festas”, explica Marcelle.

Os números falam por si: em 2023, durante os dias de folia, mais de 3.000 motoristas foram autuados pela Lei Seca no Rio, segundo o Detran-RJ. O rigor tem motivo – o consumo de álcool no Carnaval dispara, e com ele, os acidentes. Dados da Polícia Militar indicam que as colisões envolvendo motoristas alcoolizados aumentam cerca de 30% nesse período.