Contadora tira dúvidas e faz alertas: no próximo ano não haverá prorrogação do prazo
O ano já está acabando e, quando menos esperar, chega a hora de prestar contas ao leão. O que muita gente não sabe é que para evitar estresse e quem sabe até pagar menos imposto de renda, é melhor se organizar de maneira antecipada. Separar os documentos em algum lugar (físico ou digital) é uma maneira de chegar com tudo pronto na hora de fazer a nova declaração.
Então, surge a pergunta: que documentos eu devo separar? A contadora Amanda Rodrigues, Diretora de Comunicação do Fórum 3C, tira dúvidas sobre alguns documentos obrigatórios que podem impactar na sua Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda (IRPF) para o próximo ano:
- Os comprovantes de pagamentos de planos de saúde;
- Recibos de médicos e notas fiscais de serviços hospitalares;
- Notas fiscais de exames laboratoriais;
- Documentos de compra e/ou venda de automóveis;
- Documentos comprobatórios de compra e/ou venda de imóveis;
- Comprovantes de parcelas de empréstimos;
- Comprovantes de pagamentos de mensalidades escolares.
“Lembre-se de que tudo que impacta seu patrimônio traz reflexos na sua declaração de IRPF. Minha sugestão é que você vá juntando esses documentos em uma pasta no seu computador para enviar ao seu contador tudo o que ele precisa já no início do ano seguinte. Quem se antecipa na entrega da declaração, leva a melhor”, recomendou a contadora.
Uma das vantagens de entregar antecipadamente é a possibilidade de receber a sua restituição, caso tenha direito, já nos primeiros lotes.
“Depois de tudo que passamos em 2020, receber antes não é nada mal. Além disso, entregando antes, a declaração é processada rapidamente, e, caso haja erros a corrigir, o IRPF poderá ser retificado, sem prejuízo ao contribuinte”, acrescentou Rodrigues.
Outra vantagem de se antecipar é que, diferente de 2020 onde a entrega foi prorrogada por conta da pandemia COVID-19, em 2021 a prorrogação do prazo não deve ocorrer. Por isso, quem não entregar no prazo pagará multa que varia de R$ 165,74 a 20% do imposto devido.
Reduza o valor do IR a pagar ainda em 2020
A especialista explica ainda que o contribuinte pode, ainda em 2020, fazer um investimento para aumentar sua dedução nos impostos a pagar. Segundo Rodrigues, para aqueles que entregam a declaração na modalidade completa, por exemplo, o contribuinte deve fazer uma simulação da declaração, incluindo o pagamento de uma previdência privada (PGBL).
“Nessa simulação, ele vai verificar se os impostos a pagar podem ser reduzidos com este tipo de investimento. Mas atenção, o limite para dedução é de 12% do total dos rendimentos tributáveis. É comum que as pessoas deixem este dinheiro guardado na poupança, mas o rendimento do PGBL é maior do que o da poupança”, alertou.
Por isso, caso você tenha dúvidas, a diretora do Fórum 3C recomenda que você procure um contador. A Receita Federal aprimorou muito o cruzamento de informações. Preencher a declaração com o seu contador pode fazer a diferença entre cair ou não na boca do leão.