ACBS foi criada para unir a Barra e Recreio contra a violência na região

Por Guilherme Cosenza

Foi por conta de trazer mais segurança para os moradores e de quem frequenta o bairro que diversas associações de moradores e comerciantes da Barra da Tijuca e Recreio dos Bandeirantes se uniram para criar a Associação Comunitária Bairro Seguro: “a ACBS tem em todo o seu conselho, dirigentes membros das diversas associações que criaram o projeto”,  conta o coordenador técnico e responsável por dar funcionamento ao projeto Ricardo Taveira, na época em que foi inaugurada a associação.

Presidida pelo também presidente da Associação Brasileira de Indústria e Hotéis, Alfredo Lopes, a associação possui uma central de monitoramento criada para poder fazer a vigilância com câmeras dos pontos mais importantes dos associados. A idéia inicial era que se coloca-se câmeras em ambiente público para que pudesse se monitorar e acompanhar a violência na região. Mas isso era muito dispendioso e necessário a ajuda do poder público para tal.

Na busca por algo que pudesse se encaixar melhor no custo beneficio do projeto, chegou-se a conclusão de que aproveitar as câmeras que já existem seria a melhor alternativa, pois já existem milhares de câmeras espalhadas nos condomínios, shoppings e comércios da cidade e boa parte delas já possuem a conexão necessária com a internet para o uso da ACBS. Então desde 2017, diversos condomínios da Barra passaram a se integrar a associação.

O uso das câmeras é feito através da internet, uma vez conectada, a imagem é jogada para um streaming, onde é compartilhada com a central, seus associados próximos, a Prefeitura da cidade e o 31º BPM, responsável pela área. Aliás, a evolução e a luta para melhorar a eficácia do projeto fez com que fosse instalada uma sala de monitoramento exclusiva, e 100% custeada pelas associações, dentro do próprio 31ºBPM.

Além das câmeras associadas, a ACBS faz também o uso das câmeras da prefeitura. Afinal, por serem de domínio publico, todos podem ter acesso, por conta disso as câmeras foram incluídas também no programa. Dentro da sala de monitoramento, seis grandes telas ficam ligadas 24 horas mostrando as diversas câmeras espalhadas pelo bairro e adjacências, as redes sociais que vinculam notícias sobre a criminalidade, canais jornalísticos de televisão e a página de operações do projeto com o mapa da região.

Assim que é alertado um crime, a notícia é passada por um crivo dos profissionais de monitoramento para comprovar a veracidade da ocorrência. Assim não é noticiado algo de primeira, pois muitas vezes as notícias são falsas. Uma vez que uma ocorrência aparece, o operador observa o mosaico com a rede social que possui os mais diversos jornais locais e de grande porte, alem dos órgãos da prefeitura e diversos perfis criados com o foco em violência para fazer uma análise e ver a veracidade das notícias. Após isso é lançada de fato no registro do site, que é atualizado a cada 15 segundos. Essa validação é feita em alguns minutos apenas.

Uma vez registrada a veracidade da ocorrência os responsáveis das associações recebem a notícia e podem repassar da maneira como lhes for mais conveniente. Atualmente já chegam há 50 estabelecimentos  e 200 câmeras. Porém esse número ainda pode crescer mais, pois muitos condomínios acabam conhecendo e se interessando pelo trabalho que vem sendo feito pela equipe da ACBS.