De funcionário de banco à DJ de boate: conheça Caíque Meirelles, o novo queridinho das noites
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Por: Guilherme Cosenza
A cena da comédia carioca ganha mais um estilo. O inovador ator e diretor Fernando Caruso uniu alguns de seus melhores alunos do Teatro Tablado para um desafio: fazer uma peça diferente a cada apresentação.
Para muitos isso pode parecer impossível, mas para esse artista responsável por diversas inovações dentro da comédia, tudo é possível. Com isso nasceu o espetáculo H.A.R.O.L.D.O.
Baseado nas apresentações americanas, o espetáculo visa trazer a cada apresentação acontecimentos diferentes onde o escritor é o próprio público. Os atores entram no palco, mas não fazem ideia do que virá pela frente, com isso as cenas acontecem de acordo com a decisão do público.
H.A.R.O.L.D.O estará em cartaz a partir do dia 1º maio, em todos os domingos de maio, no Espaço Tápias, na Barra da Tijuca.
Entrevistamos o diretor do espetáculo, Fernando Caruso, para entender um pouco mais desssa nova proposta de atuação e como está o cenário da comédia no Brasil. Confira:
De onde surgiu a ideia de fazer esse estilo de apresentação?
Esse é um formato americano, vi alguns grupos se apresentando lá e fiquei fascinado. Eu entendia que havia alguma espécie de comunicação entre eles, mas não conseguia enxergar ela acontecendo, o que me deixou extremamente curioso. Quando fui à sede de um dos principais grupos de improvisação em Nova York, comprei o livro deles e estudei o método.
De onde surgiram os atores, são todos alunos seus? São sempre os mesmos?
Sim, são sempre os mesmos. É uma turma composta de ex-alunos meus do Tablado, super dedicados. Se eu não pudesse contar com a disponibilidade deles, jamais conseguiria aplicar o método aqui.
A proposta da peça lembra muito algumas ações dentro das aulas de teatro, a ideia é trazer esse cenário? Por quê?
Eu nunca tinha feito uma proposta assim, nas minhas aulas, até esbarrar com essa turma. Acredito que a semelhança venha pela solução cênica através da improvisação, o que implica em objetos invisíveis, mímica e algumas outras “licenças poéticas”. Fora isso, eu acho tudo muito diferente. É um sistema muito avançado para aula, a meu ver.
O estilo de apresentação “cara limpa” vem cada vez mais ganhando força, podemos dizer que essa é então a nova cara da comédia brasileira?
Acho que isso está mais relacionado à nova situação econômica brasileira. Grandes produções, com cenários, figurinos, iluminação, etc, estão cada vez mais difíceis de serem feitas, especialmente sem o apoio de leis de incentivo cultural. Mas a arte sempre dá um jeito.
Na peça, é dada uma ação pelo público e a partir disso se desenrola toda a apresentação. Qual a grande dificuldade nesse momento? Nessa realidade, corre o risco da peça ficar chata ou monótona?
A chance da peça ficar chata ou monótona é muito pequena, porque a plateia assume o risco junto com os atores. Ninguém sabe o que vai acontecer e não tem nada menos monótono do que isso!
Atualmente muitos humoristas sofrem retaliações por serem julgados por piadas ou maneira de se expressar. Como é trazer um estilo livre de apresentação e ter que tomar cuidado com essa imposição? Existe algum tipo de recomendação?
Se eu estivesse no Oscar, eu evitaria falar das esposas dos meus colegas. Fora isso, acho que a preocupação de fazer todo mundo se divertir acaba funcionando como uma proteção natural na maioria das ocasiões. Os problemas normalmente começam a ocorrer quando a gente tenta se divertir sozinho.
Na sua carreira, sempre vimos você trazer novidades para dentro dos teatros como no “Comédia em pé”, “Zé, Zenas Emprovisadas” e agora com uma nova proposta com o “H.A.R.O.L.D.O. Para você qual a importância de sempre trazer coisas diferentes para o público?
Taí, não tinha reparado nisso até esse momento. Não é algo que eu tenha feito conscientemente, ou que eu busque de tempos em tempos. Mas às vezes a gente tem vontade de fazer um negócio, aí não tem o negócio aqui, ou você faz do seu jeito ou você fica só na vontade...
Normalmente, após você trazer novidades como ditas na pergunta anterior, é comum vermos outros artistas seguindo esses mesmos estilos. Você acredita que com H.A.R.O.L.D.O. isso possa se repetir? Por quê?
Tomara. Eu acho esse formato fascinante e tem no mundo todo. Acho que já tem uns grupos em São Paulo que fazem. Mas a ideia de que você pode criar uma peça inteira, diferente toda semana, é muito valiosa. É um terreno fértil para desenvolver esquetes, personagens, programas de TV, roteiros de filme... Não à toa desses grupos de improvisação desse formato nos Estados Unidos saem muitos roteiristas renomados!
Quem são os patrocinadores e apoiadores da peça?
A peça tem patrocínio da Leograf e apoio da Corcovado Comunicação Estratégica.
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Essa é uma excelente oportunidade para assistir algo novo, em um espaço novo! De quebra você pode conhecer os cursos oferecidos no Espaço Tápias, muitos dos quais vão ser gratuitos por um breve período. Mais um motivo para sorrir quando se está na Barra!
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