Redação

A Hanoi Editora lança no dia 17 de julho de 2021 o livro Missão Havana, de Rodrigo Bittencourt. A obra, que tem textos de Arthur Xexéo na orelha e Cacá Diegues na quarta capa, apresenta uma trama explosiva de ação e romance protagonizada pelo cineasta Roberto Bandite que, de férias em Cuba com o amigo Maurício Duke, se apaixona de forma arrebatadora pela dissidente Yasmín e se envolve com a "Geração Y", grupo que atua para denunciar a opressão do regime castrista.

"Missão Havana” é um desabafo. É uma denúncia. Havana não é a que a gente se habituou a ver nos cadernos de turismo ou nas páginas de editorias internacionais. É uma tomada de posição. Rodrigo critica os extremos da esquerda e da direita, mas sem perder a ternura jamais. Sempre que pode, inclui na trama uma trilha sonora que vai do rock de Kurt Cobain ao romantismo derramado de Bethânia.” (Arthur Xexéo)

"Rodrigo Bittencourt é um autor moderno, manifestando-se por meio de diferentes expressões literárias, audiovisuais e de cultura oral. Seus livros e filmes são um exemplo de sua exposição a todos os aspectos da realidade, transformando essa disposição em pensamento público e obra de arte.” (Cacá Diegues)

Missão Havana conta ainda, na versão em audiolivro, com vozes de Zeca Baleiro, Valmir Moratelli, Thais Belchior, Mel Lisboa, Guta Ruiz, Guilherme Weber, Gabriela Toloi, Emílio Orciollo Netto, Caetano O'Maihlan e Alexandre Mello.

 

Folhapress

A 28ª edição do Prêmio Multishow já tem data para acontecer: será dia 8 de dezembro, no Rio de Janeiro, sob o comando pela quinta vez de Tatá Werneck e pela segunda vez de Iza.

Iza, inclusive, já ganhou um troféu na premiação. Foi o de melhor música com "Pesadão", em 2018. Agora, ela repete a dose de 2020 para comandar a festa que em 2021 terá o conceito que explorará a realidade aumentada.

"Sabemos da importância do prêmio para o mercado, para os artistas e para o público. A cada ano procuramos inovar e surpreender. Nesta edição, a ideia é que todos sejam transportados para um novo mundo por uma noite. Um mundo de música", explica Tatiana Costa, diretora do Multishow.

O conceito vai permear todos os espaços da premiação. Do pré-show, que vai funcionar como uma estação de transporte para o mundo da música, até o conteúdo digital revelado por Diva Depressão. O palco dos shows terá muita tecnologia.

A cerimônia de 2021 ainda contará com a participação especial de Xuxa que fará uma entrada triunfal a bordo de sua icônica nave. A Rainha dos Baixinhos vai entregar o troféu ao vencedor de uma das categorias e interagir com as ativações digitais.

Além dela, a vencedora do Big Brother Brasil 21, Juliette Freire, será outra surpresa. A paraibana vai apresentar uma das categorias.

"O Multishow tem um papel fundamental na evolução da cena musical do país, sempre incentivando novos talentos e sendo o palco de grandes artistas. Há 27 anos o Prêmio Multishow ajuda na construção desta história e movimenta uma vez por ano toda a indústria da música", finaliza Tatiana.

Leonardo Sanchez (Folhapress)

Queimadas ocorridas na fronteira entre Paraguai e Mato Grosso do Sul, somadas a uma frente fria, levaram o céu de São Paulo a uma escuridão, em agosto de 2019. Naquela mesma tarde, o fenômeno causou um efeito oposto em Jasmin Tenucci. Ao ser arrebatada por aquela densa camada de nuvens e fumaça cinzentas, a mente da diretora se iluminou e ela decidiu escrever.

Daí surgiu o roteiro de "Céu de Agosto", filme que acaba de lhe garantir uma menção especial no Festival de Cannes -a Palma de Ouro da seção foi para a chinesa Tang Yi. Ele foi um dos três curtas-metragens brasileiros exibidos no evento cinematográfico, o mais importado mundo, ao lado de um par de longas nacionais e outras coproduções.

Em seus 16 minutos de duração, "Céu de Agosto" acompanha uma enfermeira grávida que, durante um chá de bebê na laje, é encoberta pela escuridão que toma o céu paulistano de assalto. A cena é digna de filme de apocalipse, e a ansiedade que recai sobre a antes não religiosa Lucia logo a impele para uma igreja neopentecostal.

Foi realmente por acaso que o filme aconteceu. Tenucci tinha acabado de conseguir verba para um outro curta-metragem quando teve a ideia para "Céu de Agosto". Ela então persuadiu seus financiadores a reinvestir o dinheiro no novo projeto -e a decisão, depois da passagem pela costa francesa, não poderia ter sido mais acertada.

"Ter sido selecionada já havia sido uma honra enorme. Foi realmente uma surpresa e a minha primeira alegria foi saber que poderia exibir o filme na tela grande", diz Tenucci, num momento em que muitos cineastas têm limitado suas obras às telinhas da TV e do streaming por causa da pandemia. O Festival de Cannes, que chegou a ser cancelado no ano passado, pôde nesta edição reunir seus espectadores em salas de cinema.

"Eu achei que jamais veria 'Céu de Agosto' na tela grande, e ir para Cannes significava ainda ter a certeza de que o filme poderia ser muito mais visto, discutido, pensado. Só por isso já foi um privilégio enorme. O reconhecimento com a menção também é muito bom. Eu gosto de tomar cuidado com isso porque tem muito filme brasileiro excepcional que não entra nesses festivais por diversas razões, mas, claro, é uma honra."

Tenucci estava nos Estados Unidos às vésperas do evento e voou de lá, já 100% imunizada, diretamente para a França. Sua equipe, no entanto, estava no Brasil, sem vacina, mas conseguiu o que ela chama de um "passe de urgência" para viajar e participar do festival presencialmente. Lá, a cada 48 horas, era necessário fazer teste para a Covid-19.

Durante a passagem por Cannes, Tenucci arquitetou, junto com as equipes de outras produções brasileiras em exibição, um protesto após a sessão de "O Marinheiro das Montanhas", do cearense Karim Aïnouz. "Brasil: 530 mil mortos. Fora, gângster genocida", lia-se na faixa empunhada pelo grupo, em referência às mortes causadas pelo coronavírus no país.

"A gente tentou fazer o máximo de barulho lá. Qualquer atenção ajuda, faz uma pressão", diz Tenucci sobre o ato, emendando uma crítica às dificuldades de se financiar um filme sob a gestão de Jair Bolsonaro, cujo governo vem travando a liberação de verbas para o audiovisual e patrulhando os temas abordados em projetos feitos com recursos públicos.

"Céu de Agosto" fala um pouco sobre esse sentimento de frustração e paralisação. O apocalipse que se forma no céu de São Paulo em cena nada tem a ver com o fim dos tempos bíblico. Ele representa, Tenucci diz, um sentimento que se apoderava de todo o Brasil à época da escrita do roteiro.

"Uma fumaça negra tinha viajado milhares de quilômetros e tomado o céu da maior metrópole do país. Isso me pareceu muito simbólico, era um sentimento de um Brasil que já naquela época passava por dias escuros. A minha personagem se move, nesse caso em direção à igreja, num momento em que nós todos estávamos paralisados de tensão."

Formada pela Escola de Comunicação e Artes da USP, a diretora espera, agora, que a láurea em Cannes a ajude a tirar seus próximos dois projetos, seus primeiros longas, do papel. Um deles fala sobre "uma mulher em busca da menor baleia do mundo". O outro é justamente uma expansão do universo de 16 minutos de "Céu de Agosto", este produzido pelas brasileiras AmorDoch e Substância Filmes, com recursos também estrangeiros. A ideia é reaproveitar premissa e elementos vistos no curta premiado em Cannes, mas criar uma nova trama a partir deles. No cerne do roteiro estará o relacionamento de duas mulheres, uma que está entrando na igreja e outra, saindo.

Religiosidade sempre foi um tema que interessou Tenucci. Antes de "Céu de Agosto", ela desenvolveu pesquisa sobre o tema no Brasil, principalmente sobre a crescente presença das igrejas neopentecostais na sociedade.

"A população que pertence a essas igrejas hoje é muito grande e quem está fora dela a entende muito pouco. E eu acho que o cinema também a representa de uma maneira que muitas vezes me incomoda. A gente não consegue olhar para essas igrejas de maneira horizontal, discutir e dialogar com isso", diz a diretora, que não é religiosa.

Para ela, existe um certo elitismo entre boa parte da população que, também por razões históricas, vê de forma negativa e rasa essa parcela de fé evangélica. A presença dessas igrejas, na sociedade e em seu curta, é muito mais complexa do que acreditamos, afirma. A próxima parada de "Céu de Agosto" é na mostra competitiva do Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo - Curta Kinoforum, que começa no dia 19 do mês que vem.

Folhapress

A cantora Pabllo Vittar, 27, anunciou nesta segunda-feira (12) que irá retornar aos palcos internacionais e confirma que irá realizar uma turnê passando pelos Estados Unidos e Europa em 2022. Shows no Brasil e na América Latina deverão ser anunciados nos próximos meses.

A artista teve a agenda de shows paralisada devido à pandemia do coronavírus e afirmou que só voltaria a fazer apresentações presenciais com a população vacinada, por isso as datas da América Latina serão estabelecidas conforme o avanço do controle para com a Covid-19 e imunização da população.

Recentemente, a artista lançou seu quarto álbum, chamado "Batidão Tropical". O trabalho tem influências de ritmos do norte e nordeste e fez com que Vittar entrasse no ranking mundial de maiores estreias do Spotify, ao lado de nomes como os dos americanos Tyler, The Creator e Doja Cat.

O novo álbum da cantora, "Batidão Tropical", aparece na sexta posição. A lista foi compartilhada pelo Spotify Charts dia 28 de junho e diz respeito aos álbuns que foram lançados no final de semana dos dias 26 e 27. Não há outros brasileiros na lista.

Na mesma plataforma de áudio, todas as músicas do álbum entraram no top 50 de músicas mais tocadas. Com isso, "Batidão Tropical" se tornou a maior estreia de um álbum brasileiro no Spotify Brasil em 2021, perdendo apenas uma posição entre todos os álbuns do mundo todo.

Em entrevista exclusiva ao jornal Folha de S.Paulo a cantora contou que está triste com os rumos do país, mas com tesão de usar sua música para tentar alegrar um pouco a vida do brasileiro. "A gente vive este momento em que o país inteiro está muito triste, tem um monte de coisa ruim acontecendo", diz.

"Queria trazer um afago e exaltar os ritmos com os quais eu cresci, com os quais eu passei a minha adolescência." Apesar da saudade das aglomerações geradas pelo público em seus shows, ela sabe que isso só será possível quando a Covid-19 estiver controlada. "Espero que passe logo porque o babado é a gay em cima do palco fazendo o que ela mais sabe fazer", afirma. "É isso que eu quero de volta."
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Confira abaixo as datas da turnê:
TURNÊ 2022
​14/04: San Francisco, Folsom
19/04: Portland, Revolution Hall
20/04: Seattle, Neptune Theatre
21/04: Vancouver, Celebrities Nightclub
25/04: Chicago, The Metro
26/04: Toronto, Music Hall
28/04: Boston, Paradise Rock Club
30/04: Washington, 9:30 Club
01/05: New York, Terminal 5
26/05: Dublin, National Stadium
31/05: Warsaw, Progresja Music Zone
2/06: Milan, Circolo Magnolia
3/06: Barcelona, Primavera Sound
5/06: London, Electric Brixton
7/06: Amsterdam, Melkweg
8/06: Paris, FVTVR
11/06: Porto, NOS Primavera Sound

Anna Virginia Balloussier (Folhapress)

Ex-chefe do núcleo de humor da Globo, Marcius Melhem não viu graça quando três comediantes e um youtuber usaram as redes sociais para tascar nele o rótulo de assediador. Processou todos.

As ações que move contra o quarteto -Danilo Gentili, Felipe Castanhari, Marcos Veras e Rafinha Bastos- são apontadas por advogados como um cerco que beira o assédio judicial, já que os quatro alvos são amigos da mulher que o acusa de assédio moral e sexual, a também humorista Dani Calabresa.

A pessoas próximas Melhem se diz indignado com o que vê como um cancelamento sumário antes mesmo de ser julgado num tribunal tradicional, que não seja o da internet. Ele nega as acusações.

As primeiras sentenças chegaram, com cada uma apontando para uma direção. Enquanto a juíza Carolina de Figueiredo Dorlhiac Nogueira negou a indenização por danos morais que Melhem cobrava de Danilo Gentili, seu colega Valentino Aparecido de Andrade entendeu que Felipe Castanhari devia pagar R$ 100 mil, o dobro do que a ação pedia. Nos dois casos, cabe recurso.

Segundo a magistrada do processo contra Gentili, "configura verdadeira censura prévia, vedada pela Constituição", pedir que o réu não poste "mensagens e vídeos depreciativos e ofensivos ao nome, imagem e honra do autor". Quando as acusações de assédio emergiram, o apresentador do The Noite, do SBT, ironizou o colega em postagens como "uma coisa não podemos negar, o Marcius Melhem foi um grande líder na Globo, daqueles que não têm medo de botar o pau na mesa".

Nogueira diz, em sua decisão, que, ao ingressar na vida pública, a pessoa "deve ser mais resistente a críticas e comentários emitidos por terceiros".

Andrade pegou outra via ao condenar Castanhari. O youtuber havia dito sobre o ex-global "não caiam nesse discursinho de merda do Marcius Melhem". "Esse cara é um criminoso, um escroto, um assediador que merece cadeia por todo o sofrimento que causou."

Segundo o juiz de direito, a "clara e óbvia intenção de não se limitar a expender uma opinião, mas sim a fazer um juízo altamente negativo" sobre Melhem ultrapassa o direito à liberdade de expressão.

Aos fatos. Com 17 anos de Globo, Melhem foi demitido em agosto de 2020. Na época, a emissora divulgou um comunicado dizendo que a decisão foi de "comum acordo" e que o artista "estava de licença desde março para acompanhar o tratamento de saúde de sua filha no exterior".

Na época, já circulavam rumores de que o coordenador do departamento de humor do canal, responsável por programas como "Tá no Ar", "Zorra" e "Isso a Globo Não Mostra", tinha assediado moralmente sua funcionária e amiga Dani Calabresa.

Em outubro, o jornal Folha de S.Paulo publicou que, além de Dani, outras mulheres procuraram o compliance da Globo acusando Melhem de praticar um tipo assédio ainda mais grave, o sexual. Dois meses depois, a revista Piauí trouxe extensa reportagem detalhando como o ator e diretor supostamente assediava suas subordinadas.

Ele contestou 43 pontos do texto, como uma passagem que descreve como Melhem foi dar uma "conferida" no figurino de Dani, que estaria de maiô num camarim nos Estúdios Globo. Segundo o acusado, a cena em questão foi gravada numa praia carioca, e ele "nunca foi a uma externa do 'Zorra' fora dos estúdios".

O humorista virou vidraça sobretudo após a reportagem da Piauí. Escolheu entrar na Justiça só contra os quatro homens, fora Dani Calabresa e a revista. A sentença dura contra Castanhari assustou o grupo.

A defesa do influenciador levantou casos em que, mesmo quando personalidades eram consideradas culpadas pelo que disseram sobre terceiros, as reparações financeiras eram bem mais modestas. Quando a pessoa criticada não é famosa, elas ficam em torno de R$ 5.000 e R$ 10 mil.

O valor aumenta um pouco em imbróglios judiciais envolvendo pessoas conhecidas. Um exemplo é Jair Bolsonaro, condenado a pagar R$ 20 mil à repórter do jornal Folha de S.Paulo Patrícia Campos Mello, atacada pelo presidente com falas sexistas.

A Justiça também entendeu que o youtuber Felipe Neto deveria repassar R$ 8.000 ao presidente da Funai, Marcelo Augusto Xavier. "O sujeito já ajudou invasores de terras indígenas, foi reprovado em prova da PF por problemas psicológicos e agrediu o pai idoso com um murro na cara", postou o youtuber em 2019 sobre o indicado de Bolsonaro ao cargo.

"Não encontramos um outro caso, até o momento, em que uma pessoa foi condenada a R$ 100 mil por um único post em que critica uma celebridade", diz Rafael Neumayr, advogado de Castanhari. "Ele entrou naquela toada de manifestações públicas contra a figura do Marcius, quando absolutamente todo mundo estava fazendo comentários [sobre ele]. Pegou carona nesse movimento, mas com interesse pessoal por ser amigo próximo da Dani e estar muito chateado com tudo o que aconteceu."

Marcos Veras, Danilo Gentili e Felipe Castanhari são amigos de Dani Calabresa, e Rafinha Bastos, um colega de stand-up. Para seus advogados, os réus foram escolhidos a dedo, uma abordagem judicial para constranger a comediante que denunciou Melhem.

Os defensores encaram como estratégico só haver processos contra homens, quando muitas mulheres com igual projeção midiática também atacaram o comediante, de Xuxa a Tatá Werneck. Um homem denunciado por assédio alvejar mulheres solidárias a outra poderia ser contraproducente, afinal.

Por meio de sua assessoria de imprensa, Marcius Melhem diz que "apenas processou aqueles que, de modo injusto e irresponsável, por meio de suas redes sociais, com ampla abrangência, ou por meio da imprensa, passaram a ofendê-lo e a acusá-lo de um crime que não foi provado, e só pode ser dito que houve assédio se assim for provado e declarado em processo judicial por sentença da qual não caiba mais recurso".

Veras, que trabalhou na gestão Melhem em programas como "Escolinha do Professor Raimundo", nem sequer pode citar o nome dele em redes sociais. Liminar de maio, concedida pelo juiz Luiz Felipe Negrão, o proíbe de escrever qualquer alusão ao ex-coordenador até o desfecho da ação.

O que Veras publicou para virar alvo foi "estou com você! Que esse criminoso pague pelo que fez. Te amo". "Meu carinho, admiração e solidariedade a todas as mulheres que sofrem esse tipo de crime diariamente. E que Marcius, ou qualquer outro ou outra que tenha compactuado com isso, respondam pelos atos."

Melhem "usa uma linha de defesa atacando quem comenta o caso, ajuizando diversas ações, contra a denunciante [Dani Calabresa], contra humoristas, inclusive contra a revista que publicou as denúncias", diz o advogado Gustavo Arroyo, contratado por Rafinha Bastos. "Mas acreditamos que ao final prevalecerá o direito constitucional de liberdade de expressão."

Segundo Taís Gasparian, que advoga pela Piauí, por ora o que a equipe jurídica de Melhem faz não pode ser chamado de assédio judicial tal como vimos contra a jornalista Elvira Lobato e o escritor João Paulo Cuenca, ambos alvos da Igreja Universal, ou Rita Lee, processada por cerca de 50 policiais de Sergipe após criticar a agressividade de PMs com o público de um show seu -ela os chamou de "cachorros" e "filhos da puta".

Segundo Gasparian, que também é advogada deste jornal, o que Melhem cria é, "no mínimo, um constrangimento ou ameaça a todos aqueles que tiverem a intenção de se manifestar sobre o assunto, e com isso tolhe a liberdade de expressão."

A condenação de Felipe Castanhari pareceu injusta na opinião dela, "porque o linguajar que ele utilizou é o mesmo adotado por muitos comunicadores atualmente", afirma. "Pode ser agressivo, mas a liberdade de manifestação não se restringe a mensagens educadas ou ponderadas. Muito ao contrário, serve para proteger justamente a expressão que não agrada."

Segundo Marcius Melhem, a cultura do cancelamento destrói reputações sem se importar com o direito de defesa, ainda mais o de "alguém que sofreu graves acusações pela indevida divulgação sobre um suposto assédio que sequer foi alvo de processo judicial", como diz a nota de sua assessoria.

"Não é trivial ser rotulado de assediador com tamanha repercussão. Marcius sofreu um verdadeiro linchamento público, sem provas e sem processo judicial. E os danos disso advindos, em razão do poder replicador das mídias sociais, podem nunca se remediar totalmente."

Em entrevista ao jornalista Mauricio Stycer, Melhem admitiu que foi "um homem tóxico, um marido péssimo, uma pessoa que cometeu excessos ao se relacionar com pessoas do seu próprio ambiente de trabalho". Mas isso não poderia ser confundido com crime sexual. "Embora confesse os meus excessos, jamais tive alguma relação que não fosse consensual e jamais pratiquei algum ato de violência com quem quer que seja na minha vida", disse Melhem.

Segundo a advogada Mayra Cotta, que representa 12 mulheres que já prestaram depoimentos sobre o caso no Ministério Público do Rio de Janeiro, "o grupo que hoje aguarda a conclusão das investigações retira boa parte de suas forças do apoio que recebe de amigos e conhecidos, e atacar esta rede de apoio é uma forma de atacá-las indiretamente".

"Parece que o recado que se tenta passar é de que qualquer um que apoie publicamente as mulheres que denunciam Melhem pode estar sujeito a alguma forma de vingança, que nesse caso vem por meio de uma estratégia judicial agressiva", diz.

Folhapress

A chegada de diversos serviços de streaming tem deixado o brasileiro confuso com tantas opções. Porém, a concorrência já parece estar trazendo bons frutos, com anúncios de promoções por parte das plataformas.

Nesta quinta-feira (1º), a Disney+ vai dar uma boa oportunidade para quem quer conhecer seus conteúdos, mas ainda estava na dúvida por causa do valor da assinatura (R$ 27,90 mensais no plano standard). Até a próxima quarta-feira (7), a assinatura poderá ser feita por R$ 1,90.

O valor promocional vale apenas para o primeiro mês. Caso queira continuar vendo os conteúdos da plataforma, o valor volta a ser o convencional. Porém, quem quiser pode encerrar a assinatura depois de 30 dias.

Com isso, será possível conferir diversas estreias que ocorrerão ao longo de julho. Entre elas estão os dois últimos episódios da série "Loki", estrelada por Tom Hiddleston, que repete seu personagem dos filmes da Marvel.

Outro destaque é a chegada do filme "Cruella" a partir do dia 16 para todos os assinantes, sem pagamento extra. O filme com Emma Stone ainda está nos cinemas e, antes dessa data, também pode ser visto na plataforma pagando um adicional de R$ 69,90.

Nessa modalidade (pagando o valor adicional), será possível conferir o aguardado "Viúva Negra", estrelado por Scarlett Johansson, a partir do dia 9 de julho ou o filme "Jungle Cruise", com Dwayne Johson e Emily Blunt, a partir do dia 30.

No dia 7, também estreia a série animada "Monstros no Trabalho", que se passa no universo de "Monstros S.A.". Já no dia 21, chega a série em live-action "Turner e Hooch", com Josh Peck, sobre um detetive que se alia a um cachorro.

Os assinantes também podem conferir outros sucessos recentes na plataforma, como os filmes "Luca", "Soul" e a versão live-actions de "Mulan", bem como as séries "The Mandalorian", "WandaVision" e "Falcão e o Soldado Invernal". Também estão disponíveis clássicos da Disney de todos os tempos.