A comunicação no trabalho precisa ser desenvolvida de uma maneira objetiva para que não haja interpretações equivocadas ocasionando graves conflitos
Você sabe o que é comunicação não violenta? É o método criado pelo psicólogo Marshall B. Rosenberg, usado para falar e ouvir as pessoas de uma maneira simples e respeitosa, sem nenhuma ofensa ou acusação. É necessário que a comunicação seja sempre clara, na vida profissional ou pessoal. A comunicação no trabalho precisa ser desenvolvida de uma maneira objetiva para que não haja interpretações equivocadas ocasionando graves conflitos.
Para entender melhor o que é uma comunicação não violenta e evitar que esse tipo de coisa aconteça na sua empresa, a fonoaudióloga e idealizadora do Clube da Fala, Laila Wajntraub, dá dicas de como reagir se esse tipo de coisa acontecer com você, com alguém próximo ou no seu trabalho.
O primeiro passo é entender a necessidade do outro, o líder precisa estar antenado no que diz respeito ao ambiente de trabalho que necessita ser agradável, é imprescindível que a equipe se sinta confortável e bem quando for expressar a sua opinião ou sugestão em relação à empresa, relatando os pontos que consideram positivos e negativos. É importante que cada funcionário tenha um momento de descontração, para que, o líder possa conhecê-lo mais profundamente e entenda o perfil de cada um para se comunicarem de uma forma mais eficiente, promovendo empatia, incentivo e fazendo com que cada um se sinta valorizado e respeitado na empresa.
O segundo passo é demonstrar vulnerabilidade para resolver conflitos, cabe ao líder tomas as medidas e decisões necessárias para que tudo possa fluir da melhor maneira e na maioria das vezes isso é bem complicado, já que os demais funcionários podem não entender que mesmo uma pessoa ocupando uma posição de liderança, ela também é tão vulnerável quanto qualquer outro colaborador, Por isso, conversar é sempre a melhor maneira, seja franco com todos e deixe claro que você está “desarmado”. Demonstre que está desconfortável com outra pessoa em determinadas situações, aja com sinceridade, mostrar que você é vulnerável não te torna fraco e sim maduro e seguro.
O terceiro passo é saber ouvir sempre mas ouvir de verdade, se coloque no lugar de outra pessoa, esteja à disposição, uma empresa tem indivíduos de todos os tipos de personalidade onde nunca se viram antes, a habilidade de saber ouvir é extremamente fundamental. Para colocar em prática a comunicação não violenta, o líder jamais pode ser autoritário, é importante que ele dê abertura para os funcionários para que eles possam expor as suas ideias e manifestarem suas opiniões. Ouça sempre com respeito, empatia, sem acusar ou julgar, dessa maneira, evita-se as desavenças e conflitos interpessoais.
O quarto passo é ter atenção aos gestos, além que tomar cuidado com as palavras que são usadas nos diálogos, é preciso também cuidar do gestual, cuidar da postura, olhar e expressões corporais e faciais. Em várias situações o colaborador pode se sentir desconfortável ou desvalorizado devido aos gestos do corpo e rosto
O quinto e último passo é observar sem fazer julgamentos, que significa olhar para um determinado cenário e se manter imparcial e neutro, é natural querer emitir a sua opinião em determinados assuntos, porém, deve apenas extrair o que realmente é positivo. Se a sua atitude é julgadora, você não deixa claro o que está acontecendo e coloca as suas concepções na frente das suas próprias experiências. Cada pessoa expressa um juízo de valor diferente de acordo com cada percepção, por isso, apenas observe e não julgue.
“Comunicar-se é algo essencial, em qualquer que seja o campo. No contexto de uma empresa, especificamente, fazer uso da comunicação não violenta contribui para manter um ambiente de trabalho agradável e um bom clima organizacional. Essa prática fortalece os vínculos entre os colaboradores, aumenta a empatia e a motivação e, consequentemente, eleva a produtividade de toda a equipe”, declara Laila.