Representantes de residenciais afirmam que vão manter restrições por tipo de carga e trajes para garantir organização
Uma lei foi sancionada no início do mês, pelo prefeito Eduardo Paes, em que proíbe que condomínios públicos e privados usem os termos ‘elevador social’ e ‘elevador de serviço’, com o objetivo de coibir a discriminação e melhorar o dinamismo do acesso. A maioria dos síndicos de residenciais da Barra, dizem que nada muda, a não ser em alguns casos, o que está escrito nas placas.
“Essa lei é uma bobagem. Os prédios precisam de uma área de serviço para passar materiais de obra, compras e outras coisas que não devem entrar na social. Não fazemos diferenciação da pessoa que usa o elevador, mas do que será carregado”, afirma Marcos Lang, síndico do Palm Springs, na Barra. “Não faz sentido alguém arrumado para trabalhar entrar num elevador com poeira do material de obra ou dividir o espaço com um pet. Ou alguém que chega da praia cheio de areia e com roupa molhada entrar no elevador com alguém de terno”, disse.
Marcos enviou mensagens aos moradores do condomínio informando que as regras do residencial seriam mantidas, com restrição para pessoas com trajes de banho, animais, obras e mudanças no elevador principal.
Aloisio Bravo é síndico da Vila do Pan, e tem a mesma postura em relação ao assunto, e garante que há muito mais com o que se preocupar para garantir o bem estar de condôminos e visitantes. O síndico do Mandala, Julio Monteiro também avaliou que é preciso que cada tipo de carga seja direcionado para um elevador específico.
“Meu elevador social é espelhado, não pode fazer mudanças nem receber lixo. Temos um elevador social e um de serviço, mas essa diferenciação não é para os serviçais”, garante.
No condomínio Fontvieille, no Península, o síndico José Antônio Torrão Júnior explica que cada bloco tem três elevadores e que mesmo com a nova lei, eles não irão ser afetados:
“Aqui não temos distinções, qualquer pessoa usa o elevador que quiser”.
No Fontana Di Trevi, no Rio 2 e em mais seis prédios de Barra, Recreio e Jacarepaguá, as placas com a palavra “serviço” serão trocadas por outras com a palavra “carga”.
“A lei deixa claro que podemos usar o termo elevador de carga, então só vamos mudar as placas. No funcionamento, nada muda”, diz Juliana Furtado, síndica profissional de 20 prédios da região.