Folhapress

O Brasil recebeu nesta terça-feira (22) 1,5 milhão de doses da vacina da Janssen contra a Covid. A chegada ao aeroporto de Guarulhos contou com a presença do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

Segundo o ministro, o acordo com a farmacêutica belga-americana demonstra o acerto da política do governo com a ação diversificada em ampliar o acesso da população à vacinação. "Ela tem uma vantagem de ser dose única e, com isso, conseguimos avançar nosso programa de imunização", afirmou.

Queiroga também agradeceu ao braço farmacêutico da Johnson & Johnson pelo valor acertado. "As negociações resultaram em uma redução de 25% do preço inicialmente tratado, uma economia de R$ 480 milhões. É mais 1,5 milhão de doses de esperança para o povo brasileiro."

A chegada estava prevista para a última terça (14), mas o envio foi suspenso. Além disso, a pasta havia divulgado que o país receberia 3 milhões de doses. A expectativa, agora, é que a entrega seja em etapas.

Como quase 23% do lote ficará em São Paulo, segundo a divisão do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, o governo João Doria (PSDB) mantém a decisão de distribuir por todo o estado as novas doses.

Em março, o governo nacional fechou um contrato para obter 38 milhões de doses de vacinas da Janssen, que precisa de apenas uma dose. A previsão inicial de entrega era de 16,9 milhões de doses entre julho e setembro e 21,1 milhões de outubro a dezembro.

A possibilidade de antecipar parte do envio foi anunciada nas últimas semanas. O volume, porém, tinha data de vencimento em 27 de junho, o que gerou preocupação entre secretários de saúde.

Após análise, a FDA, agência que regula medicamentos nos Estados Unidos, ampliou o prazo para até 8 de agosto. Pedido semelhante para ampliar a validade foi feito pela empresa à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que aprovou o pedido. Com isso, a nova data também passa a valer ao Brasil.

Até então, o prazo de validade da vacina, quando armazenada na temperatura de 2ºC a 8º C, era de três meses. Agora, passa a ser de 4,5 meses. A Anvisa diz que a aprovação foi baseada em avaliação de estudos que demonstraram que a vacina tende a se manter estável pelo período. Aponta ainda ter considerado a decisão recente da agência norte-americana.