Exibição acontece no Shopping Metropolitano até o dia 1º de agosto
A 2ª mostra Rio Arquitetura e Design Garden, a maior do Rio, está em exibição no Shopping Metropolitano (Av Embaixador Abelardo Bueno, 1300 – Barra da Tijuca) até o dia 01 de agosto. Para os "plant parents" (pais de plantas, em tradução livre) é possível acompanhar as tendências que movimentaram os próximos meses e pegar inspirações incríveis em espaços que contemplam o paisagismo com arquitetura, para dentro ou fora de casa.
Confira as tendências apresentadas na mostra:
Bromélias:
A Bromélia é uma planta popular para a ornamentação de jardins e canteiros. Mas agora migrou com força total para jardins de casas e varandas de apartamentos. Fáceis de manter, com visual exótico, exuberante e cheio de cores. Por isso, foi a escolha do biólogo e paisagista Julio Sousa para o espaço Living Sunset, que tem 40m².
“As bromélias são vegetações tropicais com grande variedade de espécies e linhagens. Seu visual é exótico e cheio de cores, que destaca o ambiente onde são inseridas, seja em vasos decorativos, jardim vertical ou até mesmo em paginação de canteiros. Existem as bromélias de sol (Bromélia-imperial, Abacaxi-ornamental, Neoregélia, Bromélia porto-seguro) e de sombra (Arquimea, Guzmania, Bromélia-zebra)”, explica Julio.
A planta foi usada no conceito de “tom sobre tom”, que mescla as mobílias com perfil arrojado e contemporâneo, proporcionando bem-estar e fazendo estimular os cinco sentidos dos seres humanos e através dos traços tropicais modernos. Segundo Julio, que possui o estilo de paisagismo Tropical Modernista, dá para usar a bromélia dentro da tendência de “Urban Jungle”:
“A tendência atual Urban Jungle se completa com elas, que iluminam uma sala de estar, por exemplo, ou outros ambientes, oferecendo uma atmosfera mais colorida. Para que fiquem com aspecto vistoso e saudável, sugiro regá-las frequentemente na parte central. Já nas folhas aconselho apenas borrifar quando o tempo estiver mais quente. É preciso sempre observar suas características, então se suas folhas estiverem escuras é sinal de que elas precisam de luminosidade, e nessas horas elas estarem em vasos decorativos facilitam seu transporte. Em relação ao solo, elas gostam bastante que ele não seja compactado, então gosto de utilizar a casca de pinus que ajuda o substrato ficar leve. Muito se fala das questões da dengue relacionadas às bromélias, então é possível evitar que os Aedes Aegypti não se proliferam trocando sempre a água de sua parte central preferencialmente com ajuda de uma mangueira. Elas não precisam de poda para manutenção ou crescimento, mas eliminar as folhas secas ou danificadas auxilia para manter sua harmonia”, orienta o paisagista.
Peperômia:
Para quem curte o estilo “Urban Jungle” (floresta urbana) as peperômias são as plantinhas da vez. Isso porque a tendência aponta para a utilização de plantas que compõem a floresta Tropical. Essa espécie de origem tropical é nativa das Américas do sul e central e pode ser usada no seu jardim sem medo. Prática e versátil ela foi apresentada no espaço criado pela paisagista Fátima Costa, da Fênix Paisagismo e Plantas, uma varanda de 30m², que apresenta ao público uma proposta com composição harmônica, aconchegante e elegante e traz a sensação de floresta tropical.
A peperômia variegata possui folhas mais largas com as pontas amarelas e verdes no centro. São as folhas desiguais que tornam a peperômia variegata tão bonita e interessante para usar na decoração de casa – principalmente em ambientes com decoração clean. Essa não tem flor peperômia, mas encanta por suas folhas lindas!Essa planta pede pouco em troca da sua exuberância, dentro ou fora de casa. Embora sua fome de crescer não chame atenção, o volume rasteiro, que se espalha devagar, pinta a selva dos mais experientes ou de quem acaba de despertar para o verde. Graças à folhagem gordinha, pronta para armazenar água, a peperômia é capaz de suportar a estiagem e, com uma boa rega, estará te esperando até 10 dias depois, se você precisar se ausentar. Além de resistente, a peperomia-obtusifolia é uma opção versátil se a sua selva for compartilhada com crianças e animais de estimação. Afinal, ela não possui substâncias tóxicas”, explica Fátima Costa.
A Crescer Paisagismo optou por um espaço de 42m² e usou e abusou das plantas no local. Idealizado pelo arquiteto Angello Marques e pelo paisagista Renato Brito, o Oásis Carioca traz um conceito de – como o nome já diz – oásis em meio a cidade com ráfia, bromélias, plantas pendentes, entre outras.
“Com a dificuldade atual que estamos vivendo, tal qual chamamos a dificuldade extrema de deserto. Contudo, quem caminha num deserto almeja por um OÁSIS. Por isso evitamos um contexto contemporâneo” relata Angello.
Uma ideia para deixar o ambiente ainda mais harmônico foi criar um painel e fazê-lo parecer um 3D, pintado pela artista plástica Elisa Monde.
Asplênio:
O espaço “Morar Mais Verde” de 5m² da arquiteta Aline Miharu decidiu inserir o verde dentro de casa para elevar o nível de relaxamento, conectar com a natureza, aliviar o estresse e a ansiedade, ajudando a saúde mental, já que estamos vivendo um período muito conturbado em decorrência da pandemia.
Aline criou um jardim vertical que contém uma manta impermeabilizante que pode ser molhada sem causar danos às paredes. As espécies utilizadas são apropriadas para a área interna, pois precisam de sombra e tem fácil manutenção.
Como tendência a arquiteta utilizou a asplênio, a prima oriental da samambaia, que possui folhas longas, inteiras e brilhantes. A planta gosta de calor e umidade, mas não resiste ao sol direto nas folhas, nem ao frio. O ideal é mantê-lo em um local com luz difusa, indireta. Além disso, o projeto contou ainda com outras espécies como: samambaia, maranta tricolor peperomia, jiboias, dracena, fragans, columeia, monstera deliciosa, zamioculca, pau d’água.
Pleomere:
Outro ambiente que tem o verde como ponto principal é o da arquiteta Viviane Bouzada que trouxe para o espaço de 50m² os elementos naturais de terra, fogo, água, ar e madeira. O feng Shui também foi utilizado juntamente com terra das plantas, fogo das velas e água nos hidropônicos com antúrios.
As plantas tropicais fizeram o charme no espaço. Em alta a pleomere foi destaque na decoração. A planta vistosa cujas folhas são coriáceas (com consistência semelhante ao couro), laminadas e onduladas. Quando em conjunto, abrem-se em formato de rosa. Ela não tolera baixas temperaturas e ambientes mal iluminados, necessitando estar a pleno sol, preferencialmente.
O espaço contava ainda com outras espécies como: palmeiras arecas, pau d’água, bromélias que dividem o espaço com as samambaias, deixando-o com um estilo rústico. Os materiais e móveis são recicláveis.