Na semana passada, eu compareci à pré-estreia de Jogos Mortais X, o mais recente lançamento da renomada série criada por John Kramer, que marca o retorno do icônico Jigsaw. Sim, é verdade, em 2021 tivemos um spin-off lamentável que mal pode ser considerado parte oficial da franquia, intitulado "Espiral".

Para aqueles que não estão familiarizados ou desejam relembrar, John Krammer sofre de uma doença terminal no cérebro. Ele deixa seu legado com discípulos que passaram por seus jogos sádicos, todos com o propósito de "valorizar a vida". Alguns saem desses jogos com membros perdidos, outros carregam grandes cicatrizes, mas tudo em nome da sobrevivência. É curioso como o mesmo indivíduo que tira vidas também se diverte como um deus. Uma das frases mais impactantes dele é: "Eu não tiro vidas. Eu dou a escolha." E é assim que as coisas se desenrolam em "X".

 

John encontra um colega de um grupo de apoio que conseguiu um tratamento milionário que o curou: um coquetel revolucionário de medicamentos combinado com uma cirurgia de remoção do tumor. Empolgado, ele procura o Método Pederson e obtém a ajuda de Cecilia (Synnove Macody Lund), que abre uma exceção para acelerar seu tratamento de três meses para apenas uma semana. Ele parte para o México, onde descobre um local escondido, já que tanto a polícia quanto o governo estão atrás deles, pois o método ameaça a indústria farmacêutica. No entanto, algo dá terrivelmente errado, e a fúria de John se manifesta completamente: é hora do novo jogo.

Opinião:

Quanto à minha opinião, não darei spoilers sobre os envolvidos nos jogos, quem sobrevive ou morre (será que alguém sobrevive?), ou quem sofre mais ou menos. No entanto, posso garantir que após alguns filmes mornos, "X" traz de volta a angústia de estar sentado e testemunhar sessões de tortura e automutilação genuinamente perturbadoras. Todas essas sequências são engenhosamente elaboradas em sintonia com as tramas criadas. No entanto, o desfecho da maioria delas é previsível, o que acaba desfocando o filme.

 

Diferentemente dos outros nove filmes, que se baseavam em armadilhas elaboradas e torturas, este novo capítulo introduz um grande plot twist para tornar a trama mais subversiva e intrigante. É evidente a tentativa de revitalizar a franquia com um toque de horror contemporâneo, que vai além das facas e lâminas típicas de um slasher, incorporando uma narrativa mais elaborada para conectar as mortes. Pela primeira vez, vemos John participando ativamente dos jogos, o que é surpreendente. Vale a pena conferir o filme.

Nota: 9,5/10