O Centro de Recuperação de Animais Silvestres (CRAS) da Universidade Estácio, em Vargem Pequena, recebeu entre janeiro e junho de 2022, mais de 1.130 animais resgatados de áreas urbanas do estado do Rio de Janeiro. Um ouriço que perdeu a cauda, um filhote de gato-do-mato salvo da morte após ser encurralado por cachorros, um puma desidratado e um sapo-cururu vítima de atropelamento são algumas das vítimas resgatadas e levadas para o local.
É para lá que grande parte dos animais que saem de seus habitats e adentram áreas urbanas é levada após o resgate feito por órgãos ambientais. As espécies que conseguem se recuperar são devolvidas à natureza. Nesse momento, dos mais de mil que deram entradas no CRAS em Vargem Pequena, 60 continuam internados.
O objetivo do Centro de Recuperação de Animais Silvestres da Universidade Estácio é devolver o animal à vida livre, e também que eles não fiquem mansos e nem se apeguem às pessoas. Para não ser criada nenhuma relação afetiva, nenhum deles recebe nome.
O animal internado há mais tempo no CRAS é o sapo-cururu, que deu entrada no dia 4 de novembro de 2020 após ser atropelado, na Barra da Tijuca. O sapo teve hemorragia no pulmão e lesão na coluna. Depois de tratamento ele se curou, mas quando estava quase sendo devolvido para a natureza, os veterinários descobriram uma catarata em um dos olhos. Ele será operado e deve voltar à natureza após a recuperação.
A média anual de animais que passam pelo CRAS de Vargem Pequena chega à casa de 3,6 mil. Para cuidar das espécies, o Centro conta com 3 veterinários e cerca de 80 estagiários.