Apresentador dos canais Fox Sports bate um papo descontraído com o JORNAL DA BARRA
O Bom humor paira sobre este recente Cidadão da Barra. Afinal, Benjamin Back, apresentador dos programas Fox Sports Rádio e Jogo Sagrado, sucessos de audiência na Fox Sports, conta para o JORNAL DA BARRA, como é levar o futebol de uma forma descontraída para milhares de pessoas. O Paulista raiz e corintiano roxo, também fala sobre sua paixão pelo Rock e da sua mudança de São Paulo para o Rio.
Você sempre pensou em ser comentarista esportivo? Nunca pensei em ser jornalista esportivo, até por que sou formado em economia, mas por circunstancias, apareceu esta oportunidade e eu gostei.
Como é apresentar um programa esportivo mais descontraído do que os tradicionais? Sou uma pessoa com muito bom humor e para mim o futebol é entretenimento. Quem tem que levar a sério é quem joga e vive disso. Quem torce tem que se divertir. Você pode falar sério sem ser chato. Hoje os programas são longos, se ficar três horas falando de táticas de futebol se torna algo maçante, não tem nada mais chato do que ficar falando sobre números. Tem horas que eu brinco: "vou trazer o gerente do meu banco", por que os caras só falam de dinheiro e superávit. Essa não é a graça do futebol. Quem está em casa gosta de um programa com irreverência e, às vezes, até com os nervos a flor da pele, porque quanto o "pau canta", canta de verdade, as brigas são sérias. É um programa raiz.
O Jogo Sagrado segue essa linha extrovertida... Segunda à noite a TV brasileira tem muitas mesas redondas tradicionais. Já nós, temos videogame e o Rudy Landucci, que hoje é o melhor imitador do Brasil. E não é um programa de humor, não sou humorista, sou bem humorado, é um abismo de diferença. Tanto é que o convidado do programa se sente à vontade. O ‘menino maluquinho’ (jogador Luan, do Atlético MG) veio ao programa e disse que cheirava éter toda hora, o Wagner, do Cruzeiro disse que quis bater no Luxemburgo no Fluminense... Quer falar? fala, quer dar risada? ri. Não fica engessado ao convencional, isso é chato demais, eu não tenho saco para isso. Não consigo fazer programa sério, não dá.
Qual entrevistado mais te surpreendeu?
A entrevista com o Gustavo Scarpa. Ele chegou meio quieto. De repente o papo fluiu e o cara, começou a zoar, apareceu um violão, ele começou a entrar na onda, dando risada, falando de música.
Você já pensou em fazer algum trabalho relacionado a futebol e a música? Toco bateria, estudei, fiz conservatório... Meu sonho mesmo é ter um programa só de música. E eu vou ter!
Apesar da experiência, ainda bate um frio na barriga ao apresentar um programa que é sucesso de audiência? Não, porque é uma coisa que eu gosto de fazer. Nos programas que apresento, me sinto preparado, e talvez até pelo meu jeito, eu não tenho o porquê do frio na barriga, se acontecer qualquer "cagada", a coisa vai, não é aquela coisa: "nossa, você viu o que ele falou? ele errou". O que eu tenho sempre é o mesmo tesão. Por que os programas que eu faço eu adoraria estar em casa assistindo. Isso me dá um tesão do caramba.
No seu dia-dia você gosta de conversar sobre futebol ou prefere outros assuntos? Eu tenho dois filhos, um de 16 e o outro de 9 anos. O menor só se veste com camisa de time e chuteira, e o mais velho assiste tudo que você imaginar. Como torço para o Corinthians e nunca fiz questão de esconder, porque acho uma hipocrisia falar que não torce para ninguém, é óbvio que eu não deixaria meus filhos torcerem para outro time. Eu sou 100% democrático, menos em relação a isso, os filhos vão torcer pelo time do pai! Agora, não dá para ficar falando de futebol toda hora, é sacanagem com minha mulher, mas quando tem jogo do Corinthians ela sabe, quando é campeão os garotos vão na janela, gritam, manda ‘chupa’ para meio mundo, eu tenho que segurar um pouquinho.
Como foi se mudar de São Paulo para a Barra? Sempre gostei do Rio. Sou um cara que gosta de praia, acho que o carioca é mais bem humorado, mas não estava nos meus planos. Tenho mulher, dois filhos, não sou só eu que tenho que me adaptar. Para os meus filhos foi difícil, eu nasci em São Paulo, minha família e amigos estão lá... Mas tudo tem um lado bom e ruim. Aqui tenho uma qualidade de vida maravilhosa, moro de frente para a praia, venho trabalhar com uma bike elétrica, ouvindo meus Pink Floyd, Iron Maiden, Barão Vermelho, O Rappa... Venho vendo um puta visual que nunca tive na vida. Vou para academia e natação. Isso é uma coisa muito legal. Aqui na Barra tem restaurantes legais. Outro dia minha esposa falou: “São Paulo é nossa casa, mas aqui é incrível”. O povo carioca me recebeu. Aonde eu vou os caras me tratam bem. Esse carinho do carioca não tem preço. Agora, o Rio tem seus problemas? Tem e não são poucos, infelizmente, mas o Rio é encantador.