A mulher já havia sido presa em 2019, quando foi capturada em uma mansão de condomínio na Freguesia, Zona Oeste do Rio
Adriana Ferreira Barbosa dos Santos foi presa pela Polícia Civil do Rio na última quinta-feira (23) e condenada a 6 anos e 8 meses em regime fechado por lavagem de dinheiro. Os policiais da Divisão de Capturas e Polícia Interestadual (Polinter) encontraram a criminosa em um apartamento de condomínio na Avenida Lúcio Costa, localizado em frente à praia da Barra da Tijuca.
Esposa do traficante Carlos Henrique dos Santos, conhecido como ‘Carlinhos Cocaína’, Adriana já havia sido presa em 2019, quando foi encontrada em uma mansão avaliada em cerca de R$2 milhões, na Freguesia. A casa de alto padrão continha dois andares, piscina, churrasqueira, e circuito interno de monitoramento por câmeras. No closet, roupas e calçados de marcas famosas e caras foram vistos.
Ela também é apontada como responsável pela gestão dos recursos ilícitos do tráfico de drogas do companheiro, a fim de ocultar o dinheiro e os bens. A Polícia Civil encontrou ainda contas bancárias suspeitas e valores constantes em fundos de previdência privada e em outros investimentos. Em 2019, a Justiça bloqueou R$5 milhões em bens imóveis de Carlinhos.
Em 2019, Adriana havia sido retida, mas a prisão foi substituída para domiciliar. No ano posterior, o Superior Tribunal de Justiça revogou o mandado de prisão para que a acusada respondesse em liberdade até o julgamento do processo.
Ao investigar o traficante em casos anteriores, a polícia apurou que, somente com a festa de 15 anos de uma de suas filhas, Carlinhos Cocaína gastou mais de R$1 milhão, em 2016. A comemoração teve direito a bateria de escola de samba e DJs. Além disso, o criminoso também teria presenteado a filha e mais alguns membros da família com uma viagem à Disney.
Carlinhos Cocaína foi acusado de chefiar uma organização criminosa que atuava na lavagem de dinheiro por meio do tráfico de drogas, na localidade conhecida como ‘Apartamentos’, dentro da Cidade de Deus, zona Oeste do Rio. Preso em 2010, fugiu do sistema penitenciário e segue foragido. Além disso, o bandido também tinha influência em outras comunidades controladas pelo Comando Vermelho.
