Fábio de Oliveira Junior era foragido da Justiça pelo assassinato de Bruno Alves da Silva, após discussão na Rua Olegário Maciel

 

 

Na tarde desta quinta-feira (13), Fábio de Oliveira Junior, de 28 anos, foi preso por agentes da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), em Maricá, Região dos Lagos. 

Fábio é conhecido como “Sapinho”, e estava foragido da Justiça. Ele é apontado como o autor dos disparos contra Bruno Alves da Silva, de 38 anos, que aconteceu no dia 4 de setembro, após uma discussão em um bar na Rua Olegário Maciel, na Barra da Tijuca.

A prisão foi decretada pela 1ª Vara Criminal da Comarca da Capital. 

Imagens de câmeras de segurança do Bar e Restaurante Praticitá registraram o momento da confusão.

De acordo com a Polícia Civil, a vítima, que era conhecido como “Gêmeos” ou “Boy Play”, foi assassinado a tiros depois de uma discussão com Fábio, que teria disparado, ao menos, oito vezes contra Bruno, sendo cinco tiros quando a vítima já estava caída no chão. Para a polícia, possivelmente os dois já tinham conflitos anteriores.

A arma utilizada na ação, ainda de acordo com a investigação, estaria escondida dentro da bolsa da namorada de Fábio.

Em imagens divulgadas pelo G1, é possível ver quando Fábio, que está junto de um grupo de amigos, faz sinal de armas com as mãos ao falar com um outro homem.

Na noite do crime, a vítima chegou ao local acompanhado da mulher e lá encontrou com um grupo de amigos. Os suspeitos já estavam no estabelecimento, sendo eles três homens e uma mulher (esposa de um dos rapazes). De acordo com os agentes, a arma do crime entrou no bar dentro da bolsa da acusada, na tentativa de que o marido escapasse da revista pessoal.

Ainda segundo os policiais, ao avistarem Bruno, dois dos criminosos se dirigiram à sua mesa e o ameaçaram e ofenderam, sem que ele reagisse ou esboçasse qualquer reação. Em determinado momento, um dos homens o acerta com um tapa no rosto, que reage com um soco e derruba o agressor no chão. É nesse momento, que uma briga generalizada começa no local, com garrafas e cadeiras sendo arremessadas. Antes de efetuar os disparos, Fábio é acertado com um soco por Bruno. Neste momento, ele recebe das mãos de um dos seus comparsas a arma usada no crime. Enquanto Bruno era socorrido pela esposa, o grupo foge do local.

Algum tempo depois Fábio retorna à cena do crime e grita para a mulher: “Fui eu que matei”, atravessa a rua e vai embora.

Vítima era conhecida por golpes aplicados

A quadrilha de Bruno foi desarticulada em 2014 e segundo as investigações da época, ele liderava o grupo junto com seu irmão gêmeo, André Alves da Silva. De acordo com a sentença judicial, a quadrilha inseriu dispositivos coletores de dados de cartões magnéticos em caixas eletrônicos de lugares como o Aeroporto Internacional Tom Jobim. Com o equipamento conhecido como "chupa-cabra" inserido, o bando copiava informações sigilosas dos cartões para outros recarregáveis, que eram usados em compras e saques de dinheiro.

Naquele ano, a estratégia era considerada sofisticada. O esquema se reproduzia no comércio em máquinas de empresas credenciadas e contava com participação de garçons, seguranças e motoristas de táxi.