Torcida dos sócios Amilcar Orona e Miguel Cabiro, fãs do bom e velho esporte bretão, é um dos atrativos
Provavelmente a mais representativa casa de cultura uruguaia no Rio, o restaurante La Parrilla del Mercado, no Mercado dos Produtores, no Uptown, na Avenida Ayrton Senna 5.500, na Barra, será um dos points mais adequados para assistir ao clássico internacional Peñarol x Flamengo, no dia 8 de maio, em Montevideo, em partida decisiva pela fase de grupos da Copa Libertadores da América.
Aquele que vencer o duelo irá passar de fase, mas o que perder vai correr sérios riscos de ficar de fora da competição. Se a noite será emocionante para um torcedor rubro-negro ou para um hincha do Peñarol, imagine para quem se divide entre os dois times?
Este é o caso de Amilcar Orona, dono do La Parrilla del Mercado. Uruguaio de Trinidad, mudou-se, ainda menino, para Foz do Iguaçu, no Paraná, de onde veio para o Rio em 1999. Ele próprio explica como sua preferência esportiva está repartida entre os dois times. No caso do Peñarol, trata–se de algo herdado da família.
“Quando eu era garoto meu avô paterno, que era fanático pelo Peñarol, comprou camisa, bola e me chamava para ouvir os jogos no rádio do carro, na porta de casa. Fez aflorar o ‘sangue charrua’ (uma referência aos índios da tribo charrua). Ganhei também uma camisa do Flamengo, ainda garoto. Eu conhecia o Santos por causa do Pelé, mas me encantei pelo futebol do Zico”, relembra ele, embora talvez pudesse ter escolhido outro clube tão logo chegou à Cidade Maravilhosa:
“Pouco depois de chegar ao Rio, vi o Flamengo tomar um chocolate do Vasco no Maracanã (5 a 1 na final da Taça Guanabara de 2000, em abril daquele ano). Foi marcante, mas continuei torcendo pelo rubro-negro. A torcida do Flamengo é demais! A partida mais emocionante foi a estreia da Libertadores de 2017, quando o time goleou o San Lorenzo Almagro (da Argentina) por 4 a 1. Uma pena que foi eliminado da competição pelo próprio San Lorenzo.”