Receita registrou aumento de 4,3% nos envios realizados no prazo
Nas três últimas horas do prazo para o envio da declaração do Imposto de Renda deste ano, encerrado às 23h59 de terça (30), 462 mil contribuinte ainda terminavam o preenchimento do documento para envio.
Ao todo, segundo balanço da Receita Federal divulgado nesta quarta (1º), 31,980 milhões de declarações foram enviadas dentro do prazo. A expectativa do Fisco era de que 32 milhões de contribuintes enviassem a prestação de contas neste ano.
Na comparação com 2019, a Receita registrou um aumento de 4,3% nos envios feitos no prazo. No estado de São Paulo, o total de declarações submetidas bateu a expectativa definida pelo governo -10,3 milhões de contribuintes enviaram o IR no prazo.
Segundo o secretário da Receita, José Tostes Neto, 1 milhão de declarações já estavam na malha fina no dia 29 de junho. O principal motivo para reter uma declaração é a omissão de rendimentos -42,2% dos contribuintes com declarações retidas deixaram de informar o salário.
As deduções foram o segundo motivo mais comum a levar as declarações à malha fina e 33,3% tratavam de despesa médicas.
Neste ano, o prazo para o envio das informações fiscais de 2019 à Receita foi alongado por dois meses devido à pandemia do novo coronavírus. Inicialmente, as declarações poderia ser enviadas até 30 de abril.
Balanço divulgado pela Receita no dia 2 de abril apontava que apenas 9,1 milhões de declarações tinham sido enviadas. No dia 1º daquele mês o órgão anunciou que esticaria o prazo de envio.
Os contribuintes que não entregaram a declaração do IR até o dia 30 já podem fazer a prestação de contas no sistema. Haverá a cobrança de uma multa que varia de R$ 165,74 até 20% do imposto devido em 2019.
Apesar do prazo esticado para o envio das declarações, a Receita Federal manteve o calendário de pagamento de restituições, que é a devolução do imposto pago a mais pelo contribuintes pessoa física no ano anterior.
Os dois primeiros lotes de restituições já foram pagos. No dia 29 de maio receberam 901 mil contribuintes considerados prioritários, como idosos, pessoas com doenças graves ou deficiência e aqueles que têm o magistério como fonte de renda principal. Foram pagos R$ 2 bilhões.
No dia 30 de junho, no segundo lote, receberam os contribuintes que enviaram a declaração na primeira semana, até o dia 4 de março. Segundo a Receita, 3,3 milhões de pessoas receberam R$ 5,7 bilhões, o maior lote da história do Fisco.
Os próximos pagamentos serão feitos no dia 31 de julho, quando 4,9 milhões de contribuintes receberão R$ 5,6 bilhões em imposto devolvido.
A Receita estima que 19,1 milhões contribuintes terão direito à restituição. Outros 6 milhões deverão pagar imposto e 6,8 milhões não terão saldo de imposto (nem a pagar nem a restituir).
O calendário de restituições foi mantido, começou em 29 de maio e vai até 30 de setembro.
A Receita espera que R$ 19,6 bilhões sejam arrecadados com o pagamento do IR de pessoa física de 2020 ao longo do ano.