Folhapress
A Prefeitura do Rio de Janeiro vai exigir, a partir de 1º de setembro, o comprovante de vacinação para a entrada em locais de uso coletivo como academias de ginástica, piscinas, clubes, estádios e ginásios esportivos, cinemas, teatros, museus, parques, convenções e feiras comerciais.
Decreto com a lista dos lugares que exigirão o comprovante de vacina foi publicado no Diário Oficial desta sexta-feira (27). O prefeito Eduardo Paes (PSD) justificou a decisão como medida de interesse sanitário de caráter excepcional. A vacina exigida será da primeira, segunda ou dose única, de acordo com o cronograma de imunização da cidade. Os estabelecimentos que não seguirem as exigências serão multados e poderão ser responsabilizados criminalmente.
O Rio de Janeiro vem registrando alta nos casos da variante delta. A cepa ultrapassou a gama e já é predominante entre as amostras analisadas. A delta corresponde a 66% das unidades coletadas na capital e a 60% no estado, segundo boletim da Secretaria Estadual de Saúde divulgado no dia 16 de agosto.
No relatório anterior, as porcentagens eram de 45% no município e 26% no estado. Identificada inicialmente na Índia, a variante delta foi detectada pela primeira vez no RJ em junho, nas cidades de Seropédica e São João de Meriti, em pacientes que não tiveram contato com locais de risco.
O estado acumula uma série de números que indicam uma escalada geral da pandemia do coronavírus, com o avanço da delta e o relaxamento das medidas de restrição nas ruas, mesmo com o avanço da vacinação. Com isso, tanto o estado quanto a capital decidiram reabrir leitos exclusivos para a doença.
As mortes e as internações de pessoas idosas que já tomaram as duas doses da vacina contra o coronavírus também têm crescido constantemente. Os números estão subindo há cerca de um mês e meio e acendem um alerta para a necessidade de aplicação de terceira dose neste grupo.
A cidade do Rio de Janeiro deve começar a aplicar a dose de reforço em setembro. A estratégia, no entanto, ainda depende do envio de imunizantes, já que o município teve que paralisar a campanha entre adolescentes novamente no dia 23 de agosto.
O reforço foi recomendado pelo comitê científico da prefeitura e confirmado pela Secretaria Municipal de Saúde. A ideia é iniciar pelas pessoas em instituições de longa permanência, como asilos e casas de repouso, e depois ampliar pela idade, acima dos 60 anos.