A área é alvo de queimadas e tentativas de invasão. Moradores buscam mais fiscalização

 

 

 

Devido às constantes tentativas de invasões e queimadas na Floresta do Quitite e no trecho da Floresta da Tijuca, na subida da Estrada Grajaú-Jacarepaguá e próximo ao Hospital Federal Cardoso Fontes, foram os acontecimentos necessários para que moradores da Freguesia pedissem a criação de uma unidade de conservação no local. 

“No início do mês nos reunimos com a secretária municipal de Meio Ambiente e Clima, Taína de Paula, e entregamos uma petição que pede a criação da unidade de conservação na floresta que está fora dos limites do Parque Nacional da Floresta da Tijuca”, afirma Sidney Teixeira, diretor da Associação de Moradores e Amigos da Freguesia (Amaf), em entrevista ao O Globo. 

O projeto apresentado pela Associação, chamado “Floresta em pé Jacarepaguá”, chama atenção à importância da preservação da área, localizada próximo a um local almejado pelo crescimento imobiliário e que faz fronteira com a Freguesia, Anil, Rio das Pedras ou Muzema. Ao fim, a petição entregue reuniu mais de mil assinaturas. 

“Esse trecho é também de grande importância social, já que é usado pela população para fazer trilhas e para banhos de cachoeira. A secretária nos disse que já iniciou o processo de análise da demanda, mas fez ressalvas pelo fato de a área ter propriedades privadas e interseções com o Parque Nacional da Floresta da Tijuca, o que exigiria articulações com órgãos federais”, aponta Teixeira. 

O documento entregue também destaca a riqueza da flora nativa e fauna silvestre da área, que ainda abriga os rios Sangrador, Cantagalo, São Francisco, Quitite, Papagaio, Retiro, Das Pedras, Muzema, Amendoeira e Taquara. 

Após o documento de solicitação, a Secretaria de Ambiente e Clima afirma que está estudando o pedido de criação da unidade de conservação e informará a decisão em breve.