Por: Matheus Rocha
A gestão do prefeito Eduardo Paes (PSD) ampliou, nesta quinta-feira (2), o grupo de atividades no Rio de de Janeiro que devem exigir o comprovante de vacinação contra Covid-19 para a entrada dos clientes.
Em decreto, a prefeitura estendeu a medida a hotéis, shoppings, serviços de transporte de passageiros, como táxis e carros de aplicativo, e bares e lanchonetes que queiram acomodar os clientes em área interna ou coberta.
No entanto, horas depois de o decreto ter sido publicado, Paes disse que foi um exagero cobrar o comprovante para entrar em táxis, carros de aplicativo e shoppings. Por isso, afirmou que iria rever essas regras nesta sexta (3).
"Tem que ver a praticidade e efetividade de algumas medidas. Shopping é muito difícil fazer o controle", disse o prefeito. "No caso dos táxis e shoppings, a gente vai recuar amanhã. Acho que houve um certo exagero."
Para os demais casos, a regra continua valendo. No caso de hotéis e de imóveis alugados por temporada, as reservas e contratos só poderão ser firmados depois que todos os hóspedes ou inquilinos tenham apresentado o comprovante. A medida prevê ainda a aplicação de multas caso os estabelecimentos descumpram a determinação.
O decreto anterior, publicado no dia 27 de agosto, não incluía essas atividades na lista daquelas que deveriam exigir o comprovante. Também constam da relação estabelecimentos como academias, cinemas, teatros e estádios, que já apareciam no decreto anterior.
Daniel Soranz, secretário de saúde da capital, disse que a determinação é uma forma de estimular a vacinação dos cariocas e aumentar a proteção contra a ômicron. "A gente está muito preocupado com a nova variante. A princípio, ela responde bem à vacinação. Ela protege contra a variante. Não existe evidência do contrário. E a principal estratégia de todos os países e também da cidade do Rio é exigir o passaporte da vacina", disse ele, em entrevista ao Bom Dia Rio, da TV Globo.
A prefeitura amplia a exigência do passaporte vacinal um dia após ter anunciado o primeiro caso suspeito da ômicron. As autoridades investigam se uma mulher de 29 anos que chegou de Joanesburgo, na África do Sul, foi infectada pela nova cepa, classificada como de risco elevado pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
Soranz diz que o primeiro teste de Covid-19 ao qual a mulher se submeteu, quando chegou ao país, no último dia 21, deu negativo. No dia 29, porém, ela fez um novo teste por causa do trabalho e o resultado foi positivo.
"Os contactantes da paciente também estão sendo monitorados, assim como seu companheiro de viagem, sem outros casos positivos até o momento", afirma em nota a Secretaria Municipal de Saúde. O resultado dos testes deve ser divulgado ainda nesta semana.