Por: Bruno Andrade, Letícia Marques e Marcello de Vico

O Flamengo definiu que Paulo Sousa não permanecerá à frente do time, começou a busca por soluções com urgência e já definiu o substituto: Dorival Júnior, que atualmente comanda o Ceará. O clube carioca procurou o treinador, que acenou positivamente e já comunicou o Ceará sobre seu desejo de saída.

A demissão de Sousa foi decidida após a derrota para o Red Bull Bragantino nesta quarta-feira (08). Rapidamente, com aval do presidente Rodolfo Landim, o Flamengo procurou Dorival realizou uma oferta, financeira e de projeto no clube por, pelo menos, seis meses, e recebeu o "sim". A multa de Dorival, que chegou ao Ceará em março deste ano, está na casa dos R$ 450 mil.

A diretoria do Flamengo ainda não comunicou Paulo Sousa sobre a sua saída e a tendência é que isso seja feito ainda nesta quinta-feira (9).

Já acertado com o novo comandante rubro-negro, os dirigentes, inclusive, aguardam a presença de Dorival Júnior já na partida contra o Internacional, marcada para sábado (11).

O Red Bull Bragantino venceu e aumentou a pressão no Flamengo, nesta quarta-feira (8). Em casa, o time de Bragança Paulista bateu a equipe rubro-negra por 1 a 0, deixou a zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro e ampliou a turbulência na Gávea, que tem o técnico Paulo Sousa e a diretoria com principais alvos. O placar foi construído com gol de Luan Cândido, que balançou a rede no primeiro tempo e quase se tornou vilão ao ser expulso na etapa final.

Com o resultado, a equipe de Bragança Paulista -que ficou sem vencer por nove jogos- chegou a 13 pontos e passou a ocupar a primeira metade da tabela. O time da Gávea permanece com 12 e vê os integrantes da zona de rebaixamento se aproximarem.

Na próxima rodada, a equipe paulista visita o Cuiabá, enquanto o Flamengo encara o Internacional no Beira-Rio. Os dois jogos acontecem no sábado (11).

A equipe de Maurício Barbieri conseguiu ter bom posicionamento no meio e, nas investidas ao ataque, explorou bastante o lado direito. Foi por ali, inclusive, que nasceu a jogada que originou a abertura do placar. Um ponto positivo também foi a conquista "da segunda bola" ofensiva, o que ajudou, em alguns momento, a fazer pressão.

Na volta do intervalo, o Red Bull Bragantino pressionou logo no início e chegou a carimbar a trave. Posteriormente, se mostrou um pouco mais recuado, e o Flamengo teve mais presença no ataque. Após a expulsão, Barbieri fechou mais a equipe, e perdeu poder ofensivo.

O técnico Paulo Sousa mudou o esquema tático e, para este duelo, desenhou o time no 4-3-3. Sem Arrascaeta, o treinador optou por um setor ofensivo formado por Everton Ribeiro, Lázaro, Vitinho e Gabigol. A equipe, porém, voltou a demonstrar falta de recursos para chegar ao gol adversário, e esbarrou na marcação e em erros de passe. Na defesa, o Red Bull Bragantino achou espaços e assustou.

Na volta para o segundo tempo, a equipe se mostrou mais consistente quando tinha a bola, e foi ao ataque, mas, ainda assim, criou poucas chances claras. Quando ficou com um jogador a mais, Paulo Sousa fez mudanças para levar o time mais à frente.

O jogo começou movimentado, mas "truncado" entre as intermediárias devido às falhas das equipes, à forte marcação e às faltas cometidas por ambos os lados.

O Red Bull Bragantino abriu o placar com Luan Cândido, de cabeça. Após cobrança de falta de Artur, Andreas Pereira desviou e o lateral apareceu nas costas da defesa e completou para a rede.

Os donos da casa chegaram a balançar a rede mais uma vez, quando Helinho aproveitou rebote de Hugo e finalizou forte. A arbitragem, porém, apontou impedimento de Praxedes, que havia cabeceado para a defesa de Hugo.

Nos minutos finais do primeiro tempo, Vitinho teve chance de empatar, mas desperdiçou. Após cruzamento de Everton Ribeiro, o camisa 11 apareceu nas costas da defesa e desviou, mas pegou mal na bola e mandou para fora.

O Red Bull Bragantino quase chegou ao segundo quando Helinho cobrou escanteio e Natan, de cabeça, carimbou a trave.

O Flamengo chegou a ter um pênalti marcado a favor, em lance que Andreas recebeu de Everton Ribeiro, invadiu a área e foi derrubado. O VAR, porém, apontou que o camisa 18 estava em posição irregular.

O Flamengo ficou com um jogador a mais após uma confusão em campo. Leo Pereira e Luan Cândido se desentenderam e trocaram empurrões, e cada um ganhou um amarelo. O VAR chamou Wilton Pereira Sampaio e mostrou um tapa do jogador do Red Bull Bragantino no rosto de Matheuzinho, e o camisa 36 acabou expulso. Após o cartão vermelho, o time da casa procurou compensar a desvantagem numérica e se fechou.

Nos minutos finais, Paulo Sousa mandou o time à frente na busca do empate, mas a equipe rubro-negra não conseguia furar o bloqueio adversário.

No último minuto, Arão cabeceou no cantinho e Cleiton salvou. No rebote, Gabigol dividiu com o goleiro, que se machucou e teve de ser atendido.

Já próximo ao apito final, a torcida do Red Bull Bragantino, em tom de provocação, pediu a permanência do técnico Paulo Sousa no Flamengo. Por outro lado, os rubro-negros gritavam "time sem vergonha"

RED BULL BRAGANTINO
Cleiton; Aderlan, Léo Ortiz, Natan e Luan Cândido; Raul (Jadsom Silva), Eric Ramires, Praxedes (Lucas Evangelista) e Artur; Helinho (Lomónaco) e Ytalo (Hyoran). T.: Maurício Barbieri

FLAMENGO
Hugo Souza; Matheuzinho, Rodrigo Caio (Gustavo Henrique), Léo Pereira e Ayrton Lucas (Filipe Luís); Thiago Maia (Willian Arão), Andreas Pereira, Everton Ribeiro (Marinho); Lázaro (Pedro), Vitinho e Gabriel. T.: Paulo Sousa

Estádio:: Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista (SP)
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (Fifa/GO)
Assistentes: Bruno Raphael Pires (Fifa/GO) e Bruno Boschilia (Fifa/PR)
VAR: Wagner Reway (PB)
Cartões amarelos: Helinho e Luan Cândido (RED); Lázaro, Leo Pereira e Gabigol (FLA)
Cartão vermelho: Luan Cândido (RED)
Gol: Luan Cândido (RED), aos 16'/1ºT

Por: Alexandre Araújo, Léo Burlá é Letícia Marques 

Após entender que não há mais possibilidade de Paulo Sousa seguir como técnico do Flamengo, a diretoria, agora, traça estratégia para ir ao mercado com um senso muito maior de urgência. Paralelamente a isso, a cúpula analisa a melhor forma de fazer o desligamento do atual comandante, e a presença dele à beira do gramado no jogo contra o Internacional, sábado (11), ainda é uma incógnita.

Diante do atual cenário, em que não tem nem sequer um auxiliar que possa assumir o time de forma interina, o Rubro-Negro não descarta a possibilidade de fazer uma oferta a um técnico que esteja empregado em outro clube - caso semelhante ao que aconteceu após a queda de Domènec Torrent, quando contratou Rogério Ceni, que à época estava no Fortaleza.

A decisão da diretoria foi tomada após a derrota para o Red Bull Bragantino, ontem (8), em Bragança Paulista (SP). O resultado ruim teve ainda o ingrediente de ter atuado com um jogador a mais por cerca de 25 minutos, após expulsão de Luan Cândido, o que pesou ainda mais na avaliação. Além da atuação da equipe, abaixo da esperada.

Paulo Sousa já viajou para Atibaia (SP), onde a delegação do Flamengo fica até amanhã (10), bastante pressionado nos mais diversos lados.

O treinador vinha sendo alvo de críticas das arquibancadas e a blindagem interna foi se perdendo a cada resultado negativo que o Fla acumula.

Marcos Braz, vice-presidente de futebol, também está nos holofotes das fortes críticas, e acompanha a delegação em São Paulo, assim como o diretor de futebol Bruno Spindel. O presidente Rodolfo Landim, por sua vez, está no Rio de Janeiro, mas mantém constante contato com os representantes rubro-negros.

"HÁ COISA QUE NÃO POSSO CONTROLAR"

Momentos após a partida, Paulo Sousa concedeu entrevista coletiva e foi questionado sobre o clima para permanecer no cargo, e indicou não "gastar energia" com o que não pode controlar, ressaltando a retomada no trabalho no dia a dia com o elenco.

"Há coisas que eu não posso controlar, e essas são aquelas com as quais menos gasto energia. Tento trabalhar com os rapazes da melhor maneira que eu sei para tentarmos sermos competitivos e ganharmos jogos. Por isso, tudo aquilo que se comenta e se escreve, com todo respeito, é algo que não posso controlar. Daí o meu foco exclusivamente é analisar meus rivais, passar com clareza os comportamentos dos nossos rivais para o nosso time e tomar decisões para ganhar jogos", disse.

MULTA NÃO É PROBLEMA

Anunciado em dezembro, Paulo Sousa assinou contrato por duas temporadas e com multa rescisória que tem o valor reduzido a cada mês trabalhado. No momento, tal quantia gira em torno de R$ 7 milhões, e não se mostra um obstáculo.

Por: Diego Iwata Lima

O Palmeiras não perde no Campeonato Brasileiro desde a primeira rodada, quando foi surpreendido pelo Ceará, em casa. De lá para cá, o time conseguiu quatro vitórias e quatro empates. Atualmente, ocupa a segunda colocação, com 16 pontos, dois atrás do líder Corinthians.

Nesta quinta-feira (9), o adversário é o Botafogo, no Allianz Parque, em São Paulo, pela décima rodada da competição nacional. Uma nova vitória mantém o time em superávit contra os postulantes ao troféu e pode ser fundamental no cálculo final.

Levando em conta o que foi planejado no ano passado, o Palmeiras está quase dentro do desejado pela comissão técnica, mas tem uma dívida pequena em relação aos pontos que deveria ter conquistado contra times com pretensões menores na competição. Em compensação, somou mais pontos contra seus principais concorrentes do que o foi programado para o momento.

O Palmeiras tem hoje 16 pontos em 27 disputados. De acordo com o estipulado em 2021 e apresentado pelo próprio Abel, o time alviverde deveria ter 18 pontos.

Em seu livro "Cabeça fria, Coração quente", Abel Ferreira e sua equipe revelaram o planejamento de pontuação para o Brasileiro. Na edição de 2021, a meta era fazer 80 pontos no total -somou 66 e terminou em terceiro colocado. De acordo com o livro, essa foi a pontuação média necessária para o título nas últimas 11 edições do torneio.

Os pontos se originam de dois "potes" de times. Contra os times do primeiro pote, que eles chamaram de G8, deveriam vir 20 pontos em 48 disputados -aproveitamento de 41,6%. Os 60 restantes, em 66 disputados (90,9%), viriam do G11, com os demais times. Os pontos perdidos contra os times do G11 têm que ser recuperados contra equipes do G8.

No G8 de 2021 estavam os oito times contra quem o Palmeiras mais tinha dificuldade historicamente e os principais rivais: Flamengo, Atlético-MG, São Paulo, Corinthians, Internacional, Grêmio, Fluminense e Santos. Destes, o Grêmio hoje está na Série B.

Já no G11, estavam Athletico-PR, Red Bull Bragantino, Bahia (rebaixado), Fortaleza, Ceará, Atletico-GO, Sport (rebaixado), Chapecoense (rebaixada), América-MG, Cuiabá e Juventude.

Considerando que Avaí, Coritiba, Botafogo e Goiás foram promovidos à elite do Brasileiro para esta temporada, dentro do critério utilizado para 2021, a vaga do Grêmio no G8 ficaria com o Botafogo. O próprio Abel já deu declarações de que acredita que o clube carioca pode brigar pelo título. Os demais promovidos vão para o G11.

SOBRANDO CONTRA OS CANDIDATOS À PONTA

Dentro desse gabarito, o Palmeiras poderia ter somado apenas seis dos 15 pontos disputados contra Flamengo, Corinthians, Fluminense, Santos e Atlético-MG. Com as vitórias sobre Corinthians (3 a 0) e Santos (1 a 0), além dos empates contra os demais, somou nove.

Já contra Ceará, Goiás, Red Bull Bragantino e Juventude, deveria ter somado 11, mas conquistou sete. Isso indica que o Palmeiras tem quatro pontos a recuperar contra seus principais rivais.

Considerando que já venceu o Santos fora de casa, uma partida em que empatar ou até perder poderia ser considerado normal, pode-se imaginar que parte da dívida já começou a ser paga. Agora, o time finaliza as preparações para buscar mais pontos contra o Botafogo, nesta quinta-feira.

Para a disputa, o técnico Abel Ferreira terá como desfalques o meia-atacante Raphael Veiga, que teve lesão na coxa direita confirmada nesta terça-feira (7), o lateral-direito Mayke, que ainda se recupera de lesão, e os zagueiros Gustavo Gómez e Benjamín Kuscevic, convocados pelas seleções paraguaia e chilena, respectivamente.

O goleiro Weverton e o meio-campista Danilo, convocados para amistosos da Seleção Brasileira, ainda irão se reapresentar ao time, e devem ser relacionados. Uma provável escalação inicial do Palmeiras tem: Marcelo Lomba (Weverton); Marcos Rocha, Luan, Murilo e Piquerez; Gabriel Menino (Danilo), Zé Rafael e Gustavo Scarpa; Rony, Dudu e Rafael Navarro.

O Botafogo, por sua vez, entra em campo buscando um revés após perder para o Goiás, por 2 a 1, na segunda-feira (6), e chegar à terceira partida sem vitória. O time carioca ocupa a décima posição, com 12 pontos em nove jogos.

Para a disputa desta quinta-feira, o técnico Luís Castro não poderá contar com o atacante Diego Gonçalves, afastado após sentir dores na coxa durante os treinos. Uma provável escalação do time carioca tem: Gatito Fernández; Saravia, Kanu, Cuesta e Hugo; Oyama, Tchê Tchê (Del Piage) e Lucas Fernandes; Victor Sá, Vinícius Lopes e Erison.

Estádio: Allianz Parque, em São pualo (SP)
Horário: Às 19h (de Brasília) desta quinta-feira (9)
Árbitro: Anderson Daronco (Fifa/RS)
VAR: Emerson de Almeida Ferreira (MG)
Transmissão: Premiere

Fluminense e Atlético-MG fizeram um dos jogos mais disputados do Campeonato Brasileiro deste ano nesta quarta-feira (8), no Maracanã, pela décima rodada. O time carioca levou a melhor e venceu por 5 a 3. Arias, Cano (duas vezes), Samuel Xavier e Luiz Henrique marcaram para o Fluminense, enquanto Hulk, Jair e Eduardo Sasha anotaram para o time mineiro.

Com o resultado, o Fluminense se aproxima do G6 e ocupa provisoriamente a sétima colocação, com 14 pontos. O Atlético-MG, por sua vez, perde a chance de dormir na liderança do torneio e caiu para quarto, com 16 pontos, e ainda pode sair do G4 até a conclusão da rodada nesta quinta-feira (9).

Na próxima rodada, o Fluminense atua novamente no Maracanã e enfrenta o Atlético-GO, enquanto o Atlético-MG recebe o Santos, no Mineirão. Os dois jogos serão disputados no sábado (11), às 19h.

Fluminense e Atlético-MG fizeram um primeiro tempo quente, com direito a cinco gols, no Maracanã. O time carioca abriu 2 a 0, com gols de Arias e Cano, aos 17 e 28 minutos, respectivamente. O clube mineiro respondeu com Hulk, após falha do goleiro Fábio, aos 34.

Os donos da casa aumentaram a vantagem com Samuel Xavier, de cabeça, dois minutos depois, mas o time mineiro conseguiu reagir antes do intervalo com Jair, aos 48.

O fim do primeiro tempo foi marcado por uma confusão generalizada que tomou conta até dos túneis de acesso aos vestiários.

O desentendimento teria ocorrido após Antonio Mohamed entrar em campo após o segundo gol do Atlético-MG e dirigir palavras a Luiz Henrique, do Fluminense. Depois disso, jogadores das duas equipes bateram boca e se estranharam enquanto saíam de campo. Tanto Turco quanto Fernando Diniz receberam cartão amarelo.

A etapa final voltou no mesmo ritmo alucinante. Eduardo Sasha conseguiu empatar para o Atlético-MG aos 8 minutos, mas o Fluminense não deixou os visitantes comemorarem por muito tempo. Aos 12, Cano recolocou o time carioca na frente. Luiz Henrique ampliou para os mandantes aos 17 e praticamente sacramentou a vitória do Fluminense.

O time de Diniz mostrou organização ofensiva, não à toa marcou três vezes só no primeiro tempo, mas se atrapalhou defensivamente e quase colocou em xeque a vitória no Maracanã. Falhas individuais, primeiro de Fábio e depois de toda a defesa, ligaram o alerta. No geral, foi uma ótima exibição contra um dos postulantes ao título do Brasileiro.

O Atlético-MG de Turco entrou em campo desligado na defesa -e assim permaneceu até o fim do jogo. Por vezes o sistema defensivo bateu cabeça e deu mais espaço do que deveria ao Fluminense. No ataque, conseguiu achar espaços e foi letal, mas nada adiantou. Se aproveitou de falhas do Fluminense para se manter vivo na partida no primeiro tempo, voltou com o empate na etapa final, mas derrapou e foi superado no Maracanã.

FLUMINENSE
Fábio; Samuel Xavier; Manoel, David Braz e Cris Silva; Wellington (Felipe Melo), André e Ganso (Yago Felipe); Luiz Henrique (Luccas Claro), Arias (Caio Paulista) e Cano (Willian Bigode). Técnico: Fernando Diniz

ATLÉTICO-MG
Everson; Mariano, Nathan Silva (Réver), Junior Alonso e Rubens; Allan, Jair (Otávio) e Nacho (Fábio Gomes); Ademir (Sávio), Sasha (Keno) e Hulk. Técnico: Antonio Mohamed

Estádio: Maracanã, no Rio de Janeiro
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS)
Assistentes: Jorge Eduardo Bernardi (RS) e Jose Eduardo Calza (RS)
VAR: Daiane Caroline Muniz dos Santos (SP)
Cartões amarelos: Fernando Diniz, André, Ganso e Fábio (FLU); Nathan Silva, Antonio Mohamed, Rubens e Allan (ATL)
Gols: Arias (FLU), aos 17', Cano (FLU), aos 28', Hulk (ATL), aos 34', Samuel Xavier (FLU), aos 36', e Jair (ATL), aos 48'/1ºT; Sasha (ATL), aos 8', Cano (FLU), aos 12', e Luiz Henrique (FLU), aos 17/2ºT

O Vasco alcançou sua primeira vitória como visitante e é vice-líder da Série B com 21 pontos. Nesta terça (7), a equipe carioca foi até o estádio do Arruda e venceu o Náutico por 3 a 2. O jogo teve um atraso de 16 minutos por um problema de logística do Náutico, que estreava novo uniforme na partida.

Os gols foram marcados por Figueiredo, Andrey e Nenê para o Vasco. Thássio e Jean Carlos descontaram para os donos da casa. O Náutico ocupa a 14ª colocação, com 12 pontos, mas ainda pode terminar a rodada na zona de rebaixamento.

A próxima partida do Náutico será nesta sexta (10), diante do Sampaio Corrêa, às 19h, fora de casa. O Vasco faz o próximo jogo contra o Cruzeiro, no Maracanã, às 16h no próximo domingo (12).

O Vasco contou com boas partidas de crias da base para chegar a primeira vitória como visitante na Série B. Andrey e Figueiredo fizeram boas partidas, marcando os gols. Yuri Lara, também da base, fez boa partida, na marcação no setor de meio-campo.

A equipe do Náutico foi mal do início ao fim da partida. Muitos erros de passes impossibilitaram a equipe anfitriã de dar fluidez ao seu jogo. O goleiro Thiago Rodrigues foi mero espectador do primeiro tempo. As alterações no segundo tempo melhoraram um pouco o time, mas a equipe seguiu atuando abaixo do que já demonstrou nessa Série B.

O jogo teve seu início atrasado em 16 minutos. O motivo foi um problema logístico do Náutico, que não conseguiu entregar a tempo os uniformes que a equipe pernambucana usaria na partida. Funcionários do clube chegaram a se deslocar para o estádio dos Afltos para buscar o uniforme antigo, mas não foi preciso.

O Vasco entrou sozinho em campo e o protocolo de reprodução de hinos foi realizada apenas com a equipe carioca em campo. Se o Náutico atrasasse mais que trinta minutos, o árbitro poderia dar a partida como encerrada. O Vasco entrou com uma marca na parte frontal do uniforme estampando a hashtag #SOSPernambuco.

Após a partida, as camisas serão autografadas e leiloadas. O dinheiro arrecadado será doado para uma instituição do Recife que ajuda as vítimas das chuvas no estado nordestino.

A partida começou sem muitas emoções. O Vasco tinha mais a bola, mas não conseguia criar chances claras de gol. O Náutico adotava uma proposta mais reativa, esperando as ações do clube carioca, marcando praticamente em seu próprio campo. O jogo quase ficou parado novamente quando um torcedor na arquibancada passou mal, mas foi reiniciado após ele ser levado pela ambulância.

O jogo seguia sem fortes emoções quando o juiz marcou falta na intermediária ofensiva do Vasco. O atacante Figueiredo se apresentou para cobrança e bateu forte na bola. O goleiro Lucas Perri não conseguiu fazer a defesa e viu a bola bater na trave e quicar dentro do gol, abrindo o placar para os cruz-maltinos.

O Vasco seguia melhor na partida e pouco depois do gol, Nenê cruzou bola na área com perigo na direção do gol. Lucas Perri precisou fazer boa defesa para evitar o segundo gol carioca no jogo. Pec perdeu passe em contra-ataque que poderia levar perigo.

Os donos da casa seguiam sem conseguir criar boa chances de gol. Após sofrer o gol, a equipe passou a errar mais passes, demonstrando nervosismo.

A superioridade vascaína logo foi refletida no placar. Andrey roubou a bola no campo de defesa e partiu rumo ao ataque, sem ser parado pela marcação. Na entrada da área, tabelou com Nenê, recebeu a bola dentro da área e finalizou com perfeição para marcar o segundo gol do jogo.

O Náutico iniciou o segundo tempo com uma postura diferente, ocupando mais o campo de ataque e buscando gol de empate. A primeira boa chance do Náutico aconteceu apenas no segundo tempo. Jean Carlos recebeu cruzamento e, da entrada da área, bateu firme por cima do gol.

Mesmo com boa vantagem, o cruz-maltino seguiu incomodando o adversário. Após roubada de bola no campo ofensivo, Pec tocou para Getúlio. O atacante finalizou quase na pequena área e parou em excelente defesa do goleiro Lucas Perri. Figueiredo até fez mais um gol, mas foi anulado após o VAR acusar impedimento.

O Vasco seguia melhor na partida, mas o Náutico conseguiu diminuir a vantagem dos donos da casa. Pedro Vitor recebeu dentro da área e finalizou com força, obrigando o goleiro Thiago Rodrigues a fazer boa defesa. No rebote, Thássio finalizou, a bola desviou no zagueiro Anderson Conceição e morreu dentro das redes do Vasco.

O gol não mudou a postura do Vasco na partida, que seguiu controlando o jogo. O Náutico tinha um pouco mais a posse de bola, mas foi o clube carioca que marcou de novo. Andrey lançou Figueiredo na área que dominou, driblou o goleiro e tocou para Nenê. O experiente meia chutou colocado e venceu os dois zagueiros, marcando o terceiro gol vascaíno da partida.

Depois do gol, o Náutico seguiu tentando pelo menos diminuir a vantagem, mas esbarrava em erros no campo de ataque.

Aos 50 minutos do segundo tempo, Zé Santos tocou Victor Ferraz dentro da área em cobrança de escanteio. Após análise do VAR, o árbitro marcou pênalti, convertido por Jean Carlos, dando números finais a partida.

NÁUTICO
Lucas Perri; Victor Ferraz, Wellington, Bruno Bispo, Thassio; Franco (Eduardo), Nascimento (Djavan), Jean Carlos; Ewandro (Amarildo), Pedro Vitor, Léo Passos (Robinho). T.: Roberto Fernandes

VASCO
Thiago Rodrigues; Gabriel Dias (Weverton), Danilo Boza, Anderson Conceição, Edimar; Yuri, Andey Santos (Matheus Barbosa), Nenê (Isaque); Gabriel Pec (Bruno Nazário), Figueiredo, Getúlio (Zé Santos). T.: Emílio Faro.

Estádio: Arruda, em Recife (PE)
Árbitro: Flavio Rodrigues de Souza (SP)
Assistentes: Miguel Cataneo Ribeiro da Costa e Gustavo Rodrigues de Oliveira (ambos de SP)
VAR: Heber Roberto Lopes (SC)
Cartões Amarelos: Richard Franco, Jean Carlos, Robinho, Victor Ferraz (NAU); Edimar, Andrey (VAS);
Gol: Figueiredo (VAS), aos 27', e Andrey (VAS), aos 42'/1ºT; Thássio (NAU), aos 25', Nenê (VAS), aos 31', e Jean Carlos (NAU), aos 52'/2ºT.