Matheus Rocha (Folhapress)

A Justiça do Rio condenou nesta quarta-feira (25) a um ano e quatro meses de prisão em regime semiaberto Igor Martins Pinheiro, 22, responsável por ter furtado uma bicicleta elétrica no Leblon em junho. A bicicleta foi furtada de um casal que tinha acusado falsamente o instrutor de surfe Matheus Ribeiro, um jovem negro, pelo crime.

Dias após o caso, Pinheiro foi preso em Botafogo, região de classe média onde morava com a mãe e o irmão. O jovem tem 28 anotações criminais, sendo 14 por furtos a bicicletas. Ele foi reconhecido graças às imagens das câmeras de segurança do local em que o crime ocorreu. O jovem já estava preso preventivamente desde o dia 17 de junho.


Ao lado da bicicleta, Ribeiro, 22, esperava a namorada no Leblon, na zona sul do Rio, quando foi abordado pela professora de dança Mariana Spinelli e pelo designer Tomás Oliveira. De acordo com o instrutor, os dois o interpelaram, questionando se ele havia furtado o veículo, cujo modelo é similar ao do casal. Para tentar provar que era de fato dono da bicicleta, Ribeiro mostrou fotos antigas e a chave do cadeado. O casal só se convenceu, afirma ele, quando não conseguiu abrir o cadeado do veículo.

O caso ganhou repercussão porque o instrutor gravou as acusações do casal e postou o vídeo nas redes sociais.

Após o registro viralizar, o casal que atribuiu o furto a Ribeiro foi demitido das empresas em que trabalhavam. "Eu não era alguém pedindo esmola ou vendendo jujuba. Um preto numa bike elétrica?! No Leblon?! Ah, só podia ser, eu acabei de perder a minha, foi ele", escreveu Ribeiro em uma rede social.

"São coisas que encabulam o racista. Eles não conseguem entender como você está ali sem ter roubado dele, não importa o quanto você prove."

O casal chegou a ser investigado por crime de calúnia, mas a Justiça do Rio arquivou o inquérito. Na decisão, o juiz Rudi Baldi Loewenkron considerou que o casal não agiu com dolo, fator necessário para configurar crime de calúnia. Já Ribeiro passou a ser investigado pela polícia do Rio de Janeiro por receptação, após constatação de que ele comprou uma bicicleta furtada.

Redação

Assistência Social, direito do povo e dever do Estado com financiamento público para enfrentar desigualdades e garantir proteção social. Esse é o tema da 13ª Conferência Municipal do setor, que até esta quinta-feira (26/08) reúne representantes da gestão pública, entidades de classe, trabalhadores e usuários para avaliarem os principais avanços e desafios da área e traçarem diretrizes para o aperfeiçoamento do Sistema Único de Assistência Social (Suas).

A conferência acontece de forma virtual (https://www.youtube.com/channel/UCWZGUoNCUnAQjlZnCCexqRw), com a participação de 144 delegados. Eles debatem 115 propostas para o setor, das quais 20 serão escolhidas para discussão na conferência estadual, em outubro. Elas estão divididas em cinco eixos: proteção social e equidade na gestão; financiamento e orçamento na corresponsabilidade dos entes federativos; controle social e participação dos usuários; gestão, articulação entre serviços e transferência de renda e atuação do Suas nas calamidades públicas e emergências. Um dos principais desafios da assistência é avançar nas políticas para a população em situação de rua.

A 13ª edição da conferência também celebra os 25 anos do Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS) e os 15 anos das Comissões Locais de Assistência Social (CLAS). Na plenária final, haverá a eleição dos delegados para a conferência estadual.

– A Conferência é um momento glorioso de intercessão de nossas vontades, escutas, entendimento. Nosso objetivo aqui, e principalmente do prefeito Eduardo Paes, é consolidar a política de Assistência, fazer com que ela efetivamente chegue na casa de cada uma das pessoas mais vulneráveis, pobres e extremamente pobres, que infelizmente não tiveram as mesmas oportunidades – afirmou a secretária de Assistência Social, Laura Carneiro.

A secretária enfatizou que um dos principais desafios é avançar nas políticas para a população em situação de rua, meta estratégica da pasta, e garantir o cofinanciamento do governo federal, conforme deliberado na última reunião do Colegiado Estadual de Gestores Municipais de Assistência Social (Coegemas):

– Que possamos levar para a Conferência Estadual como é difícil administrar sem os recursos necessários, sem a contrapartida constitucional do governo federal, que representa hoje 60% a menos de cofinanciamento, e isso é muito dramático. Essa contrapartida financeira é fundamental para a implementação dessa que é a política mais democrática de todas, que chega a qualquer pessoa e a todas as pessoas.

Folhapress

O monumento Descobrimento do Brasil, localizado no Largo da Glória, no Rio de Janeiro, foi incendiado na madrugada desta terça-feira (24). A homenagem possui imagens representando Pedro Álvares Cabral, Pero Vaz de Caminha e frei Henrique de Coimbra. De acordo com a Secretaria Municipal de Conservação, um boletim de ocorrência foi aberto para que a Polícia Civil investigue o caso.

Em nota, a Secretaria ainda informou que a Gerência de Monumentos e Chafarizes, vinculada à Conservação, iniciou nesta terça um trabalho de limpeza e está avaliando os danos causados pelo fogo. A Polícia infirmou à reportagem que o caso foi registrado na 9ª DP (Catete) e que equipes "realizam diligências em busca de imagens e testemunhas que ajudem a identificar a autoria do fato".

Cenas do incêndio circulam nas redes sociais e um perfil intitulado "urucumirim" reivindicou o ato como um protesto contra o Marco Temporal, que deve ser julgado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a partir de hoje. A ação defende que povos indígenas só podem reivindicar terras onde já estavam no dia 5 de outubro de 1988, quando a Constituição do Brasil entrou em vigor.

O monumento foi inaugurado em 13 de maio de 1990 com o intuito de comemorar o quarto centenário da chegada de Cabral. A obra é assinada por Rodolfo Bernardelli e traz sobre um pedestal de granito as figuras em bronze de Pedro Álvares Cabral, tendo atrás Pero Vaz de Caminha e Frei Henrique Soares de Coimbra e foi fundida na oficina Thiebaut, em Paris.

Em julho, um grupo incendiou a estátua em homenagem ao bandeirante Borba Gato, instalada na Praça Augusto Tortorelo de Araújo, no distrito de Santo Amaro, em São Paulo. Um dos supostos autores disse que o objetivo da ação era abrir um debate sobre o monumento a um "genocida e abusador de mulheres", nas palavras dele.

Redação

A Comlurb iniciou nesta quarta-feira (25/08) uma grande operação integrada de podas de árvores em todo o entorno da Lagoa Rodrigo de Freitas, com acompanhamento de engenheiros florestais da companhia e iniciativa da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. O serviço, que inclui a área do manguezal, sob a supervisão do biólogo Mário Moscatelli, responsável pela manutenção do espaço, conta com 54 garis em cada dia de operação, divididos em cinco equipes, que trabalham simultaneamente, com cinco caminhões de cesto aéreo, cinco caminhões para a remoção de galhadas e uma van. A operação será feita sempre às quartas-feiras, durante cerca de três meses, e conta com apoio da Fundação Parques e Jardins e da Subprefeitura da Zona Sul, além de associações de moradores locais.

São usadas as técnicas mais adequadas de manejo, com cortes na vegetação em quatro regiões, para garantir segurança e harmonia entre ciclistas e pedestres, permitir a visibilidade do espelho d’água e fortalecer o ecossistema. Serão eliminadas árvores mortas ou com risco de queda, aquelas que tenham parasitas (como erva de passarinho) e espécies invasoras.

A Subprefeitura da Zona Sul ficará em contato permanente com os moradores e acompanhará toda a execução do projeto. A poda das demais árvores será executada pelas equipes que trabalham com ações mecanizadas da companhia. Uma das maiores reclamações dos frequentadores da Lagoa é de que os galhos de mangue têm ocupado o espaço de lazer, chegando a impedir a passagem de pessoas.

Os trechos que receberão as intervenções vão do Clube Piraquê à Paróquia São José da Lagoa, da Paróquia São José da Lagoa à sede náutica do Botafogo Futebol e Regatas, do Botafogo ao Parque da Catacumba e da Catacumba ao Clube Caiçaras. Como o espelho d’água da Lagoa é tombado, os trabalhos tiveram a autorização da Fundação Parques e Jardins, que dará todo o suporte técnico necessário durante a operação, seguindo o princípio da governança arbórea.

 

 

A operação será feita sempre às quartas-feiras, durante cerca de três meses – Marcos de Paula/Prefeitura do Rio

Folhapress

Um casal está desaparecido desde domingo (22) após uma saída de barco para ver o pôr do sol na Lagoa Verde, ponto turístico de Ilha Grande, em Angra dos Reis, litoral sul do Rio de Janeiro. A família, as polícias Civil e Militar e o Corpo de Bombeiros tentam há três dias encontrar Cristiane Nogueira, 48, e Leonardo Andrade, 50, que são ex-companheiros.

Segundo a família, Cristiane foi convidada por Leonardo para passar o fim de semana em Ilha Grande, onde ele está morando. Ela havia marcado com um motorista para buscá-la na segunda de manhã e levá-la de volta ao Rio de Janeiro, mas não apareceu.

O casal foi visto pela última vez no domingo, às 16h30, quando saíram com a embarcação. A Lagoa Verde fica ao lado da casa onde estavam hospedados, na praia da Longa. Por volta das 22h, o caseiro começou a ficar preocupado e disparou nos grupos de pescadores da região uma foto do barco, que também não foi localizado.

A família de Cristiane viajou para Angra dos Reis na segunda-feira (23) à noite para ajudar nas buscas. Foram à casa onde o casal estava instalado e encontraram seus pertences, como o celular da mulher, guardado dentro de uma bolsa.

Em publicação nas redes sociais, o filho de Cristiane, Guilherme Brito, mostrou que a geladeira estava cheia. Ele também afirmou que participou das buscas pelo mar, indo de praia em praia, e que dois helicópteros sobrevoaram a região, sem sucesso.

Nas redes, Guilherme disse que sua mãe não costuma ficar sem fazer contato, e que falava "todo dia, a todo momento" onde estava.

A filha de Cristiane, Pamella Brito, também afirmou no Instagram que um vizinho da praia da Longa disse ter visto a embarcação passando direto da Lagoa Verde em direção a Paraty.

Em nota, a Polícia Civil afirmou que o caso foi registrado na 166ª DP (Angra dos Reis) e que as investigações seguem em andamento. A Polícia Militar informou que agentes do 33ª BPM (Angra dos Reis) estão prestando apoio aos órgãos envolvidos nas buscas. A reportagem ainda não conseguiu contato com o Corpo de Bombeiros e com a Capitania dos Portos.

Redação

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente, com apoio da Secretaria de Conservação, iniciou nesta quarta feira (25/08) uma operação para demolição de construções ilegais no alto do Cantagalo, em Ipanema, Zona Sul do Rio. Para garantir a segurança aos fiscais ambientais, policiais da UPP Pavão-Pavãozinho ocuparam os acessos à comunidade.

Cinco construções — ainda em fase inicial, que teriam até três andares — foram alvo de embargos e notificações por estarem sem nenhuma licença ou autorização do poder público, além de estarem localizadas em área não edificante.

– Essas construções em área ambientalmente protegida representam risco ao Meio Ambiente e à comunidade, às pessoas. Não podemos permitir que avancem e, portanto, atuaremos rigorosamente defendendo a sociedade desses crimes – afirmou Eduardo Cavaliere, secretário de Meio Ambiente.

Fiscais do Meio Ambiente constataram a retirada de vegetação de Mata Atlântica no costão rochoso no local, apresentando sérios riscos de desabamentos e deslizamentos, com grave ameaça de dano e lesão à comunidade.

Devido ao difícil acesso, as demolições estão sendo realizadas manualmente, através de operários com marretas e marteletes portáteis.

A ação contou, ainda, com o apoio da Subprefeitura da Zona Sul. A região tem sido alvo de diversas operações de combate a construções ilegais pela Prefeitura do Rio.