Republicano voltou a apontar, sem evidências, a ocorrência de fraudes generalizadas no sistema eleitoral americano
Horas antes do fim da apuração dos votos do segundo turno na Geórgia e da cerimônia que deve certificar a vitória de Joe Biden como presidente dos EUA, o republicano Donald Trump voltou a apontar, sem evidências, a ocorrência de fraudes generalizadas no sistema eleitoral americano.
"Os EUA estão envergonhados por tolos. Nosso processo eleitoral é pior do que o de países do terceiro mundo!", escreveu Trump em uma publicação no Twitter.
Em 15 dias, o republicano precisará deixar a Casa Branca, mas segue firme na narrativa de que sua derrota foi resultado de uma fraude massiva na votação e na apuração do pleito de 3 de novembro.
"Os estados querem refazer seus votos. Eles descobriram que votaram em uma fraude. Deixe eles fazerem isso", disse o presidente, em outra publicação na manhã desta quarta-feira (6).
As duas postagens receberam selos de "informação contestável" no Twitter.
Trump faz referência ao processo segundo o qual congressistas americanos têm a possibilidade de contestar a contagem oficial dos votos dos delegados do Colégio Eleitoral. A cerimônia está prevista para começar às 15h (horário de Brasília) em uma sessão conjunta entre deputados e senadores.
Durante o anúncio dos votos, há espaço para que parlamentares questionem a validade dos apoios, e ao menos 11 senadores republicanos já afirmaram que recorrerão ao dispositivo.
Para invalidar votos dos delegados, entretanto, é preciso de aprovação por maioria simples no Senado e na Câmara.
A contestação precisa ser feita estado por estado, o que também minimiza as chances de sucesso. Biden venceu em diversas regiões decisivas, de modo que reverter o placar em apenas um deles tampouco mudaria o resultado final. No entanto, os pedidos podem atrasar a certificação.