Apesar de proibido, já foram feitas 3.789 abordagens em pessoas com animais na areia, de 1º de janeiro a 13 novembro deste ano
Por Ive Ribeiro
A Guarda Municipal do Rio (GM-Rio) registrou um aumento de 88% no número de abordagens relacionadas a presença de cães na areia das praias carioca este ano. O comportamento é proibido pelo Código de Posturas do município. Responsável pela fiscalização diária em toda a orla da cidade, o Grupamento Especial de Praia (GEP) registrou 3.789 abordagens deste tipo, de 1º de janeiro a 13 de novembro de 2017. Em todo o ano passado foram registrados 2.012 casos de retirada de animal da areia. Nos dois períodos, 57% dos casos foram flagrados em praias da Zona Sul do Rio.
O decreto nº 29.881, de 18 de setembro de 2008, prevê multa para os donos dos cães que levarem os animais para a areia da praia, mas a aplicação da penalidade ainda não foi regulamentada, por isso o papel dos guardas é de orientação. Em caso de desobediência, se o dono se recusar a retirar o animal de areia, ele pode ser encaminhado para a delegacia local.
Segundo a Prefeitura do Rio, o secretário de Ordem Pública, Paulo Amendola, é favorável a aplicação de multa, com o objetivo de tornar a fiscalização mais rígida e coibir os casos de desobediência. A mudança, contudo, depende de aprovação do legislativo municipal. Neste momento, há uma equipe da Secretaria Municipal de Ordem Pública trabalhando na elaboração de um texto que será enviado à Câmara.
Em caso de fezes de animais deixadas na areia, já existe uma multa aplicável pelas equipes do Lixo Zero.
Muitos donos e amantes de animais de estimação são contra as medidas que proíbem passear com cães e gatos nas areias, entretanto, os órgãos responsáveis afirmam se tratar de uma questão de saúde, pois a presença de cães ou gatos na areia das praias pode oferecer riscos aos banhistas, provocado pelo contato com as fezes, pois mesmo após o recolhimento dos dejetos, resíduos podem permanecer na areia e provocar contaminação.