Inspirada em um caso real, a peça ‘Meu Marido é Uma Mulher’ está em cartaz todas às terças e quartas
A peça ‘Meu Marido é Uma Mulher’ está em cartaz no Teatro Fashion Mall, na Estrada da Gávea, e conta a história de um casal nada convencional. Juliana, interpretada por Dani Bananinha, percebe que seu marido, Luiz Otávio, interpretado por Clei Gonçalves, apresenta alguns gostos bem femininos, o que acaba causando uma série de problemas para o casamento. Além de humor, a comédia apresenta ao público o dilema vivido por um gay que usa o casamento para manter as aparências perante a família e sociedade. Risos, reflexão sobre auto aceitação e combate a homofobia dão o tom ao espetáculo.
Para Clei, que além de atuar também escreveu a peça, a comédia tem o objetivo de entreter e fazer o público sair refletindo do teatro: “é muito mais do que um besteirol”. Já Dani, que ressalta a interação com o público durante a atuação, acredita que o roteiro é passado de forma “leve e divertida”: “a química está acontecendo desde o inicio, está sendo uma delicia”, disse a atriz, que confessou que a reação do público com constantes risadas e aplausos ficou acima da expectativa: “na estreia (dia 31 de maio), quando começaram a aplaudir foi uma loucura”.
O que pouca gente sabe é que a história foi inspirada em um caso real: “fui ao casamento de um amigão meu e eu não consegui me controlar, porque ele era mais mulher do que a noiva (risos) e eles estão casados há quatro anos. No dia do casamento ele a maquiou e preparou. Eles são muito amigos”, conta. Ao presenciar a cerimônia o ator logo teve a sacada que daria origem à peça: “esse marido é uma mulher”, relembrou. Para Dani, a história que deu origem ao roteiro prova que “na vida não podemos julgar ninguém”. Ela completa: “às vezes, o companheirismo deles no dia a dia é mais importante do que o sexo”.
Para Clei, Dani conseguiu se entregar de coração ao personagem, tanto que eles se emocionaram diversas vezes ensaiando: “em algumas cenas eu olho para ela e vejo os olhos cheios de lágrimas. Ela viveu a Juliana”. A atriz ressalta o drama vivido pela personagem, que em alguns momentos acredita que a culpa pelo desinteresse do marido é dela: “é muito difícil para a Juliana, que é uma mulher muito fogosa, e tem o sexo como algo muito importante”.
A peça serve também para levar ao público o lado atriz de Dani Bananinha. Conhecida da maior parte das pessoas pelo trabalho realizado com Luciano Huck, no programa ‘Caldeirão’ da Rede Globo, ela possui uma longa trajetória no teatro e também atuando na televisão: “eu comecei como atriz, fiz ‘Malhação’ por quatro anos, e várias participações em novela. É normal o público estar focado no que ele sempre vê. Graças a Deus eu sou muito marcada pelo meu trabalho no ‘Caldeirão’, mas a atriz está viva o tempo inteiro dentro de mim”, disse a atriz que possui 24 anos no canal.
Já para Clei Gonçalves, o maior desafio é atuar na peça em que ele mesmo escreveu: “não é nada fácil. A cobrança é sempre maior, as pessoas brincam: “ele é o autor, já tem que ter o texto todo decorado”. Mas é importante ressaltar também que o Vitor Frad (diretor) me ajudou muito no processo de criação, porque, apesar da ideia original ser minha, tivemos mudanças. A Dani também ajudou colocando algumas coisas”, ressalta o ator.
Convite especial para os leitores do JORNAL DA BARRA e para os patrocinadores
Moradora do condomínio Península, Dani não deixou de fazer o seu convite para os moradores da região assistirem a peça: “eu sou bairrense, amo meu bairro e espero vocês aqui para dar muita risada. O teatro precisa de vocês”. Clei, que também já foi morador da Barra, ressaltou a importância da valorização do teatro: “São Conrado está do lado da Barra. Vamos ao teatro, vamos valorizar o teatro nacional, que está muito carente com a crise que estamos vivendo. É uma peça para refletir e se alegrar”. Além do convite para o público, os atores também fizeram um apelo para os patrocinadores apostarem no teatro nacional.
A peça, que tem a direção de Vitor Frad, está em cartaz até o dia 31 de julho, todas as terças e quartas, às 21h. A duração é de 55 minutos e a classificação é de 12 anos. O ingresso custa R$ 70,00 (inteira).