O importante centro cultural está com diversas manifestações artísticas em cartaz, para todo tipo de público
Reaberto em janeiro de 2013, o prédio escultural do Cidade das Artes, se destaca quando o assunto é cultura em geral. É difícil pensar em qualquer tipo de manifestação artística na Barra da Tijuca, e não associar esse pensamento a casa de espetáculos. Localizado bem no coração do bairro, o lugar abriga um dos mais importantes e completos espaços para representações culturais da cidade.
O complexo cultural reúne, além da Grande Sala, um sofisticado Teatro de Câmara, galeria de arte, sala Eletroacústica, salas multiuso, modernas salas de ensaio e espaçosos camarins integrados a um lounge de convivência. A bilheteria está instalada na esplanada, em meio às “velas”, que substituíram os pilotis com suas paredes de concreto. Por entre as grandes velas de concreto passam todas as instalações do edifício. No térreo fica o grande espelho d’água, entrecortado pelos pátios cobertos e de onde se erguem vigorosas colunas. Na esplanada Luiz Paulo Horta, no primeiro andar, suspenso dez metros do solo ficam as principais instalações.
O engenheiro chinês especializado em acústica, Xu Yaing é o responsável pelo acabamento das salas com o tratamento do som: “A geometria, os ângulos e as diversas profundidades das superfícies das torres são excelentes para a difusão e a difração do som e funcionam como a decoração barroca que havia nas salas tradicionais de Berlim ou Viena, que foi abolida pelos arquitetos modernos”, afirma Xu. “Assim, as torres colaboram tanto para melhorar a qualidade acústica da sala em geral, quanto para oferecer ao público as melhores posições para ouvir música”, finalizou o engenheiro.
Para que as necessidades do planejamento teatral fossem atendidas, todos os cuidados foram tomados em termos de fluxo de entrada e saída, armazenamento de instrumentos e equipamentos, coxias espaçosas, oficinas, salas de ensaio e salas de apoio.
Mudança do nome
Em 9 de dezembro de 2020, a Cidade das Artes recebeu o nome de Bibi Ferreira (Abigail Izquierdo Ferreira) passando a se chamar CIDADE DAS ARTES BIBI FERREIRA. A Lei nº 6.812, dos vereadores Cesar Maia e Carlo Caiado, faz uma justa homenagem a uma das maiores artistas brasileiras.
Essa transformação do espaço de Cidade da Música em Cidade das Artes Bibi Ferreira se deu a partir da ideia de buscar um leque mais amplo de atividades culturais concentradas em um só lugar.
Conheça um pouco mais sobre alguns espaços:
Esplanada: A esplanada que abriga as salas distribui as atividades e acolhe o público com uma cobertura a 30 metros de altura é um bloco vazado por transparências. O arquiteto francês adotou a noção dos “tijolos perfurados”, que formam grandes blocos por onde circula o ar. O conceito de volume vazado e elevado foi imediatamente aprovado porque, além de belo, traz uma linguagem arquitetônica condizente com o clima da cidade. Desde o início, pensou-se em instalar as diferentes salas em volumes distintos, separados e isolados acusticamente. Da maneira como foram construídas, como casulos fechados, as salas podem realizar simultaneamente diferentes espetáculos sem que um seja perturbado pelo outro.
Grande Sala: A Grande Sala, de uso múltiplo, estabelece uma relação espacial muito peculiar e especial entre público e artista. Seus camarotes são torres de vários andares, que criam a impressão de um espaço misterioso, íntimo e dilatado, segundo Portzamparc. O palco é transformável. Pode ser lugar para concertos, ópera, teatro, shows entre outros.
Teatro de Câmara: Sala projetada para música de câmara, privilegia a acústica e dispensa o uso de microfonação.
Sala de Leitura: Importante espaço de difusão cultural, a Sala de Leitura foi montada para atender a população com acervo atualizado de livros e realizar ações envolvendo leitura, arte e educação. As atividades gratuitas que ocorrem na Sala de Leitura como contação de histórias, saraus poéticos, encontros com autores e ilustradores e troca de livros tem o propósito de abrir as portas para os visitantes de todas as idades e níveis sociais.
Abaixo alguns dos espetáculos em cartaz no espaço:
Família Madrigal
A peça conta a história da família colombiana Madrigal, liderada pela matriarca Alma (Abuela), cujos filhos e netos recebem dons mágicos de um milagre que os ajuda a servir as pessoas em sua comunidade. Tudo muda quando Mirabel, que foi a única que não recebeu um dom, descobre que sua família está perdendo sua magia e ela parte para descobrir o que está acontecendo e salvar sua família e sua casa.
O espetáculo é baseado na obra Encanto, um filme musical da Disney de 2021. A direção é de Tamar Rodrigues e a coreografia de Ariel Rodrigues.
Data: Sábado, 1º de Julho
Horário: 17h
Local: Teatro de Câmara – Cidade das Artes (Avenida das Américas, 5.300 – Barra da Tijuca)
Ingressos: a partir de R$25 na bilheteria da Cidade das Artes e no site da Sympla https://bileto.sympla.com.br/event/84157/d/201911
Aladdin
O musical transmite a aventura de um jovem humilde, que descobre uma lâmpada mágica com um gênio e tem à disposição dele a oportunidade de fazer três desejos. Com a viagem de descobertas aberta, o rapaz quer conquistar o amor da princesa Jasmine.
A história desse espetáculo musical é baseado no clássico filme da Disney, de 1992, vencedor do Oscar de 1993 de melhor trilha-sonora e melhor canção com a música “A Whole New World” (Um mundo ideal) e no remake, de 2019.
A direção é de Tamar Rodrigues e a coreografia de Ariel Rodrigues.
Data: Domingo, 2 de Julho
Horário: 17h
Local: Teatro de Câmara – Cidade das Artes (Avenida das Américas, 5.300 – Barra da Tijuca)
Ingressos: a partir de R$25 na bilheteria da Cidade das Artes e no site da Sympla https://bileto.sympla.com.br/event/84179/d/202015
Bob Esponja, o Musical
Um dos personagens mais carismáticos e amados pelo público, Bob Esponja, ganhou os palcos da Broadway e está na Cidade das Artes para encantar o público do Brasil.
Data: até 16/07, sextas às 15h e 20h; sábados, às 16h e 20h; e domingos às 17h
Local: Grande Sala - Cidade das Artes (Avenida das Américas, 5.300 – Barra da Tijuca)
Ingressos: a partir de R$50 no site da Sympla https://bileto.sympla.com.br/event/80072/d/179243 e na bilheteria da Cidade das Artes
Menina Mojubá (Última semana)
A peça teatral “Menina Mojubá”, vencedora do 12º FESTU (Festival do Teatro Universitário), conta a história de uma menina negra que cresceu na rua, conheceu as durezas da miséria, foi exposta a caminhos ilegais e esbarrou em um cortiço onde conheceu a maldade humana. Ela conviveu com a violência desde o nascimento até os últimos dias de vida (pelo menos neste plano) e carregava em si uma força ancestral que a livrou da morte e a fez rainha.
Além de uma história corporalmente contada e a música feita por dois musicistas ao vivo, o espetáculo busca humanizar entidades que ainda hoje são demonizadas. A peça contribui para o processo de desconstrução de preconceitos enraizados em relação às religiões de matriz africana.
Menina Mojubá traz em seu elenco e produção estudantes da Escola de Teatro Martins Penna do Rio de Janeiro. A peça recebeu o prêmio FESTU de 2022 de melhor esquete e figurino. O FESTU é o maior festival de teatro universitário do Brasil para divulgar e compartilhar as produções feitas por estudantes universitários e de escolas de formação em teatro.
Serviço: Menina Mojubá
Dias: 30/06 a 02/07
Sexta e sábado, às 19h30
Domingo, às 18h
Local: Sala Eletroacústica - Cidade das Artes (Avenida das Américas, 5.300 – Barra da Tijuca)
Ingressos: a partir de 25 reais na bilheteria da Cidade das Artes e no site Sympla https://bileto.sympla.com.br/event/83191/d/196293/s/1324763
Classificação: 12 anos
Exposição A Paixão da Imagem – Artista Mário Mendonça
A exposição “A Paixão da Imagem”, de Mário Mendonça, um dos maiores pintores de arte sacra contemporânea do país, reúne quatro faces de Jesus Cristo de grandes dimensões. A contemplação do Cristo faz do artista uma expressão admirável das artes sacra no Brasil. Na lista dos diversos templos em que trabalhos de sua autoria podem ser encontrados, a Igreja da Ressurreição, entre Copacabana e Ipanema, e a Capela Bom Jesus da Pobreza, em Tiradentes. Nesta, a via Crucis revela a originalidade dos recortes praticados na sequência narrativa que há quase dois mil anos motiva os artistas.
Nascido no Rio de Janeiro, Mário Mendonça divide o amor da sua terra natal com a cidade mineira de Tiradentes, onde criou um belo museu dedicado às artes plásticas. O artista já fez diversas exposições individuais no Brasil e no exterior.
Data: 25/06 a 08/07
Horário: 10h às 19h
Local: Galeria – Cidade das Artes (Avenida das Américas, 5.300 – Barra da Tijuca)
Entrada: gratuita
Última Semana
Exposição “OCEE (Orixás, Cultura, Evolução e Essência) Omolu, a cura”
A mostra conta com 20 fotografias de Bendito Benedito sobre uma iniciação para o santo Omolu dentro do candomblé. A exposição traz elementos de artes visuais que remetem à divindade Omolu e as características do seu culto. O texto é do diretor de teatro Hudson Batista, coreografia do artista plástico e carnavalesco Alex Carvalho, curadoria de Robson de Paula e produção de Emanuele Sanuto.
Data: até domingo (02/07), das 10h às 19h
Entrada: gratuita
Lançamento do livro “O Zoológico da Vovó”
A autora Marise Lemos lança o livro infantil “O Zoológico da Vovó” que mostra como é viver próximo aos animais e a interação entre eles. Com a história as crianças aprendem que é possível estar perto dos animais sem machucá-los. Apenas brincando.
Data: 1º de Julho (sábado), às 15h
Local: Sala de Leitura – Cidade das Artes
Entrada: gratuita
Exposições permanentes e abertas à visitação
Maquete de Lego do Rio de Janeiro
A maquete Lego da Cidade do Rio de Janeiro é feita com 947 mil peças e foi construída para homenagear de forma criativa e inusitada a cidade-sede dos Jogos Olímpicos de 2016. A construção destaca os 25 importantes ícones da cidade como o Pão de Açúcar, o Cristo Redentor, os Arcos da Lapa, o Maracanã, entre outros. Com quase 1 metro de altura, cerca de 30 m², mais de uma tonelada e meia, a LEGO® montou a sua maior construção já realizada para a América Latina.
Dias: Segunda a domingo, das 10h às 18h
Local: Galeria
Entrada: gratuita
Que Baleia é Essa?
A exposição "Que baleia é essa?" apresenta ao público um grande esqueleto de Baleia-Cachalote pertencente à espécie Physeter macrocephalus. Esta baleia encalhou na Praia de Curimãs, município de Barroquinha-CE, em 1 de janeiro de 2014. Tratava-se de um animal adulto, do sexo masculino, com 15,7 m de comprimento.
O cachalote (Physeter macrocephalus), ou cacharréu, é o maior dos cetáceos com dentes, bem como o maior animal contendo dentes que existe atualmente (podendo medir até 20 metros de comprimento). Este esqueleto está montado no Foyer da Grande Sala. A parceria para sua aquisição foi feita pela instituição Aquasis junto ao Museu Nacional em dezembro de 2020. A Aquasis representa a única instituição licenciada no Ceará para atendimento de encalhes de mamíferos marinhos. Dessa forma foi possível ter acesso ao espécime que é o foco desta exposição.
Dias: Quarta a domingo, das 10h às 17h
Local: Foyer da Grande Sala
Entrada: gratuita
