Quase três meses após a morte de Wesley Pessano, de 19 anos, mais um homem foi preso suspeito de atirar contra o investidor em criptomoedas, assassinado quando chegava em seu carro, um veículo de modelo Porsche, em um salão de beleza em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. Agora, a polícia acredita ter achado o autor dos disparos.
Os agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes prenderam Luiz Fillipe Vieira Cherfan Tavares, de 29 anos, em uma casa na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio -a cerca de 150 km de onde o crime aconteceu. Ele é suspeito de ser o executor do homicídio do investidor, no dia 4 de agosto. Segundo a polícia, ele ainda não apresentou quem fará sua defesa e, portanto, não foi possível requisitar um posicionamento.
"Por meio da análise de dados de inteligência, obtidos em uma investigação sobre o tráfico de drogas no Complexo da Maré, foi possível identificar uma residência localizada na Ilha do Governador, onde Luis Fillipe estava escondido. Os agentes foram até o endereço e o prenderam", destacou o delegado responsável pela DRE, Marcus Amim.
Foi cumprido um mandado de prisão preventiva contra o suspeito, expedido pela 2ª Vara Criminal de São Pedro da Aldeia. Luiz Fillipe também é investigado por ter ligações com um narcotraficante.
Até o momento, sete pessoas já foram presas acusadas de envolvimento na morte de Wesley Pessano. De acordo com a Polícia Civil, os agentes buscam por mais um suspeito que já é considerado foragido.
"A prisão dele [do oitavo suspeito], do 'Playboy', como é conhecido, é muito importante por ele ser o principal articulador dessa parte operacional, dessa parte da execução. A prisão dele é muito fundamental para que se chegue ao autor intelectual, no mandante", disse Amim ao UOL.
RELEMBRE O CASO
Wesley Pessano foi atingido por pelo menos três tiros quando chegava em um salão de beleza no município de São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos. Um amigo que estava no carro foi baleado no braço e nas costas, mas já teve alta. Os dois estavam em um Porsche vermelho.
A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que o investidor em criptomoedas tenha sido vítima de uma disputa por clientes de Cabo Frio, na mesma região. A vítima era dono da Ares Consultoria - investigada por realizar o esquema de "pirâmide financeira".
Após a morte do rapaz, uma força-tarefa foi montada pela polícia para investigar o homicídio. Nas redes sociais, Pessano tinha mais de 130 mil seguidores e costumava postar fotos com grandes quantidades de dinheiro, ostentando uma vida de luxo. Em seu canal no YouTube, ele dava dicas de como investir em criptomoedas.