Estudo da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (ALSHOP) vê o mercado se movimentar timidamente neste Dia das Mães
Redação
Um estudo da ALSHOP (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping) com associados da entidade sobre o Dia das Mães mostra que os impactos da crise econômica, resultado da pandemia do coronavírus, com a continuidade de medidas restritivas devem prejudicar os resultados do comércio na segunda melhor data do ano. As vendas devem ficar 20% abaixo do registrado em 2019, quando ainda se tinha um movimento normalizado.
“Se esse prognóstico se concretizar, o Dia das Mães de 2021 ficará realmente 20% abaixo de 2019, mas comparando com 2020, esse resultado se torna positivo, pois o ano passado boa parte do comércio ainda estava fechado. Infelizmente a pandemia nos fez regredir dois anos nos resultados de venda que vinham se recuperando pouco a pouco. Além das restrições, convivemos com um patamar alto de desemprego, além da inflação e aumento do dólar que encareceu insumos da indústria e produtos importados.”, afirma Nabil Sahyoun, presidente da ALSHOP.
Movimentação grande
Apesar do prognóstico de queda nas vendas, retornando próximo ao patamar de 2019, as lojas dos shoppings centers registram movimentação alta após a reabertura, especialmente em São Paulo. No entanto, dados preliminares dos associados mostram que o movimento não se traduz, necessariamente, em vendas e sim em uma demanda reprimida por itens de primeira necessidade, e não em compras de presentes.
De acordo com o presidente da ALSHOP, Nabil Sahyoun, os lojistas ainda sentem- se prejudicados com a restrição de horário do comércio, pois estão trabalhando com duas horas a menos. "Isso representa cerca de 12 horas, considerando duas horas a menos de trabalho de segunda a sábado. Então, neste ano de 2021, estamos com um dia a menos de movimento na semana que antecede o Dia das Mães, em comparação com 2019.”, finaliza Sahyoun.
Itens mais procurados
Os segmentos que terão mais procura são moda feminina, calçados, acessórios, perfumaria, cosméticos e cuidados pessoais. Já produtos de tecnologia tais como celular, televisão e informática, além de artigos de cama, mesa e banho, não terão tanta procura, por estarem mais caros que no mesmo período do ano passado, em razão da alta do dólar.
O quadro econômico atual dificulta a expansão maior do consumo em razão do desemprego, da redução das parcelas do auxílio emergencial e o crescimento da inflação e taxas de financiamento, por isso o nível de consumo não deve alcançar patamares anteriores à pandemia.