Em tempos de coronavírus, manter a saúde em dia é fundamental
No dia 09 de junho, comemora-se o Dia Nacional da Imunização. E, embora ainda não exista uma vacina contra o novo coronavírus, é importante se vacinar para outras doenças que também matam centenas ou milhares pessoas a cada ano. Joana Bion, chefe do setor de análise clínica do laboratório Lach, destaca que o Brasil tem um dos maiores programas de imunização do mundo, mas alerta que adultos e idosos ainda precisam se conscientizar mais sobre a importância de se vacinar.
“A população precisa entender que todos precisam de vacina. O que vejo diariamente no laboratório são adultos preocupados em proteger somente as crianças. Vacina é para todos e o adulto brasileiro precisa mudar esse pensamento”, destaca Joana.
No Brasil, entre 2015 e 2017, oito em cada dez mortes por pneumonia foram de idosos, o que corresponde a mais de 80% das mortes pela doença. Nesse período, foram registrados cerca de 200 mil óbitos por causa do mal, uma média de 66,5 mil casos por ano, ou sete por hora.
Os dados do Ministério da Saúde revelam uma vulnerabilidade maior de pessoas acima de 60 anos às complicações causadas pela pneumonia, mesmo com vacinas disponíveis para combater a doença.
“Além de uma imunidade naturalmente reduzida em relação aos mais jovens, os idosos costumam ter outros problemas de saúde que diminuem a capacidade do organismo de lutar contra agentes invasores”, explica a cientista chefe do setor de análise clínica do laboratório Lach.
Além da vacinação anual da gripe, é importante que idosos e pessoas com doenças crônicas respiratórias (asma e bronquite) mantenham em dia a carteira de vacinação para diferentes cepas da pneumonia. A rede pública ainda não disponibiliza as vacinas para pneumovírus, mas elas podem ser encontradas na rede particular e uma única dose reduz em até 70% o risco de morte.
“Aqui no Lach temos dois tipos de vacinas que, juntas garantem imunidade para até 23 variantes de pneumovírus”, ressalta Joana, acrescentando que o esquema recomendado para os idosos é iniciar com uma dose da VPC13 seguida de uma dose de VPP23 seis a 12 meses depois, e uma segunda dose de VPP23 cinco anos após a primeira.
O ditado popular “melhor prevenir do que remediar” se aplica perfeitamente à vacinação. Muitas doenças comuns no Brasil como poliomielite, sarampo, rubéola, tétano e coqueluche são só alguns exemplos dos quais a nova geração só ouve em histórias.
Entretanto, algumas delas, como o sarampo, está de volta justamente pela falta de vacinação e pela fraca campanha em conscientização.
O Calendário Nacional de Vacinação possui 300 milhões de doses das vacinas incluídas. Então, como alerta Joana, busque as vacinas disponíveis nas salas de vacinação, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e mantenham o cartão de controle de imunização atualizado, pois, para ela, a saúde é uma responsabilidade que deve ser conduzida por cada cidadão brasileiro.