Laudo aponta que criança sofreu lesão compatível a ato libidinoso divergente de conjunção carnal

 

 

Na última quarta-feira (4), uma menina de 10 anos, filha de um casal de turistas que passava férias no Rio, relatou aos seus pais ter sido abusada sexualmente por um professor de surfe, na Praia da Barra da Tijuca. O abuso ocorreu quando a menina fazia uma aula ministrada pelo suspeito. Pouco depois de sair chorando da água, ela contou para a mãe o que havia acontecido, revelando que o homem tocava várias vezes em suas partes íntimas com os dedos. A polícia foi acionada e um laudo, assinado por peritos do Instituto Médico-Legal (IML), confirmou a violência. Na quinta-feira (12), o suspeito foi localizado por policiais da 16ª DP (Barra da Tijuca) e preso em flagrante por crime de estupro de vulnerável.

Segundo o delegado Ângelo Lages, da 16ª DP, o suspeito abordou os pais da menina oferecendo uma aula de surfe, que duraria 20 minutos, cobrando um preço de cem reais. O casal aceitou a oferta e a menina entrou no mar acompanhada do homem. Dez minutos depois, a criança saiu da água chorando. O professor alegou que havia tocado sem querer em suas nádegas por causa do agito do mar. Em seguida saiu do local. A mãe conversou com a filha que contou que o professor tocou em suas partes íntimas várias vezes. De acordo com o relato da criança, mesmo ela dizendo que aquilo estava machucando, o agressor continuou com a violência. A polícia foi chamada e o caso foi registrado na 16ª DP. A menina foi ouvida por uma policial e confirmou mais uma vez que havia sido abusada. 

Ela foi encaminhada para o IML, onde foi submetida a um exame que detectou lesão compatível a ato libidinoso divergente de conjunção carnal. Nesta quinta-feira, o suspeito ofereceu mais uma vez os seus serviços para a família da criança e foi preso em flagrante. O delegado Ângelo Lages disse que solicitou à Justiça a conversão do flagrante em prisão preventiva.

“Ele confessou o crime informalmente ao ser preso. Mas, aqui na delegacia, se reservou ao direito de ficar calado. Pedi a conversão do flagrante em prisão preventiva, já que trata-se de um crime hediondo. A pena para este tipo de delito, em caso de condenação, varia de oito a 15 anos de prisão”, disse o delegado Ângelo Lages.

Um juiz decidirá se ele permanecerá preso ou se responderá pela acusação em liberdade.