Dirigido por Mike Mitchell, o tão aguardado "Kung Fu Panda 4" chega aos cinemas após oito anos de seu último filme, buscando continuar a saga da animação repleta de comédia e ação. No entanto, apesar de proporcionar momentos de diversão, o filme acaba se mostrando o mais fraco da série até o momento.
Ao trazer de volta uma franquia com mais de 15 anos de história, é natural que o filme recorra à nostalgia e aos elementos consolidados de seus predecessores em busca de garantir o sucesso. Entretanto, essa estratégia traz consigo seus próprios riscos, e neste filme, o roteiro falha em lidar com eles de maneira eficaz.
Em "Kung Fu Panda 4", somos apresentados a Po, que precisa encontrar um novo Dragão Guerreiro enquanto embarca em uma jornada ao lado da raposa Zhen para enfrentar a Camaleoa feiticeira. Esta vilã é capaz de assumir a forma de outros vilões derrotados por Po, o que poderia criar um mistério intrigante, mas que é revelado de forma apressada logo no início do filme.
Este quarto filme de uma franquia bem-sucedida falha em lidar com a própria história dos filmes anteriores, cometendo erros narrativos já vistos na franquia "Shrek", também dirigida por Mitchell. A ausência dos Cinco Furiosos, além de ser sentida de forma marcante, é justificada de maneira simplista e pouco convincente.
A introdução da nova vilã, a Camaleoa, prometia trazer um elemento de suspense e intriga à trama, mas essa oportunidade é desperdiçada ao revelar seus segredos logo de início. A presença dos vilões anteriores, como Tai Lung, Lord Shen e Kai, no final do filme, é desapontadora, pois eles são apresentados de forma descaracterizada e superficial.
Apesar de sua narrativa fraca e previsível, "Kung Fu Panda 4" ainda pode proporcionar entretenimento para uma nova geração de espectadores que não estão familiarizados com a história dos filmes anteriores. No entanto, para os fãs mais dedicados da franquia, este capítulo pode deixar a desejar ao não alcançar o padrão estabelecido por seus predecessores.
Nota: 8,5/10