Festival Amazônico acontece nos dias 12 e 13 de abril, com direito a show gratuito de Fafá de Belém, gastronomia do Norte, oficinas, exposições e muita cultura viva da floresta
A cultura viva da Floresta Amazônica é transportada para a Barra da Tijuca neste fim de semana. Neste sábado (12) e domingo (13), o Museu do Pontal recebe o Festival Amazônico, evento gratuito que celebra a floresta brasileira a partir de shows, oficinas, exposições, filmes, feira gastronômica e muito mais.
O destaque da festa fica por conta do show de Fafá de Belém, cantora considerada uma das principais vozes da Música Popular Brasileira. A artista se apresenta no sábado (12) às 19h, comemorando os 50 anos de carreira com direito a guitarrada paraense e participação do Mestre Manoel Cordeiro.
Durante o festival, a Amazônia brilha em toda potência com a presença de Djuena Tikuna, Aíla, Mestre Solano, Mestra Bigica, carimbó, encantaria, saberes ancestrais e oficinas que vão desde o grafismo indígena até os sabores tradicionais da região. Além disso, a riqueza dos povos também permeia o festival com filmes, artesanatos e atividades para crianças.
Duas novas exposições chegam ao Museu do Pontal: “Jair Gabriel – Imagens da Intuição”, individual do artista rondoniense que trabalhou como seringueiro e descobriu a pintura aos 45 anos; e “Cobra canoa por Paulo Desana e Larissa Ye’pa”, naturais de São Gabriel da Cachoeira (AM), que apresentam suas criações inspiradas na Origem da Humanidade, segundo seus diferentes povos indígenas.
A feirinha de comidas típicas também encanta o público, com símbolos da cultura como açaí, tapioca, tucumã, farinhas, licor de cacau e muito mais. Já nas barracas de artesanato, o público consegue encontrar cerâmicas, biojoias, cestaria e outras peças produzidas por indígenas, quilombolas, ribeirinhos e seringueiros de diversas partes da região amazônica.
Como chegar no Museu do Pontal?
O museu está localizado na Av. Célia Ribeiro da S. Mendes, 3.300, na Barra da Tijuca. O estacionamento estará fechado durante o festival, por isso o Museu do Pontal separa um transporte oficial para o público.
Vans gratuitas sairão da estação de metrô Jardim Oceânico (acesso A – Lagoa) e do estacionamento do terminal de ônibus Alvorada, com uma parada no New York City Center (ponto dos condomínios). Para aproveitar o transporte, é necessário chegar a um desses locais e procurar pelo orientador de público. Saídas regulares acontecem das 10h às 19h30 no sábado, e das 10h às 18h30 no domingo, e as vans estarão disponíveis para retorno até o fim do evento.
Confira a programação completa
Sábado - 12 de abril
10h – Contação de histórias: Dança do Mascarado do povo Kambeba. Aden Souza Moreira, da etnia Kambeba, vai contar histórias de seu povo e apresentar ao público do festival a Dança do Mascarado. Nessa manifestação, as pessoas dançam usando somente máscaras de animais e incorporam personagens das lendas amazônicas, como o Curupira. A dança é praticada pelo povo Kambeba, no município de Amaturá (AM), mas outros povos indígenas também realizam danças semelhantes.
12h – Oficina de grafismo e carimbos do povo Ye’pa Mahsã: A artista plástica Larissa Ye’pa Mahsã conduz esta oficina, que procura apresentar os saberes tradicionais do povo Tukano, por meio de atividades práticas e interativas. Depois de explicar a importância das tradições culturais para os povos originários, a artista vai orientar os participantes na pintura corporal com os carimbos e com tinta natural.
14h – Sessão de filmes sobre brincadeiras infantis amazônicas produzidos pela ONG Território do Brincar.
14h30 – Brincadeiras indígenas com os arte-educadores do Museu do Pontal.
15h – Central da COP: A clássica mesa-redonda de futebol, com direito a bate-boca e replay de lances polêmicos, mas com um importante detalhe: o assunto discutido é a emergência climática. A Central da COP, projeto do Observatório do Clima, usa a linguagem do futebol para falar da crise global causada pelas mudanças do clima. Com Maureen Santos (FASE), Bernardo Esteves (Revista Piauí) e Gabrielly Santana (Amazônia de Pé). Mediação: Isvilaine da Silva Conceição (Observatório do Clima).
15h30 – Grupo Folclórico Cultural Flores da Alegria: Apresentação do Grupo Folclórico Cultural Flores da Alegria, projeto social do Município de Nilópolis (RJ), formado por mulheres da melhor idade e que tem como objetivo contribuir para a história e o fortalecimento da arte e da cultura do Pará com a dança do Carimbó.
16h – Abertura das exposições Jair Gabriel: Imagens da Intuição e Cobra Canoa por Paulo Desana e Larissa Ye’pa, com falas dos curadores do Museu, Angela Mascelani e Lucas Van de Beuque, e dos artistas Jair Gabriel, Paulo Desana e Larissa Ye’Pa.
16h30 – Show de Djuena Tikuna: Show com a cantora indígena Djuena Tikuna, do povo Tikuna, do Amazonas, uma das mais importantes referências da música indígena no país. Participação de Aíla.
17h e 18h30 – DJ GUST: Nascido no sertão amazônico, o multiartista GUST toca flash brega, guitarrada, cumbia, lambada, calypso e ritmos caribenhos enquanto projeta imagens que exploram cosmovisões periféricas da Amazônia.
17h30 – Show de Mestra Bigica com o grupo Aturiá: Show do grupo Aturiá, com Mestra Bigica, de Marapanim (PA), co-fundadora do primeiro grupo de carimbó com protagonismo feminino, o “Sereia do Mar”. Participação de Naieme.
19h – Fafá de Belém e as Guitarradas do Pará: O Show da cantora Fafá de Belém conta com clássicos de sua carreira e o público vai dançar, também, ao som da Guitarrada, um gênero musical que surgiu no Pará, a partir da fusão de vários ritmos.
Domingo - 13 de abril
10h, 10h50 e 11h40 – Bebês no Museu do Pontal: Roda de música, contação de história e movimento inspirada no universo da cultura popular. Para bebês de 6 meses a 3 anos. Senhas distribuídas 45 minutos antes das sessões. No dia 13 de abril, haverá edições inspiradas na cultura amazônica. Sujeito a lotação.
13h – Sessão de filmes sobre brincadeiras indígenas amazônicas: Exibição de curtas produzidos pela ONG Território do Brincar.
13h30 – Brincadeiras indígenas com os arte-educadores do Museu do Pontal.
14h – DJ Bôta: Camila Brasil é a Dj Bôta, de Belém (PA), de onde carrega as encantarias e a essência amazônica. O público vai dançar com guitarrada, lambada, cumbia, carimbó, festa junina, melody marcante e tecnobrega.
14h30 – Oficina Amazônia: uma explosão de sabores. A paraense Zaire Santos conduz os participantes por uma viagem saborosa pela culinária amazônica. Sujeito a lotação.
16h – Oficina Cantos que acalentam os Imortais, com Djuena Tikuna: A cantora indígena Djuena revela o canto dos encantados, a herança dos ancestrais que vive em cada um. Durante a vivência, o público conhece um pouco da cultura Tikuna, de como estes entendem o mundo através da musicalidade e de como se expressam com o canto, o grafismo das pinturas de jenipapo e o artesanato.
17h – Show com Noites do Norte e Mestre Solano: O grupo Noites do Norte nasceu há 12 anos e tem atuado fazendo uma ponte entre a cultura do Sudeste e a amazônica. Sua música traz uma releitura da guitarrada e do Carimbó paraense e funde esses estilos com o choro, a Cumbia, o brega, outras influências latino-americanas e o rock. Já Mestre Solano é uma referência da música amazônica, com influências latinas vindas pela invasão das ondas das rádios dos países vizinhos, no Norte do país.
18h – Show Mestre Damasceno e Aturiá: Nascido no quilombo do Salvá, Mestre Damasceno é uma referência do carimbó do Marajó e o grupo Aturiá apresenta música e dança ao ritmo do Carimbó Pau e Corda. Com canções de grandes mestres que versam sobre o universo caboclo da amazônia. Além de composições autorais em defesa do meio ambiente e do protagonismo feminino.
O evento é gratuito e tem o apoio do Instituto Cultural Vale, patrocinador estratégico do Museu do Pontal e por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
Serviço
Data: Sábado, 12 de abril (10h às 22h), e domingo, 13 de abril (10h às 21h)
Entrada gratuita
Estacionamento fechado
Local: Av. Célia Ribeiro da S. Mendes, 3.300 – Barra da Tijuca