Nascido no ano mais trágico da democracia brasileira, em novembro de 1964, o Oásis Clube é presidido por Carlos Alberto C. Neder Filho e se consolida como um dos mais tradicionais e importantes polos sociais e esportivos da Barra da Tijuca.
Por Ive Ribeiro
Nascido no ano mais trágico da democracia brasileira, em novembro de 1964, o Oásis Clube é presidido por Carlos Alberto C. Neder Filho e se consolida como um dos mais tradicionais e importantes polos sociais e esportivos da Barra da Tijuca. Localizado no número 3007 da Avenida Prefeito Dulcídio Cardoso, o quadro social do clube gira em torno de 600 associados que podem desfrutar de múltiplas atividades e instalações.
Para o diretor de comunicação e esportes do Oásis Clube, Evandro Costa, o “esporte é tudo”. O verdadeiro centro desportivo montado por lá confirma a declaração. Além do espaço para a prática de artes marciais, como MMA e judô, a estrutura contempla uma academia de crossfit e musculação, um campo de grama sintética, um ginásio multi uso; para a prática de futsal, vôlei, piscina, basquete e competições de luta, uma quadra de areia para vôlei e futevôlei e duas quadras de tênis de saibro.
Esta última instalação será palco do mais novo evento esportivo do clube, o 1º torneio amador de duplas. O campeonato acontecerá nos dias 22, 23, 29 e 30 de julho e as inscrições já estão abertas. A realização de um torneio de tênis é um sonho pessoal de Evandro. “Coloquei como prioridade no início da nossa gestão, que começou em janeiro desse ano. A nossa turma do tênis é forte, eles jogam todo dia e aí conversei com eles e acertamos tudo. O clube não respira só futebol, que tem muita tradição com a pelada e os campeonatos”, disse o diretor, que ainda brincou dizendo que talvez leve o Guga para a competição. “Quem sabe?”, completou.
Apesar do tom descontraído, a presença de um grande astro do esporte no Oásis Clube não seria nenhuma novidade. Nomes como Dúlio, Mauro Galvão, Maurício e Rondinelli, ídolos de Fluminense, Vasco, Botafogo e Flamengo, Nrespectivamente, já prestigiaram campeonatos de futebol no clube. “O esporte é saúde e integração social e, com certeza, tem total atenção no Oasis. É a nossa razão de existir”. Afirma Evandro.
Além de toda parte poliesportiva, o clube também tem espaço para atividades de cunho social, como aulas de dança, capoeira, teatro, um salão de estética, clínica de massagem, restaurante, uma boutique e diversos eventos sociais num salão de festas. O diretor de comunicação e esportes também destacou a tradicional festa de ano novo, que segundo ele, “bomba”.
Origem durante a ditadura
Na boca de um vulcão em atividade. Foi assim que surgiu o Oásis Clube, segundo as palavras do próprio site oficial da instituição. No dia 7 de novembro de 1964, quatro amigos se juntaram e resolveram comprar um terreno na Barra da Tijuca, à época, um local muito diferente do que se vê nos dias atuais. A urbanização ainda era embrionária e o acesso ao bairro, limitado.
Para o clube ser o que é hoje, estas adversidades não os impediram e os quatro amigos, que eram: Sami Haddad, Sami Jorge, Roberto Oakim e Attílio Adriani, tinham o sonho de construir uma piscina banhada com água do mar e um pavilhão. Assim foi feito. No dia da inauguração, o então governador do antigo Estado da Guanabara, Francisco Negrão de lima, cortou a fita simbólica e oficializou a inauguração do Oásis Clube.
Para o diretor Evandro Costa, o fato do clube ter sido idealizado durante tempos tão difíceis é de “total importância” para todos os associados. “O país iniciava um período difícil, em que agremiações e associações não eram bem-vindas para os militares. E ainda sim, amigos conseguiram criar um dos melhores clubes sociais do Rio de Janeiro. Nascia o Oásis”.