Como acontece desde o ano passado, o auditório do Colégio Franco-Brasileiro, em Laranjeiras, recebeu, na manhã desta terça-feira, dia 26, a reunião mensal do Conselho Comunitário da 2ª Área Integrada de Segurança Pública. Além de lideranças comunitárias, participaram do encontro autoridades, como o tenente-coronel Fabio Correa, comandante do 2º BPM, o delegado adjunto da 10ª DP, Maurício Luciano de Almeida, e representantes da Prefeitura.
Presidente do CCSP da 2ª AISP, que engloba os bairros Catete, Laranjeiras, Flamengo, Cosme Velho, Glória, Botafogo, Urca e Humaitá, Regina Chiaradia agradeceu, novamente, pela maneira com a qual todos foram recebidos no Franco.
- Só posso agradecer a acolhida do colégio. Mesmo no recesso das férias escolares, vocês nos receberam com toda generosidade. Isso não tem preço.
Na abertura da reunião, o comandante Fábio Corrêa apresentou os números de junho do combate à violência na região, que estão em queda, em comparação ao mesmo mês de 2021. Houve redução no roubo de cargas, no roubo a estabelecimento comercial (46%), roubo de bicicleta (75%) e no furto de veículos (47º).
- Em junho tivemos uma produtividade, aumentamos em 200% a apreensão de armas, as prisões também aumentaram. Vamos continuar nossa parceria. Estamos sempre dispostos a ouvi-los, junto aos demais órgãos, que têm nos ajudado nessa abordagem diária. Atuamos sempre em ações conjuntas. Vamos seguir trabalhando. A palavra-chave é integração - apontou o tenente-coronel.
Ex-presidente do Conselho Comunitário e representante da Associação de Moradores da Rua Lauro Muller, em Botafogo, Maria Beatriz Murtinho, carinhosamente chamada de Bia, faleceu na semana passada e recebeu algumas homenagens na reunião desta terça-feira. Lideranças comunitárias fizeram questão de lembrá-la e homenageá-la.
Alertas contra golpes
Em suas considerações finais, o delegado Maurício Luciano de Almeida fez alertas importantes sobre uma prática criminosa recorrente na região: o estelionato.
- É um crime que está disseminado e não só na nossa área. Sempre onde há uma população de idosos muito grande, esse crime aumenta mais ainda. Trabalhei em Copacabana e só eram registrados crimes de estelionato, com idosos como vítimas. 80% da criminalidade em Botafogo é de estelionato. É um crime que não traz aquela sensação de insegurança, como o roubo, mas traz extremo prejuízo para algumas pessoas que, muitas vezes, não têm coragem de ir à delegacia e contar - alertou o policial.
- Há algumas modalidades de estelionato que queria compartilhar e alertá-los, porque vocês são agentes multiplicadores. Vale compartilhar cartilhas para que as pessoas não caiam em golpes que são da 'moda'. Temos um golpe, talvez o mais comum, quando o sujeito se passa pelo filho, neto, ou neta e usa um celular desconhecido com a foto do parente da vítima e diz que o outro número estragou. E depois o autor pede dinheiro. Tem ocorrido com muita facilidade. Qual a saída para este tipo de golpe? Primeira medida: não continuar a conversa e ligar para o seu parente - ensinou Maurício.
O delegado-adjunto da 10ª DP também alertou sobre outros golpes dos mais praticados pelos estelionatários: do bilhete premiado e do chupa-cabra. No primeiro, o criminoso se passa por ganhador de um prêmio lotérico e pede dinheiro à vítima. No segundo, a vítima, após ter o cartão preso no caixa automático de um banco, acaba passando a senha do mesmo para o(s) golpista(s), que faz empréstimos e saques com a mesma.
- Foi importante o delegado ter trazido esses informes de golpes, porque as pessoas muitas vezes não sabem. A gente tem sempre que orientar, sim - agradeceu Regina.