‘Samba se Aprende na Escola: Canções da Praça Onze’ é uma série de 18 episódios abordando a história do samba e do bairro carioca considerado berço do samba, cuja demolição completa 80 anos em 2022. Surgiu de palestras que a jornalista e escritora Beatriz Coelho Silva (Totó) fez em escolas públicas durante seu Mestrado em Letras.

“Usava canções antigas para mostrar a adolescentes de hoje que o samba, tido como a melhor música do Brasil, era mal visto por ser música de pretos pobres. Que confiassem em sua arte”, conta Beatriz.

A Série será lançada no dia 15/2 (terça-feira), às 20h, no Canal do Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCRmfpBmqQLBXVgP-M04NgDQ

Samba se Aprende na Escola é material didático, sem fins lucrativos. Os primeiros episódios contam a história do samba e da Praça Onze. Nos outros 16, apresenta-se uma música sobre o bairro e um especialista fala sobre o tema da mesma. Há ainda uma versão instrumental para a pessoa cantar solo ou em grupo, produzida pelo maestro Paulão 7 Cordas.

A edição e produção é de Lucas Gabriel MH. “É um encontro de gerações: Paulão 7 Cordas e eu somos sessentões e Lucas Gabriel tem 27 anos”, conta Beatriz.

“Em vez de publicar a dissertação, preferi ampliar o público, além das universidades. A ideia era lançar um livro de canções, mas a pandemia atrasou o projeto que virou um audiolivro em 18 episódios para se ouvir no computador ou no celular. Este aparelho, antes proibido em sala de aula, virou o principal veículo de acesso aos conteúdos didáticos e às aulas. Então, vamos usar esse suporte”, explica Beatriz (Totó).

Os entrevistados destrincham cada canção. Por exemplo, Paulão 7 Cordas conta como se faz samba enredo; Cristina Buarque fala de pesquisa musical e feminismo, João Roberto Kelly (autor do Rancho da Praça Onze) e Aluísio Machado (autor de Bumbum Paticumbum prugurundum) contam como criaram estes clássicos. E Ronaldo Wrobel, fala como era a Praça Onze, onde seus avôs, imigrantes judeus, foram morar quando chegaram ao Brasil fugindo do nazismo. Para Beatriz, o samba é “a forma de o Brasil se expressar”.

Depois do lançamento no canal do Youtube no dia 15/2, a partir do dia 17, os episódios serão disponibilizados também nas plataformas de streaming, Spotify Deezer e Amazon, às terças e quintas-feiras, às 6h da manhã, até o mês de abril.

Beatriz Coelho Silva (Totó): Bacharel em Comunicação Social (UFJF, 1975), especialista em História do Brasil (UFF, 2009) e Divulgação Científica (Fiocruz, 2011) e mestre em Letras e Literatura (UniAcademia, 2020). Em 40 anos de atuação, Beatriz escreveu reportagens, roteiros de televisão, livros e uma peça de teatro, Negros e Judeus na Praça Onze – o musical (2017), da qual saiu o repertório da série Samba se aprende na escola.

Seguem os 18 episódios com os entrevistados:

Episódio 1 – O que é samba
O maestro e produtor fonográfico Paulão 7 Cordas nos conta o que é samba e sua história.

Episódio 2 – A Praça Onze
O advogado e escritor Ronaldo Wrobel fala da Praça Onze da mistura de sotaques e idiomas do bairro e contamos sua história.

Episódio 3 – Na Praça Onze
O cantor e compositor Marcos Sacramento analisa conosco o primeiro samba sobre o bairro a ser gravado, em 1930.

Episódio 4 – Moreno cor de bronze
A cantora, pianista e professora Thânia Machado fala sobre este samba sincopado que é a síntese da mistura brasileira.

Episódio 5 – Conversa de botequim
O professor, compositor e ritmista Carlos Fernando Cunha comenta este clássico que descreve o dia a dia dos bares da Praça Onze.

Episódio 6 – Cansado de sambar
O cantor e pesquisador Pedro Paulo Malta analisa este samba que exalta a Praça Onze e seus moradores.

Episódio 7 – Praça Onze
A cantora e professora de Canto Popular Clara Sandroni analisa esta música e conta quem foi Dalva de Oliveira.

Episódio 8 – Voz do morro
O cantor, violonista e compositor Roger Resende fala de Geraldo Pereira, de Moreira da Silva e da vida de compositor.

Episódio 9 – Bom dia, Avenida
O arquiteto e urbanista Carlos Fernando Andrade fala de samba, da questão habitacional e de patrimônio.

Episódio 10 – Rancho da Praça Onze
João Roberto Kelly conta a história dessa música e das marchinhas de carnaval que compôs e que cantamos até hoje.

Episódio 11 – Tempos idos
A escritora e poeta Marília Trindade Barbosa fala da parceria de Cartola e Carlos Cachaça, fundadores da Mangueira.

Episódio 12 – Samba, marca registrada do Brasil
O maestro e produtor musical Paulão 7 Cordas conta tudo sobre sambas-enredo e desfiles de escola de samba.

Episódio 13 – Praça Onze, berço do samba
Geisa Ketti e Onésio Meireles, filha e genro de Zé Ketti, lembram histórias dele e de suas andanças pelo Rio de Janeiro.

Episódio 14 – Bumbum Paticumbum prugurundum
Aluísio Machado, baluarte do Império Serrano, conta como como nasceu este clássico e os segredos do samba-enredo.

Episódio 15 – Pierrô apaixonado
A historiadora Rosa Maria Araújo destrincha as melhores marchinhas e conta como Pierrô caiu no carnaval.

Episódio 16 – Batuque na cozinha – em construção

Episódio 17 – Quando a polícia chegar
A cantora Cristina Buarque fala sobre esse samba proto feminista e diz como descobre pérolas do samba brasileiro

Episódio 18 – Cabide de Molambo
A saxofonista e professora de música Daniela Spielman explica como se compõe, se toca e se arranja sambas de gafieira, como este.

Serviço:
Lançamento da Série Samba se Aprende na Escola:
Data: 15/2/2022
Hora: 20h
Youtube:
https://www.youtube.com/channel/UCRmfpBmqQLBXVgP-M04NgDQ
Episódios disponíveis nas plataformas digitais a partir do dia 17/2/2022 (todas as terças e quintas-feiras, às 6h da manhã).
Canais de streaming:
Deezer:
https://www.deezer.com/br/show/3311582
Spotify: https://open.spotify.com/show/083wB3cRcSxY91EA92Cjsi?si=9340b986e6dd4863

O cantor Belo, 47, teve uma derrota na Justiça paulista e agora teve determinada a penhora de seus ganhos no streaming por causa de uma dívida que giraria em torno dos R$ 870 mil. A informação foi divulgada pelo colunista do UOL Rogério Gentile e confirmada pela reportagem.

Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo, toda a renda do artista nas plataformas musicais Spotify, Deezer, Amazon, Facebook/Instagram, Netflix, Studio Sol e Google/YouTube está penhorada. A decisão foi de setembro do ano passado, mas só agora em janeiro que houve a expedição da carta de intimação às empresas.

Segundo o colunista, o processo foi movido por um produtor de eventos que contratou Belo para um show em 2010, mas ele não compareceu e não teria dado nenhum tipo de explicação para a desistência.

Esse fato teria causado confusão na plateia, saques, invasões, brigas e depredação do local. O produtor ganhou o direito de ter o ressarcimento pelos danos causados.

Procurado, Belo não foi encontrado para responder sobre o caso. A produtora dos shows do artista não se pronunciou.

Mas essa está longe de ser a única polêmica judicial que Belo enfrenta. No dia 17 de fevereiro de 2021, Belo foi preso pela Delegacia de Combate às Drogas (DCOD), da Polícia Civil do Rio de Janeiro, durante a Operação É o que eu Mereço, que recebeu esse nome em alusão a uma canção do pagodeiro. Ele era investigado pela realização de um show em uma escola pública estadual no Complexo da Maré, zona norte do Rio, durante a pandemia.

A apresentação começou na noite de sexta (12) e se estendeu até a manhã de sábado (13), dentro do Ciep (Centro Integrado de Educação Pública) Professor César Pernetta, e não teve autorização da Secretaria de Estado de Educação. Os responsáveis foram acusados de promover aglomeração e pela invasão.

Procurada, a Secretaria de Estado da Educação confirmou que não foi autorizado nenhum evento na unidade educacional naquele final de semana e ressaltou que "desde o início da pandemia e a suspensão das aulas presenciais, a Seeduc não autorizou nenhum evento de qualquer natureza dentro de suas unidades escolares".

Essa não é a primeira vez que Belo tem problemas com a polícia. O cantor já foi preso em 2002 após ser flagrado em escutas telefônicas conversando com Waldir Ferreira, o Vado, apontado pela polícia como gerente do tráfico na favela do Jacarezinho, na zona norte do Rio. Ele foi condenado a oito anos de prisão por associação ao tráfico.

Após passar um mês na prisão, ainda em 2002, ele foi preso em efetivamente em 2004, após recorrer em liberdade e depois de passar um período foragido. Ele cumpriu a pena em regime fechado de novembro de 2004 a março de 2006, quando teve concedida a prisão semiaberta.

Em 2019, a Justiça de São Paulo determinou a penhora dos direitos autorais do cantor para pagar uma dívida de R$ 4,7 milhões com o ex-jogador e comentarista de futebol da Band, Denilson de Oliveira Araújo.

Os dois se estranham desde que Denilson comprou os direitos da banda Soweto, e Belo, o então vocalista, pediu para sair do grupo, sendo processado pelo futebolista por danos morais. Na ação, Denilson argumentou que Belo deixou o Soweto sem pagar indenização.

Em outubro daquele ano, Belo teve cachê penhorado para pagamento de dívida judicial, após perder ação que ele mesmo moveu contra o ex-jogador. O cantor foi condenado a pagar custos processuais (honorários de sucumbência, destinados ao advogado de Denílson) da causa, fixados em 10% do valor da ação.

Herdeiros de Pablo Picasso pretendem pôr obras do pintor no mercado de NFTs, sigla para tokens não fungíveis. Em entrevista ao portal americano ABC News, Marina e Florian Picasso, neta e bisneto do pintor espanhol, nesta ordem, afirmaram que inicialmente venderão apenas a versão digital de um vaso de cerâmica datado de outubro de 1958.

"Essa obra representa um rosto, que é muito expressivo", disse Marina. "Está contente, feliz. Representa a vida... É um daqueles objetos que fizeram parte de nossa vida, de nossas vidas íntimas -da minha e de meus filhos."

A decisão marca a entrada oficial do primeiro grande artista mundialmente reconhecido no mercado digital de obras de arte, que já movimenta mais de US$ 2 bilhões, ou R$ 10,4 bilhões, segundo o site NonFungible, que monitora o setor. "Estamos tentando construir uma ponte entre o mundo dos NFTs e o da arte nobre", afirmou Florian.

Esta não é, porém, a primeira vez que um trabalho do pintor espanhol é comercializado no formato. Em julho do ano passado, um coletivo de artistas anônimos nos Estados Unidos autointitulado Fractal Studios queimou uma gravura do artista no mundo real para eternizá-la no digital.

Chamado de "The Burned Picasso", ou o Picasso queimado, o projeto incluiu um vídeo em que a obra era incendiada por uma espécie de lança-chamas acoplado a um botijão.
Segundo Cyril Noterman, empresário próximo da família de Picasso, a Sotheby's fará um leilão em março que incluirá tanto o vaso de cerâmica físico quanto o seu NFT.

No entanto, Matthew Flori, porta-voz da Sotheby's, refutou a informação em nota à reportagem da ABC News.

Questionado sobre a aproximação da obra do bisavô com a realidade digital, Florian afirmou que a decisão de vender NFTs da obra do bisavô era um jeito de homegear seu jeito de trabalhar, "que sempre foi pela criatividade".

Uma parcela dos rendimentos da venda será doada -parte para um órgão de caridade que auxilia enfermeiros, e outra para uma ONG que combate a emissão de carbono na atmosfera.

Os NFTs também virão acompanhados por uma música de Florian, que é DJ e produtor, composta em parceria com John Legend e o rapper Nas.

Boa parte das principais lembranças de um adulto vêm da adolescência. As experiências vividas neste período são tão fortes que ficam guardadas na memória para sempre. No caso do PK, rapper carioca, uma desilusão vivida no colégio serviu de inspiração para compor "Época da Escola", novo single com parceria de Kevin O Chris - que será lançado em todas as plataformas digitais nesta sexta-feira com clipe no Youtube, às 12h.

"Época da Escola" começa com PK contando como era apaixonado por uma menina, mas ela não dava bola. No entanto, o tempo passou e agora que ele conquistou o sucesso os papéis se inverteram. Ele canta: "Lembro da época da escola / Quando eu passava tu nem me olhava / Quando eu não tinha os kits da hora / Não te interessava / Eu tentei de diversas formas [...] Naquele tempo você não dava bola / Hoje vai me ver empilhando nota / E agora é só um lance e vai embora".

O novo lançamento também marca a reaproximação de PK com o funk. Apesar de nunca ter se desvencilhado da sua origem, o artista vem explorando sua versatilidade com parcerias de peso e artistas de diferentes gêneros. "Época da Escola" tem produção de Portugal no Beat, jovem promessa que conseguiu captar perfeitamente a atmosfera que PK queria para a música.

PK comenta sobre o novo lançamento: "Quem é que não se lembra de momentos marcantes na escola e das primeiras paixões, correspondidas ou não? Foi pensando em todo mundo que um dia foi apaixonado, mas não recebia nada de volta e hoje tá tirando onda que escrevi "Época da Escola". Além disso, contar com meu parceiro Kevin o Chris foi especial. O cara amassou na parte dele!".