Adicionado aos Jogos nesta edição, o surf é uma das modalidades que prometem trazer medalhas para o Brasil
Luís Marcelo Castro (Folhapress)
Novidades nos Jogos Olímpicos de Tóquio, o surfe e o skate geram grande expectativa de medalhas para o Brasil, inclusive as de ouro. Se nas pistas as maiores esperanças estão depositadas nas mulheres, com o trio Pâmela Rosa, Rayssa Leal e Letícia Bufoni, os representantes masculinos do Brasil na praia são ninguém menos do que Gabriel Medina, 27 anos, e Italo Ferreira, 27, que somam 3 dos 4 títulos mundiais do país na modalidade -Adriano de Souza, o Mineirinho, completa a lista.
Apesar de os quatro surfistas sob a bandeira verde e amarela carregarem boas chances de pódio -Tatiana Weston-Webb e Silvana Lima também fazem parte da equipe-, Gabriel Medina vem de uma temporada irreparável.
Campeão mundial em 2014 e 2018 -por pouco não levou o tri em 2019-, o paulista de São Sebastião lidera com sobras o Circuito Mundial de Surfe, à frente dos compatriotas Italo Ferreira e Felipe Toledo.
Em um ano praticamente dominado por brasileiros, Medina chegou a cinco finais das seis etapas disputadas até aqui, vencendo duas delas, ambas na perna australiana da competição. Mesmo sem a companhia do padrasto e ex-treinador, Charles, Medina não perdeu o rumo com a parceria com Andy King. Pelo contrário. Neste ano ele tem o seu melhor início de temporada, inclusive acima do desempenho quando foi o campeão.
Após uma briga pública com o COB (Comitê Olímpico Brasileiro) por ter sido impedido de levar a mulher, Yasmin Brunet, ao Japão, resta saber se ele conseguirá transformar sua ira em medalha.