Bolsista do CEL com déficit auditivo é aprovado em segundo lugar na UERJ
Redação
As dificuldades financeiras e os 50% de déficit auditivo jamais desanimaram o jovem Hugo Machado, de 17 anos, em sua implacável busca pelo conhecimento. Morador do Engenho Novo, o mais velho dos três filhos da dona de casa Shirlene Machado acaba de ser aprovado em segundo lugar para o curso de Ciências Contábeis na UERJ.
- Estava conversando com um amigo, quando ele me avisou que tinha saído o resultado. Logo procurei meu nome, a página demorou para carregar. Assim que vi, pensei: ‘será que sou eu mesmo’? Lembrei de todas as questões, tudo o que vi na escola. Tudo o que a gente sonhava e pensava quando entrasse na faculdade veio à tona. Foi uma emoção muito grande, uma experiência sensacional, valeu a pena cada esforço e dedicação – comemora Hugo, que, em 2020, aos 16 anos, foi aprovado no Colégio Naval, mas o déficit auditivo o impediu de ingressar na Marinha.
Aluno do Banco Carioca, programa da Prefeitura do Rio que concede bolsas de estudos integrais ou parciais para pessoas com renda familiar de até 3 salários mínimos, Hugo é muito grato ao CEL Intercultural School, onde estudou do 9º ano ao 3º ano do Ensino Médio:
- O ambiente do CEL me fez aprender muito mais rápido, pois os professores sempre estiveram abertos para dúvida, inclusive fora da matéria. Sempre levava perguntas fora da escola para meus professores, algumas eram nível faculdade, e eles sempre me ajudavam e me motivam. E meus colegas sempre tinham sede por mais conhecimento, e esse networking me impulsionou nos estudos e olimpíadas – agradece o agora universitário.
Durante seus anos escolares, Hugo também colecionou medalhas na OBA (Olimpíada de Astronomia), Olimpíada de Matemática e ainda representou a escola na natação do Intercolegial. Ali ganhou o apelido de Cesar Cielo.
- No CEL aprendi a amar o conhecimento, me desenvolvi na redação, aprimorei o respeito, o cuidado com o meio ambiente e a explorar meus limites. A escola, professores e alunos sempre foram super inclusivos comigo – reconhece.
Dona Shirlene, cujo um dos filhos mais novos é autista, não segura a emoção ao falar da importância do CEL na vida de Hugo:
- Fez um diferencial pra vida inteira. A vida do meu filho foi transformada a partir do CEL. O colégio, que sempre o tratou com excelência, injetou vida, futuro, possibilidade, vontade de vencer, garra, e dinamismo. O resultado que ele conseguiu neste vestibular não tem preço. Ele é estudioso, mas o CEL potencializou infinitamente mais os talentos que ele tinha. Foi como uma mola propulsora na vida do meu filho.
Hugo, que em setembro completa 18 anos, tem muitos sonhos. O maior deles é trabalhar em um banco e, no futuro, empreender ou gerir um fundo de investimento em empresas na área de impacto socioambiental e reinventar o mundo com soluções para o aquecimento global.
Outro sonho do filho mais velho de dona Shirlene é se aperfeiçoar no inglês e fazer intercâmbio no exterior.
Alguém duvida de que ele pode chegar lá?