O filme estreou nesta quinta-feira (4), e o Jornal da Barra traz a crítica sobre essa saga clássica do terror
Por: Lucas Costa
Em 1976, o mundo do cinema testemunhou o nascimento de uma das franquias de terror mais icônicas com 'A Profecia'. Agora, décadas depois, somos presenteados com o sexto volume desta saga, com a chegada de 'A Primeira Profecia', que serve como uma prequel direta para o filme original.
Transportando-nos de volta aos anos 70, somos apresentados à jovem noviça Margaret Daino, interpretada brilhantemente por Nell Tiger Free, cuja jornada em um orfanato cristão em Roma desencadeia uma série de eventos sinistros. Sob a direção de Arkasha Stevenson em sua estreia como diretora de longa-metragem, somos imersos em uma trama envolvente, repleta de mistérios e momentos genuinamente perturbadores.
'A Primeira Profecia' não apenas expande a mitologia da franquia ao explorar a concepção do Anticristo, mas também oferece uma análise provocativa sobre questões de fé, poder e o tratamento do corpo feminino dentro da igreja. No entanto, embora o filme aborde questões profundas e provocativas, como a violência contra o corpo feminino, algumas oportunidades para uma crítica mais contundente são deixadas de lado.
As atuações são consistentemente cativantes, com destaque para Nell Tiger Free, cuja jornada de inocência perdida é retratada com habilidade e nuance.
Além disso, a cinematografia do filme merece elogios, capturando cada cena de forma a imergir o espectador no mundo sombrio e intrigante da história.
'A Primeira Profecia' surge como uma adição sólida a uma franquia venerável, e talvez seja a interação mais forte desde o clássico dirigido por Richard Donner. É um testemunho da visão promissora de Arkasha Stevenson como cineasta, oferecendo uma experiência que é ao mesmo tempo assustadora e intelectualmente estimulante.
Nota: 9/10