Com direção de Marcéu Pierrotti, Grau ZERO explora a manipulação de narrativas e a importância da autonomia de pensamento
Como escrever outra história? Com a estreia que ocorreu no dia 13 de agosto, no Espaço Tápias, o espetáculo inédito Grau ZERO, de Diogo Liberano, traz questionamentos para o momento atual do país. Com direção de Marcéu Pierrotti, a peça explora a manipulação de narrativas e a importância da autonomia do pensamento. A peça está em cartaz e fica até dia 28 de agosto, aos sábados e domingos, às 20h.
A peça nasce das provocações artísticas entre Diogo Liberano e Marcéu Pierrotti – ambos com passagens pela academia, especificamente a UFRJ. Liberano questiona os meandros da educação – por seus desdobramentos no mestrado, e principalmente por exercer o ofício de professor universitário. E Pierroti explora e aprofunda na linguagem cênica os conteúdos levantados pela dramaturgia: “Busco trazer para a cena vestígios de acontecimentos, múltiplos caminhos para o mesmo fato, tensionando o que é verdade, o que realmente aconteceu, deixando assim o público ativo e autônomo para construir em sua cabeça a narrativa que lhe interessa. A intenção é construir uma montagem vibrante e provocadora”.
SINOPSE:
Grau ZERO conta a história de três alunos, reprovados em uma disciplina do curso de mestrado em História, que contestam sua professora sobre o grau zero recebido em suas monografias. Diante desse embate, todos tentam compreender como é possível escrever outra história. A professora é uma mulher que busca investigar, durante a disciplina que leciona, questionamentos sobre a escrita da História e sobre o fazer historiográfico. Para isso, ela compartilha com uma turma de mestrandos as suas indagações – especulando caminhos para aquilo que ela julga ser de extrema importância: como escrever a História junto ao calor de seus movimentos?
Seria possível contar o que está acontecendo no mundo contemporâneo a partir de uma escrita também contemporânea, conectada ao que está ocorrendo? O que acontece, no entanto, é que o propósito dessa professora é lido de uma maneira negativa por três de seus alunos que, em vez de aproveitarem o jogo proposto pela professora, ficam à espera de uma resposta definitiva para uma pergunta que nunca quis ser respondida: como escrever outra História? O quanto nos dispomos a ler, interpretar e intervir no nosso tempo presente ou não, o quanto somos preguiçosos em relação à nossa época? Interessa à professora que se possa, frente a uma determinada época, interpelá-la criticamente, desconfiando de seu curso e de tudo aquilo que se tornou natural.
Aqui. Agora. No Rio. No Brasil. Qual a história que estamos vivendo? O que já vivemos no passado deveria nos ajuda a lidar com as questões do agora e com a possibilidade de problemas futuros. Mas o que nós realmente sabemos da História?
Ficha Técnica:
Autor: DIOGO LIBERANO
Direção: MARCÉU PIERROTTI
Assistência de direção: ANDRÉ CELANT
Elenco: TALITA CASTRO; PEDRO YUDI; JOÃO PEDRO NOVAES; MANOEL MADEIRA
Iluminação: FERNANDA MANTOVANI
Cenografia: NÍCOLAS GONÇALVES
Figurino: TICIANA PASSOS
Direção de movimento: OLIVIA VIVONE
Designer Gráfico: TICIANA SALDANHA
Trilha Sonora: MARCÉU PIERROTTI
Produção: OLIVIA VIVONE, CACAU GONDOMAR E MARCÉU PIERROTTI
Apoio: ESPAÇO TÁPIAS
Agradecimento Especial: CAIO RISCADO E UFRJ
Realização: MARCÉU PIERROTTI, CLG e DOPPIO
SERVIÇO:
Espetáculo: Grau ZERO
Datas: 13 a 28 de agosto de 2022 – sábados e domingos
Horários: sáb e dom às 20h
Local: Espaço Tápias - Sala Maria Thereza Tápias
Endereço: Av. Armando Lombardi, 175
(entrada pela Rua Pedro Bolato, s/nº, Barra da Tijuca, ao lado do restaurante La Mole)
Ingressos: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia entrada e lista amiga)
Vendas: www.sympla.com.br e bilheteria do Espaço Tápias - aos sábados e domingos, de 15h às 20h
Duração: 70 minutos
Classificação indicativa: 14 anos
Capacidade: 80 lugares
Acesso: próximo à estação Jardim Oceânico do Metrô Rio. Estacionamento ao lado (preço único R$ 10 para clientes do Espaço Tápias)