Presidente da AMAR, Luiz Igrejas explica sua trajetória de lutas e conquistas no bairro
Figura presente em todas as reuniões que cercam as melhorias da Barra da Tijuca, o presidente da Associação de Moradores e Amigos do Jardim Oceânico e Tijucamar (AMAR), Luiz Igrejas, recebeu nossa equipe na sede da associação, na Avenida Érico Veríssimo, para contar um pouco de seus 10 anos à frente de uma das principais e mais importantes associações de moradores da Barra e seus 15 anos vivendo no bairro. Acompanhe:
Como você chegou na Barra da Tijuca e passou a fazer parte da Associação de Moradores e Amigos do Jardim Oceânico e Tijucamar (AMAR)?
Eu cheguei vindo de São Conrado. Eu era o presidente do conselho de moradores de lá, fiquei morando em São Conrado por oito anos, então resolvi vir para cá, onde moro há 15 anos. Quando cheguei, o presidente da AMAR era o Érico Pereira, ele me convidou em uma de sua eleições para ser seu vice e eu aceitei e fiquei como vice dele por um bom tempo, até que ele foi morar em Friburgo, então eu assumi, desde então tenho 10 anos à frente da AMAR, com o comandante Joaquim Maia como meu vice.
Ao longo dos anos, a AMAR vem batalhando para melhorar a qualidade de vida dos moradores do Jardim Oceânico, entre esses trabalhos estão as melhorias para os canais que cortam o bairro, como está essa luta?
Uma de nossas lutas é para poder fechar os canais que temos dentro do Jardim Oceânico nas ruas Fernando de Matos e Gilberto Amaro. Na realidade, no início eu pedia para que eles fossem limpos, porque no verão tinham muitos mosquitos, pedia sempre para a Rio Águas que é a empresa que deve fazer essa limpeza. Fui duas vezes na sede deles para procurar um projeto que resolvesse isso, mas nada. Então tive a ideia de fazer um projeto que consistia em fechar o canal e criar uma ciclovia em cima dele até o metrô, ligando a ciclovia já existente. Porém, fizemos, junto do candidato a deputado Carlo Caiado, abaixo assinado com mais de mil assinaturas, mas infelizmente não deu em nada.
Entre seus grandes feitos, a AMAR tem três ‘pilares’ de trabalho, fale um pouco deles?
O que a AMAR tem hoje como grande feito, são as ações junto a CEDAE, que foi a ligação dos esgotos da Barra, antes ligados nas redes fluviais, e hoje o Jardim Oceânico tem todo o seu esgoto ligado ao Emissário Submarino. A outra ação é uma tarifa progressiva, que está em andamento, para fazermos um acordo de restituição do valor apreciado, temos aqui mais ou menos 25 mil pessoas morando no Jardim Oceânico. Temos também o Laudêmio, por conta de uma legislação da época do Império, eles cobram um percentual de 5% sobre o valor de venda do prédio, como temos em Petrópolis, entramos com ação contra esse Patrimônio da União para que parasse de ser cobrado isso, ganhamos em primeira instância, então foi para a Brasília, onde está parada a três anos.
Como é a comunicação entre a AMAR e as demais associações de moradores, como, por exemplo, a CCBT?
Eu tenho uma comunicação muito boa com o Delair Dumbrosck (presidente da Câmara Comunitária da Barra). Eu fundei, junto com o Sérgio Andrade a Fanbarra, onde tínhamos entorno dela 27 associações. Com tempo ela acabou e hoje temos a Câmara Comunitária, onde sou um dos diretores. Sou também, um dos diretores da Acibarra, onde estamos tendo uma boa conexão das lutas que estamos encontrando pela frente. Temos, por exemplo, o Polo Gastronômico do Jardim Oceânico, que estamos trabalhando para tornar a região mais segura e estamos tendo bons resultados com esse trabalho, com a colocação de câmeras de vigilância em toda a região.
A AMAR é uma das associações de moradores mais presentes da Barra. Em praticamente todas as reuniões que temos no bairro, a AMAR está lá. Qual a importância de estar sempre presente?
A gente está sempre presente porque para mim, um bom administrador tem que estar por dentro de tudo que está acontecendo. Você só tem autoridade para reclamar e pedir alguma coisa se estiver presente, a ausência e a omissão não pegam bem para um administrador. Por isso, me chamou, eu vou para sempre poder ficar por dentro das coisas e poder ter motivos para brigar, por isso estou sempre nas reuniões.
A moradora do Recreio, Simone Kopezynski é a atual presidente do 31º CCS. O que você pode falar dela?
A Simone me passa uma ótima impressão. Todas as reuniões que eu fui, vi a presença dela e ela sempre consegue sobressair com bons pedidos para resolver grandes problemas nas reuniões com órgãos públicos e autoridades. Ela com certeza vai ter uma boa gestão à frente do 31º Conselho Comunitário de Segurança. A pessoa para assumir um posto de presidência precisa ter principalmente, vontade de trabalhar e isso ela tem.
O Jardim Oceânico foi um dos grandes beneficiados com os Legados Olímpicos. Temos aqui o metrô o BRT Linha 0, como está sendo para o morador o legado?
Eu fui um fiscal mensal do metrô, todo mês eu sempre ia na construção do metrô para visitar as instalações. Sempre fui muito bem recebido e sempre levava convidados para conhecer as instalações. Hoje me arrependo um pouco de ter ajudando tanto o metrô vir para cá, porque temos um descaso muito grande com a saída do metrô aqui na nossa região, foi feito um jardim na saída do metrô, mas hoje é só areia. Tem cerca de 13 ambulantes na região vendo cachorro quente, pipoca, churros e etc.