Confira também a entrevista em vídeo, feita pelo editor do JORNAL DA BARRA Claudio Magnavita

Se vivêssemos em um período monárquico, Ney Suassuna, o entrevistado dessa edição do JORNAL DA BARRA, teria o título de Visconde de Suassuna, que foi o seu ancestral ou teria a denominação de Visconde da Barra. A sua bela residência no alto do Itanhangá está para a nossa região como o Castelo de São Jorge está para Lisboa.

Foi no seu “Castelo” que o agora novamente senador (primeiro suplente) recebeu o jornalista Claudio Magnavita para uma conversa e um passeio nas aventuras deste agitado líder empresarial, pintor, educador, escritor e político.

Quando aos 26 anos, o jovem Ney Suassuna saiu de Campina Grande, na Paraíba, e rumou para São Paulo, ele nem imaginava que um dia se apaixonaria pela Barra da Tijuca. O senador revelou que sua primeira surpresa na cidade paulista foi que ele “via muitas meninas na madrugada”, relembrou. Mal sabia ele que muitas outras surpresas o aguardavam, principalmente o encontro de um novo lar em que ele está até hoje. Confira a entrevista que o senador da Barra deu para nossa equipe e entenda um pouco da história:

Claudio Magnavita: vamos começar por essa relação de amor sua pela Barra

Ney Suassuna: Eu já tinha ido para Recife, João Pessoa, mas não conhecia o sul. Mas quando vim para o Rio me apaixonei. Larguei o gabinete do Prefeito Faria Lima.

Só que o Rio tem cantos que cada vez apaixonam mais a gente. A primeira vez que eu vim na Barra da Tijuca, eu tinha na minha cabeça aquela música "Menina vai, se não um dia a casa cai".  Me encantei pelo complexo lagunar, com uma praia maravilhosa, com uma areia que eu só tinha visto na Praia do Francês em Alagoas. Era o verde da montanha, o azul do céu. Eu fiquei encantado pela Barra da Tijuca. Assim surgiu o Nova Ipanema. Eu larguei tudo para lá, vendi o que tinha e vim morar em Nova Ipanema.

Isso na gênesis da Barra...

Em 1973 ou 72. E foi impressionante a mudança, porque eu saí da República do Peru, em Copacabana, e vim morar na Barra da Tijuca no Novo Ipanema. No início era um horror. Era tanto silêncio que eu não conseguia dormir, eu estava acostumado com o barulho de Copacabana. Era um silencio sepulcral. Eu não troco de jeito nenhum pela Zona Sul. Quando eu tenho que ir para lá, eu fico meio preocupado, porque o meu território, o meu lar e o meu habitat é na Barra da Tijuca.

A inteligência universal transcende a questão geográfica, você vê universalidade na inteligência?

Eu vejo. Você pode encontrar selvagens, colocando entre aspas, como os ingleses chamavam os habitantes da Austrália, e você olha e encontra alguns deles geniais. A genialidade se espalha por onde tem os genes humano e é surpreendente porque quando você menos espera, no final do mundo, aparece um gênio.

E a inteligência aplicada? Porque conhecemos o Ney Suassuna presidente da Acir Barra, o Ney Suassuna senador, o Ney Suassuna educador..., mas poucas pessoas conhecem o Ney Suassuna pintor e escritor. Como a inteligência aplicada é na sua cabeça?

A minha família é uma família muito antiga. Temos registro da família desde 1160. É a família Cavalcanti de Albuquerque. O nome Suassuna era de um rio que cortava um engenho de açúcar. Suassuna em Tupi Guarani quer dizer Bicho Grande e Preto, deveriam ser os veados que passavam por lá (risos). A verdade é que nós tivemos um Barão Suassuna, que virou Visconde de Suassuna, que era irmão do Visconde de Albuquerque. Este nome perdura até hoje, mas nós na verdade somos de origem portuguesa e italiana.

E para nós é uma alegria muito grande vermos que a família conseguiu sobreviver a revolução de 1930, quando mataram o pai de Ariam, que era o governador do estado, perdemos todas as nossas fazendas. Isso porque um primo nosso matou João Pessoa e nós pagamos um preço terrível. Por 17 anos vivemos abaixo do pé do governo federal, estadual e municipal, lá no 'escafundel' de Judas. Não tinha direitos humanos. Meu pai com 11 anos levou uma 'traulitada' na cabeça e ficou três dias em coma. Ele ficou internado no colégio e espancaram ele, só porque ele era Suassuna. Tivemos que voltar atrás, com um conselho de família e uns ditados muito fortes, como "melhor que nós, ninguém. Igual, pouca gente. Pior, quase todo mundo". Isso quem me dizia era meu bisavô, era um mantra, por exemplo: "fulano é pintor, eu não sei pintar, mas ele não tem três braços nem cinco olhos, então eu também posso". Nessas de tentar eu consegui fazer alguns quadros, escrever versos e consegui dessa forma que as pessoas dizem: "é louco", mas Salvador Dali era louco...

Clique aqui e assusta a entrevista de Ney Suassuna com o editor do Jornal da Barra Claudio Magnavita

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A genialidade e a loucura têm um fio tênue...

Sábado passado mesmo eu estava aqui e lembrei que nunca mais havia pintado, então eu fiz dois quadros entre sábado e domingo. Eu me divirto com isso e agora estou doutrinando meu filho pequeno, de 7 anos.

Aliás, você tem um filho de sete e está esperando mais um...

É uma missão dada por Deus, que se espalhe. E um menino só na casa fica muito solitário. Outro dia ele falou comigo: "estou muito solitário, só tem eu nessa casa", e eu pergunto se ele está infeliz e ele diz: "óbvio". É um vocabulário de uma criança que só convive com gente adulta

Queria falar da sua relação com um conterrâneo seu, o Assis Chateaubriand, pai da grande mídia, um paraibano que foi senador e teve a construção do seu império no sul. Queria fazer essa relação entre Ney Suassuna e Assis Chateaubriand.

Você como sempre dotado de inteligência e bondade, porque me comparar a Assis Chaeaubriand é como comparar um gigante a um nanico. Mas nós somos pessoas do interior da Paraíba e ele, como eu, tivemos que migrar para poder sobreviver. Eu fiz economia, administração, pedagogia, fiz dois cursos de pós-graduação e precisava de emprego, mas na Paraíba não tinha. E aqui encontrei uma terra maravilhosa que é o Rio de janeiro, que eu tive a oportunidade de comprar um colégio que estava fechando.

Aliás você começa dentro desse colégio com um curso inédito no curso de informática. Você foi pioneiro nisso e depois você amplia esse colégio.

Estou impressionado que você sabe da minha vida (risos). Eu quando saí de São Paulo e vim para cá eu fiz concurso para o Ministério do Planejamento, e aprendi muito com o Roberto Campos, que era um gênio. Ele me deu muitas chances e eu fiz reforma de alguns ministérios, sobre a batuta dele, em alguns estados como Minas gerais, espirito Santo e Pará e uma hora eu parei para pensar: "eu tenho ambição com uma coisa positiva", então eu como funcionário público eu jamais seria uma pessoa rica e pedi demissão do serviço público.

Então, eu fui premiado pelo meu chefe que me deu a oportunidade de fazer um curso nos Estados Unidos e me mandou para uma universidade. Eu voltei para fazer um curso superior de computação. Misturei os currículos de engenharia, com economia, com administração e conseguimos criar uma empresa chamada Sesat. Recentemente encontrei nosso governador do Rio e eu disse: "prazer", e ele disse: "prazer o que, fui seu aluno na Sesat", e eu fiquei todo orgulhoso. Então veja, a Sesat criou um novo currículo que o MEC aprovou. Foi assim que a gente começou. E da aí, eu consegui comprar o colégio Anglo Americano, e eu fiz uma conta: quanto leva pra ganhar dinheiro com o colégio? Uns 30 anos, e nesse período eu tenho que fazer esses 30 anos diminuírem. E aí veio o Brasil Grande, que surgiu no Tucuruí, Itaipu, e eu fui oferecer colégios nesses locais que ninguém queria e cheguei a ter 30 mil alunos em Itaipu. E passei a trabalhar para a Petrobras, tendo escola na China, Iraque, para funcionários da Petrobras que levavam a família para outros países. Chegamos ao número de 48 países com alunos nossos.

Eu te conheci fincando bandeira nos Estados Unidos.... Como é sair de Campina Grande e inaugurar uma grande escola nos Estados Unidos?

Eu mesmo me assombro com essas loucuras que eu faço. Porque todos nós temos um pouco de louco e de gênio. Eu não falo grego, mas sou cônsul da Grécia no Rio de Janeiro. Chega o pessoal da Grécia e eu chamo um padre para me socorrer e eu me comunicar com eles. Então, se ficarmos esperando, a gente não consegue. E assim, temos alunos em 48 países, temos faculdades de medicina até João Pessoa, já vendemos a maioria porque estou velho e tem gente nova. Então eu vou diminuindo, para os que vão me suceder não tenham o trabalho que eu tive.

Você teve a coragem de abrir mão de um cargo público, de um concurso federal. Você trabalhava num ministério, sob a regência do Roberto Campos. E anos depois, você vira ministro de Integração, na época do presidente Fernando Henrique Cardoso. Como foi aquele momento de assinar o termo de posse?

Foi um desafio grande. Uma emoção muito grande. FHC é um homem muito bom, muito correto. E eu consegui juntar todos os países árabes na época. Todos os países que não tinham comércio com o Brasil. Eu fui visitar cada embaixador, convidei para almoçar no senado, levei e fui abrindo espaço e, inclusive, nós estávamos com um problema com a Líbia, que nós tínhamos sido expulsos do país, porque tínhamos proibido aquele avião cheio de metralhadora que iriam para a Nicarágua.

Neste caso, nós perdemos U$2 bilhões de vendas por ano e eu fui ao presidente e disse: “Presidente, nós não podemos continuar assim.” Mas o presidente falou que o Itamaraty não queria fazer acordo, mas acabou que eu consegui resolver a situação, e virei amigo do Khadafi. Depois fui lá quatro vezes a convite dele. O filho dele também já se hospedou na minha casa, ou seja, conseguimos restituir o comércio no Brasil, e abri vários outros... Foram coisas muito importantes. Eu me senti útil ao Brasil.

Eu tenho também algumas frustrações, não tenha dúvida. Eu queria que aquele nosso navio porta-avião, que foi desativado, fosse uma feira marítima que se transportava para o mar em cada porto espalhado pelo mundo, principalmente em países africanos e asiáticos. Lamentavelmente eu não consegui. Desmancharam o navio, levei o projeto para o FHC e ele me disse que a Marinha já havia decidido que iria desmanchar. Logo, tenho algumas tristezas sim, mas tenho muitas alegrias também.

Como que é ser titular de um mandato? Por que você foi suplente, assume por seis anos e depois concorre, um mandato pleno é eleito e você consegue ter um mandato que transcende a questão regional. Como que é ser um político que vai além do foco paroquial?

Não estou repetindo o Bolsonaro, mas o Brasil é acima de tudo. A gente tem que cuidar das coisas do Brasil, que é um país encantador. Não existe país igual no mundo ano nosso. Mas nesse momento, está muito desorganizado. Contudo, temos uma obrigação com esse país.

Olha como está a África. Olha como está a Ásia. Olha como estão os países árabes. Guerra, sangue, todo o dia. Nós não somos assim. Somos diferentes deles. Quando o espanhol chegou aqui, ele chegou com três bandeiras: Deus, ouro e glória. Nós só chegamos com duas: Deus e ouro. Nós somos mais pacatos.

Atualmente, há uma divergência grande em várias áreas, mas nós temos obrigação de baixar este fogo e aconselhar a todos para que se unem. A nossa união pode fazer com que o Brasil seja um sucesso, em todas as áreas, e eu luto por isso.

Você é um líder que transcende a questão regional da Barra, mas um poeta, ele é universal quando canta à sua aldeia. Vamos cantar à nossa aldeia agora. Você imaginaria, algum dia, ter um presidente da República morador da Barra da Tijuca?

Olha, isso nos orgulha muito, e eu nunca pensei. Normalmente, a força do país estava entre São Paulo, Minas Gerais, e quando juntava todo o Nordeste, e às vezes o Sul, como foi no tempo do regime militar. Mas na realidade, para nós é um sucesso, uma alegria. Porém, não estamos felizes como o Rio está, e nem tampouco como a Barra se encontra. Nós transformamos um paraíso em uma terra de tanto chamamento, que vem pessoas hoje que não gostaríamos que viessem. Não falo de rico ou de pobre. Estou falando de assaltantes. E vários aparecem aqui na região. Nós precisamos nos cuidar disso.

Você apoiou, inclusive financeiramente, a ACBS (Associação Comunitária Bairro Seguro), que tem as câmeras de monitoramento da Barra. E agora você consegue tirar do papel o BARRA PRESENTE, junto com outros empresários. Me fala dessa cobrança que virou uma realidade de promessa do governador Wilson Witzel.

Graças a Deus, a Barra da Tijuca é um tecido social organizado por pessoas de muita visão, como é o caso do Carlos Carvalho, que tem sido o nosso guia; José Isaac Perez, que é uma pessoa genial e incrível, e por outras pessoas como o Delair, Alfredo Lopes...  E cada um cuidou e um pedaço. E esses pedaços são unidos. Nós não temos por que ser divididos. Temos que ter a inteligência de nos juntarmos. E nós tivemos.

Em qualquer tecido social, daqui a pouco o estômago começa a querer mandar mais que o coração. Então, tem sempre alguém criando uma intriga, mas nós não deixamos que esses problemas se perdurem. Todos nós temos os direitos de lutar pela Barra da Tijuca, e de preferência, unidos. E não é só com a Barra: é com Jacarepaguá, Recreio... nós somos uma grande baixada. Temos que estar unidos por que assim, conseguiremos fazer esse conjunto lagunar uma maravilha, como fizeram lá no México.

Faremos com que a Barra da Tijuca seja um paraíso para os nossos filhos e nossos netos.

O Barra Presente é um sonho antigo de todos nós. Conversamos com cada Associação, e agora surgiu uma oportunidade ímpar: a polícia se propõe pegar pessoas que já saíram, ou militares de outras áreas, ou polícias que tem folga para trabalhar em alguns dias. Assim, juntamos um efetivo que era para ser composto por 60 mil pessoas, mas que conta apenas com 49 mil.

Ser policial é uma profissão terrível, por que o cidadão sai de casa com uma pistola, para enfrentar bandidos que usam fuzis. E não sabem se irão voltar para casa. Com 25 anos de trabalho, essas pessoas têm que se aposentar por que estão com os nervos em frangalhos. E nós temos que apoiar, pois são eles que seguram essa barreira, essa mancha criminal, que vem sobre nós a todo o momento.

Conseguimos um governador que, através de seu secretário de Governo, Gutemberg, nos acionou e permitiu que nós tivéssemos esta união. A primeira chamada que nós tivemos, apareceu quem? José Isaac Perez, que disse: “eu dou 50 motocicletas; dou três carros para este projeto; dou uma van e ajudo nisso e naquilo...”.  Mas não é só chamar os capitães. Nós precisamos de você, leitor. Se você só pode dar R$ 10, dê os R$ 10. Se só pode dar R$ 100, dê os R$ 100. E você, do botequim, é tão importante quanto o dono do shopping. O importante é que todos nós estejamos com as duas mãos juntas, fortes, unidas lutando contra essa degradação que estamos vivendo hoje, de o crime estar tão forte.

E esse tecido empresarial é representado pela ACIR Barra. Me fale um pouco da ACIR (Associação Comercial e Industrial), associação que você preside.

A Associação tem essa obrigação de lutar. Aqui, ninguém faz política. Eu faço um pouco de política, somente lá em Paraíba. Aqui não. Quem se mete em política na ACIR Barra, está desligado. Nós temos que lutar por todos, e não podemos ter uma parcela.

Agora, nós não podemos lutar só pela ACIR Barra. Nós temos que estar unidos com a ACIR, que é do Recreio e com a ACIJA, de Jacarepaguá. Eu acabei de convocar o presidente. Ele virá para fazer um chamamento, e acabei hoje de manhã de ter uma reunião lá no Américas Shopping. Falei para eles juntarem os empresários lá, pois não adianta do Metrô (Jardim Oceânico) para cá (Itanhangá), a gente fazer uma coisa, e do Metrô para lá, fazer outra. São 23 km em uma linha. Seja pela praia, seja pela Avenida das Américas.

Então nós temos que estar juntos, e eu estou muito feliz pelo fato de você ter me dado essa oportunidade de poder estar falando e conclamando. Todos, desde o botequim ao BarraShopping. Desde o construtor de uma casinha, a um construtor gigantesco que faz dez prédios de uma vez.

E a importância de um veículo, como o JORNAL DA BARRA, que defende os interesses da região?

Ser jornalista hoje é um desafio forte. Eu leio aqui o seu jornal e fico surpreso de ver como o seu jornal está crescendo, enquanto a maioria dos outros diminui. A Barra é de todos nós e todos têm responsabilidade por ela. O JORNAL DA BARRA existe para colocar as ideias da gente.

A gente tem lutado, não para nós mesmos, mas para todos. Principalmente para nossos filhos e netos. Então, por favor: saia da toca se você está nela. A Barra é de todos nós. E todos nós temos responsabilidade por ela.

Ney, muito obrigado por essa entrevista. Queria falar sobre o seu lado escritor. São 26 livros e a sua meta é chegar a 35 né?

Sim, e ainda chegar nesse ano! Tenho o exemplar de “Continuo na gaveta”. São basicamente projetos que eu apresentei como senador. Cada ano tem os projetos apresentados ali nas atuações parlamentares, e eu tirei os projetos que são imprescindíveis do Brasil. Por exemplo, a previdência. Em 1995 eu já estava gritando por ela. Hoje já é uma reforma que não pode deixar de ter.

Quero encerrar ofertando este livro, que na verdade são três: “O país na gaveta”, “Continuo na gaveta” e “Estou mofando na gaveta”.

Queria aqui dizer que o Ney foi eleito primeiro suplente para o senado, na Paraíba. Eu brinco dizendo que ele vai ser o quarto senador do Rio de Janeiro, ao lado do Flávio Bolsonaro, do Romário e do Pastor Arolde de Oliveira. E o Ney está com fortes chances de assumir este mandato. E não digo a serviço só da Paraíba, do Rio e da Barra da Tijuca, mas sim, a serviço do Brasil.

Muito obrigado por esta entrevista. A primeira de muitas pois queremos mostrar que vai ser leitura obrigatória.

Eu que te agradeço enormemente, e muito obrigado por quem nos acompanha. E não se esqueçam: Barra acima de tudo. Brasil também, mas a Barra acima de tudo, pois é onde nós estamos