"A mania brasileira de arranjar motivo torpe para corrigir o voto errado no meio do mandato é um crime contra as urnas soberanas"
Por: Claudio Magnavita
O Prefeito Marcelo Crivella foi eleito democraticamente. Tem um mandato a cumprir e que lhe foi outorgado pela maioria da população carioca. Podem gostar ou não dele, porém ele é o Prefeito do Rio de forma legitima. Se a sua gestão não estiver indo bem ele será enviado para casa em 2020 quando tentar a reeleição.
O que a Câmara dos Vereadores está fazendo agora aprovando a abertura do processo de impeachment é desafiar a democracia. É usar uma filigrana administrativa para decapitar o dirigente da segunda maior cidade do país. É reeditar no Rio, a mesma técnica que o hoje presidiário Eduardo Cunha usou para tirar um presidente legitimamente eleito pelas urnas e entregar o Governo Federal aos seus companheiros de quadrilha.
No processo eleitoral brasileiro precisamos aprender a respeitar as urnas. Saber as consequências graves do voto errado. A mania brasileira de arranjar motivo torpe para corrigir o voto errado no meio do mandato é um crime contra as urnas soberanas.
O que parte da Câmara dos Vereadores está fazendo com o Prefeito Marcelo Crivella beira a chantagem. É colocá-lo contra a parede para abrir um balcão de negociação. Crivella pode ter os seus defeitos como administrador, porém é um homem honrado, honesto e acredita nas suas ideias. É dono de um mandato a ser cumprindo na integra. Se será renovado, cabe ao povo julgar. Temos muito a reclamar do nosso legislativo e ninguém pede para vereador ser caçado por motivos fúteis.
O mais grave neste caso é o fato de Crivella não ter o vice. Se ele estivesse vivo a Câmara não seria tão audaciosa. Dá náuseas só em pensar que todo este movimento cresceu por existir vereador de olho na cadeira do Prefeito e uma parte querendo fazer negócios.