Folhapress

A Netflix anunciou nesta terça (15) a série documental "Elize Matsunaga: Era uma Vez um Crime". Em 2012, ela foi condenada por matar e esquartejar o marido, Marcos Matsunaga, em um dos crimes que mais repercutiram no Brasil.

A produção nacional estreia na plataforma no dia 8 de julho. "Ainda não sei dizer que tipo de emoção fez eu apertar aquele gatilho", diz ela no trailer do documentário, divulgado nesta terça.

A série em quatro episódios de 50 minutos cada apresenta também depoimentos de familiares e colegas dela e da vítima, além de especialistas que acompanharam as investigações –incluindo jornalistas, advogados de defesa e acusação e peritos criminais.

Também é revisitado o passado de Elize, de sua infância em Chopinzinho, pequena cidade do Paraná, até o conturbado relacionamento com o empresário antes do assassinato. O documentário apresenta ainda os detalhes que sucederam o fato, desde tentativas de acobertamento do crime, passando pela confissão, prisão, julgamento em 2016 e também saídas temporárias, que foram acompanhadas pela equipe de filmagem.

"Senti uma responsabilidade moral muito grande em dirigir essa série. Não só pela família do Marcos e pelos amigos que sofreram com essa tragédia, mas também pela família da Elize, pessoas que não sabiam de nada daquilo, mas que também sofrem as consequências até hoje", diz a diretora Eliza Capai.

O CRIME

O assassinato de Marcos Matsunaga foi um dos crimes mais emblemáticos da história recente de São Paulo. O crime ocorreu em 19 de maio de 2012, no apartamento onde o casal vivia, na Vila Leopoldina (zona oeste da capital paulista), e os pedaços do corpo de Marcos foram jogados em locais distintos de Cotia (Grande São Paulo). Elize foi presa em 4 de junho.

Segundo sua defesa afirmou na ocasião do crime, ela matou Marcos após uma discussão na qual foi agredida por ele e também porque temia ficar sem a guarda da filha, em uma eventual separação do casal. A briga entre o casal teria começado porque Elize confrontou Marcos com a descoberta de uma suposta traição por parte dele.

Elize foi denunciada à Justiça pelo Ministério Público Estadual por homicídio triplamente qualificado: motivo torpe (vingança), recurso que dificultou defesa da vítima e meio cruel. Ela também foi indiciada por ocultação de cadáver.