Evento fez parte da programação do Barra Week e contou com a participação de presidentes de empresas e entidades da região
Assunto frequente em debates e encontros sobre o tema, a questão ambiental é pouco difundida na sociedade. Promessas e mais promessas são feitas para despoluir algo que praticamente está impossível e que um dos cartões postais da nossa cidade: a Baía de Guanabara. Assim como está complicado limpar as bacias lagunares da nossa região, que são uma das principais do Rio de Janeiro. Por conta disso, associações de moradores, em parceria com o Barra Shopping, Acibarra, ACIR Transoeste, CCBT e Câmara de Recreio e Vargens promoveram o seminário “Pacto de Resgate Ambiental Local”, dentro da programação de eventos do Barra Week.
O ciclo de debates contou com a participação de Ayrton Xerez, da Carvalho Hosken; Claudio Magnavita, vice-presidente da ACIR Transoente e editor do JORNAL DA BARRA; David Zee, vice-presidente da CCBT e oceanógrafo; e outras personalidades do meio.
Ayrton Xerez relacionou os problemas ambientais com a falta de políticas habitacionais e com a displicência dos políticos com o tema.
- O meio ambiente depende da habitação, pois um teto transmite paz e segurança, mas os homens públicos acham isso um devaneio, tanto que já ouvi prefeito da nossa cidade dizer que a favela é uma grande invenção do povo brasileiro, pois a pessoa não paga nada e consegue viver bem – disse Ayrton.
Já Claudio Magnavita salienta que a questão ambiental é o cerne da região e que os condomínios têm um papel importante e preponderante nisso.
- O meio ambiente é o futuro dos nossos filho e netos. Esse sistema lagunar é único aqui, então tem que haver conscientização Reciclagem nos condomínios pode ajudar, mas temos que transformar quantidade em qualidade, pois o meio ambiente á alma do nosso bairro – afirma Magnavita.
Em sua fala, David Zee apresentou propostas para melhorar e tentar solucionar problemas nos canais da Joatinga e de Sernambetiba.
- Nós somos formadores e multiplicadores de opinião. Nós temos que comandar isso e não deixar para o governo e iniciativa privada. O turismo da nossa região não é de entretenimento ou de diversão. É ambiental. Precisamos qualificar melhor o turismo ambiental e não ficar apenas em praias e quiosques. Podemos ter mergulhos, pescas e passeios lagunares – explica David, que apresentou projetos para aumentar o Píer da Barra e do Rio Morto e melhorar a exploração turística nos dois locais.