Em decreto publicado no Diário Oficial desta terça-feira (26/4), o prefeito Eduardo Paes suspendeu a exigência do passaporte vacinal na cidade do Rio de Janeiro. A decisão foi tomada após a 25ª reunião do Comitê Especial de Enfrentamento da Covid-19 (CEEC). No encontro na manhã de segunda-feira (25/4), os integrantes do grupo recomendaram à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) a suspensão temporária da exigência do passaporte vacinal.

A proposta do comitê foi baseada no atual panorama epidemiológico na cidade do Rio, que se mantém favorável e estável. A decisão, no entanto, pode ser alterada caso haja mudança no cenário atual.

Também na reunião, os especialistas ratificaram a urgência do envio de novas doses da Pfizer pelo Ministério da Saúde ao município do Rio e indicaram que a SMS reivindique ao órgão federal a definição de prazo e a garantia de entrega das remessas.

A próxima reunião do CEEC será realizada no dia 16 de maio.

 

Confira o decreto do prefeito Eduardo Paes:

DECRETO RIO Nº 50672 DE 25 DE ABRIL DE 2022 Revoga o Decreto Rio nº 49.894, de 1º de dezembro de 2021 e o artigo 1º, do Decreto Rio nº 50.308, de 7 de março de 2022.

O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, no uso das atribuições que lhe são conferidas pela legislação em vigor, e CONSIDERANDO a situação epidemiológica da Covid-19 no Município que aponta para a manutenção do cenário de estabilidade, com queda do número de casos leves, casos graves e óbitos; CONSIDERANDO o encaminhamento técnico nº 7, constante do sumário executivo da 25ª Reunião do Comitê Especial de Enfrentamento à Covid-19 – CEEC Prefeitura do Rio de Janeiro, realizada no dia 25 de abril de 2022, que recomendou a suspensão temporária da obrigatoriedade de passaporte vacinal em razão do cenário epidemiológico atual favorável, DECRETA: Art. 1º Fica revogado o Decreto Rio nº 49.894, de 1º de dezembro de 2021 e o artigo 1º, do Decreto Rio nº 50.308, de 7 de março de 2022. Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Rio de Janeiro, 25 de abril de 2022; 458º ano da fundação da Cidade. EDUARDO PAES.

Por: Júlia Barbon

Morreu às 12h10 desta sexta (22) a menina de 11 anos que teve uma perna amputada após sofrer um acidente na dispersão do Sambódromo do Rio de Janeiro, no final da noite de quarta-feira (20), na abertura do Carnaval na Marquês de Sapucaí.

A morte foi confirmado pela direção do Hospital Municipal Souza Aguiar, onde Raquel Antunes da Silva estava internada em estado grave. Ela teve as pernas prensadas entre um carro alegórico da escola de samba Em Cima da Hora e um poste na rua Frei Caneca.

Uma prima da criança, de 48 anos, disse à Folha nesta quinta (21) que a menina subiu no carro alegórico para tirar fotos. Sem perceber que a criança estava lá, deram partida no veículo, o que acabou causando o acidente.

A mãe da criança, a manicure Marcela Portelinha Antunes, chegou muito abalada ao hospital por volta das 16h30 de quinta e disse que não recebeu nenhuma ajuda da Liga que reúne as escolas. Ela afirmou que o caso não pode "ficar impune" e chegou a desmaiar enquanto conversava com os jornalistas.

Também na quinta, a madrinha Brenda Santos, 24, disse que a criança havia passado por uma cirurgia que durou por volta de nove horas.

O desfile das escolas chegou a ser interrompido para a realização de perícia no local do acidente, o que atrasou em cerca de uma hora a entrada no Sambódromo da Unidos da Ponte, a terceira a desfilar.

Em nota, a Polícia Civil informou que as investigações estão em andamento. "A perícia foi realizada no local e imagens de câmeras de segurança foram coletadas e estão sendo analisadas para esclarecer o fato."

Também através de um comunicado, a Prefeitura do Rio de Janeiro lamentou o ocorrido e afirmou se solidarizar com a família. "A Secretaria Municipal de Ordem Pública vai acompanhar as investigações da Polícia Civil sobre as causas e os responsáveis por esse acidente".

Em 2017, um acidente com um carro alegórico da escola de samba Paraíso do Tuiuti deixou 20 pessoas feridas no Sambódromo, na primeira noite de desfiles do Grupo Especial do Rio.
As vítimas foram prensadas pelo último carro alegórico da escola, que abriu os desfiles após subir para a primeira divisão do Carnaval carioca. O veículo avançou sem controle para a esquerda sobre a grade da arquibancada.

As ligas das escolas de samba do Rio Liga-RJ e Liesa afirmaram, em nota conjunta, que a criança "subiu no carro alegórico fora do sambódromo, na rua Frei Caneca, no Estácio, após deixar a área de dispersão".

"Ela foi socorrida e levada ao Hospital Sousa Aguiar, onde foi submetida a cirurgias. Equipes das Ligas e da Escola acompanham o caso na unidade hospitalar ao lado da família desde o primeiro instante e também colaboram com as autoridades. Nesse momento, é preciso esperar a apuração da perícia e autoridades para novos esclarecimentos", diz a nota. A entidade afirma também que se solidariza com a família.

Segundo o MPRJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro), o desfile das escolas de samba desta quarta violou normas que haviam sido determinadas pela Justiça com antecedência.

Em março deste ano, o MP do Rio diz ter enviado aos organizadores do evento recomendações. "No documento há menção específica quanto à necessidade de provimento de segurança no momento da dispersão dos carros alegóricos", diz o órgão em nota.

"A violação às claras determinações feitas com antecedência ensejará as providências devidas em demanda própria a ser ajuizada pela 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Infância e da Juventude da Capital."

A Comlurb removeu 8,1 toneladas de resíduos após as celebrações em homenagem ao Dia de  São Jorge, no último sábado (23/4), nas imediações da Igreja Matriz São Jorge, em Quintino, Zona Norte do Rio, e na paróquia do Centro.

Para o Dia de São Jorge foi intensificada a limpeza nas imediações das duas paróquias, quando há comércio informal de flores, velas, santinhos, comidas e bebidas. Os serviços foram reforçados nos arredores da Matriz, em Quintino, com  88 garis e 15 agentes de limpeza. Eles removeram 7,3 toneladas de resíduos com o apoio de  cinco caminhões compactadores e dois basculantes, além de cinco pipas d’água, uma varredeira e quatro sopradores.

Nas imediações da  paróquia do Centro foram removidos 800 kg de resíduos com a mobilização de 12 garis. Eles contaram com o apoio de  uma pipa d’água para lavagem das vias com água de reúso, e um caminhão compactador para  a remoção dos resíduos. Ainda foram disponibilizados 20 contêineres para o descarte correto dos resíduos por parte dos fiéis.

Das arquibancadas do Maracanã para a Estrada Intendente Magalhães, na Zona Norte do Rio. Na noite de quinta-feira (21/4), a Flamanguaça deu o pontapé inicial nos desfiles das escolas de samba formadas por torcedores dos quatro times grandes do Rio de Janeiro. Novamente com grande presença do público, o Carnaval na rua foi marcado por muita festa e gritos famosos dos torcedores nos estádios de futebol.

– O carioca gosta de samba e futebol. Essa junção mostra que ambos caminham muito bem juntos. E, importante, caminham na paz. Muito orgulhosa de desfilar na Flamanguaça, uma escola grandiosa por conta da torcida e do Flamengo – disse Camile Macedo, de 17 anos, estreante como porta-bandeira da escola, mas já com a experiência de ter exercido a função aos 11 anos na Acadêmicos do Dendê, também em desfile na Intendente Magalhães.

Criada em julho de 2020, a Flamanguaça fez sua estreia no Carnaval, desfilando pelo Grupo de Avaliação com o enredo “Sou resistência! Sou pele preta! Sou a voz da favela que não se cala! Muito prazer, sou Flamanguaça”, do carnavalesco Amarildo de Melo. A escola foi recebida pelo público com cânticos da torcida rubro-negra e o hino do clube. Um torcedor, no playground de um prédio próximo, passou todo o desfile agitando uma bandeira do time.

– Integro a torcida Flamanguaça desde 2011. Estamos apreensivos e nervosos por ser o primeiro desfile da escola. Mas temos certeza de que vai ser bonito e o apoio da torcida vai ser importante para nos deixar mais confiantes. Será uma apresentação inesquecível – declarou Vinicius Bauer, de 38 anos, integrante de uma das alas da escola minutos antes de o desfile começar.

Nesta sexta-feira (22/4), mais duas escolas representantes de torcida vão marcar presença na Intendente Magalhães. Pela Série Bronze, a primeira a desfilar será a União Cruzmaltina, criada em junho de 2019 e ligada ao Vasco. O enredo chama-se “O meu coração é a tua morada”, uma homenagem do carnavalesco Rodrigo Almeida à torcida do clube.

A segunda escola a desfilar será a Guerreiros Tricolores, fundada em julho de 2019 por torcedores do Fluminense. Para agitar a Intendente Magalhães, os carnavalescos Pedro Machado e Raphael Homem idealizaram o enredo “Forjados nas cores do guerreiro, nosso lema é vencer ou vencer!”.

Na sexta-feira (29/4), na Série Prata, as torcidas de futebol voltam para a Intendente Magalhães com mais duas escolas. O Flamengo será novamente representado, desta vez pela Raça Rubro-Negra, criada em setembro de 2019. O carnavalesco Jorge Knawer reeditou o enredo “Aquarela Brasileira”, do Império Serrano, de 1964.

O dia de desfiles será encerrado pelo Botafogo Samba Clube. A escola do Alvinegro foi criada em julho de 2018 e apresentará o enredo “João Saldanha: um apaixonado pela verdade, caminhando em tempos de ilusão”, uma homenagem ao falecido jornalista, escritor e técnico de futebol. O humorista Marcelo Adnet é um dos carnavalescos, ao lado de Ricardo Hessez.

Quem fecha os desfiles das escolas de samba ligadas ao futebol é a Imperadores Rubro-Negros, pelo Grupo de Acesso B, no domingo (1/5). Fundada em junho de 2018, a escola de torcedores do Flamengo vai apresentar o enredo “Olele, olele, uma herança do continente africano”, do carnavalesco Sandro Rauly.

Nos desfiles da Série Prata de sábado (30/4) e Grupo de Acesso C no domingo (1/5), não haverá apresentação de escolas ligadas aos times de futebol.

Estrutura

Os desfiles das escolas na Intendente Magalhães contam com queima de fogos, nova iluminação e toda a estrutura da Prefeitura do Rio, como garis da Comlurb e equipes da Saúde e da Guarda Municipal. Nas barraquinhas, o cardápio é variado, com churrasquinho, salgados, batata frita, frango empanado, churros, cachorro-quente, carne de sol com aipim e milho cozido.

 

Por: Matheus Rocha

A delegada Maria Aparecida Mallet, responsável pelas investigações sobre a morte de Raquel Antunes da Silva, 11, diz que as imagens captadas por câmeras de segurança mostram que havia muitas crianças no carro alegórico da escola Em Cima da Hora. O veículo prensou as pernas da menina na dispersão no sambódromo do Rio, na noite da última quarta-feira (20).

"Nós precisamos examinar as imagens com mais cautela para afirmar com segurança (quantas crianças havia). À primeira vista, tinha muita criança no carro alegórico", diz a delegada, titular da 6ª delegacia de polícia, no centro do Rio.

Segundo ela, as imagens das câmeras de segurança contradizem a versão do motorista, que afirmou à polícia não ter visto crianças no local. O homem disse também não ter sido alertado sobre a presença da criança no veículo.

No entanto, afirma a delegada, ainda é cedo para apontar culpados ou a causa do acidente.

"A gente trata como homicídio culposo, ou seja, é por negligência, imprudência ou imperícia. Vai ser uma dessas ou até mesmo as três."

Nesta segunda-feira (25), Mallet irá colher a partir das 14h os depoimentos do presidente administrativo da escola de samba Em Cima da Hora e de um funcionário da Carvalhão, empresa de guincho que atuava no sambódromo no dia do acidente.

A empresa também terá que encaminhar à delegacia uma lista com todos os funcionários que trabalhavam naquele dia.

Desde o início das investigações, a delegada já ouviu cinco pessoas: o condutor do veículo, um socorrista e outras três testemunhas.

"Nós vamos contrastar as imagens que nós obtivemos no momento do acidente com os depoimentos de hoje. Isso será de suma importância para analisar o que aconteceu naquele momento." A expectativa é ouvir também parentes da criança, mas não há data para isso acontecer.

"Estamos respeitando o momento de luta da família, mas aguardamos que compareçam quanto antes para prestar o testemunho em sede policial."

Raquel foi enterrada no sábado (23) no cemitério do Catumbi, na região central do Rio. Durante o velório, a mãe da menina pediu por justiça. "Eu quero minha menina, isso não pode ficar assim", gritou, aos prantos, a manicure Marcela Portelinha Antunes.

Segundo o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, o desfile das escolas de samba na quarta violou normas que haviam sido determinadas pela Justiça com antecedência.

A Promotoria disse ter enviado recomendações aos organizadores do evento. "No documento há menção específica quanto à necessidade de provimento de segurança no momento da dispersão dos carros alegóricos", afirmou a instituição, em nota.

"A violação às claras determinações feitas com antecedência ensejará as providências devidas em demanda própria a ser ajuizada pela 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Infância e da Juventude da Capital."

Por: Mariana Moreira

Enquanto a rotina de trabalho seguia para muitos cariocas, outros aproveitaram o cortejo de blocos pela manhã dessa sexta-feira, no Centro da Cidade.

O Bloco Docinhos Carinhosos foi acompanhado por cerca de 300 foliões. Alguns muito fantasiados circularam em meio a outros que preferiram curtir a folia quase à paisana. O grupo seguiu pela Praça da Deriva, na Marechal Âncora.

Em meio ao sol e ao calor que despontaram em dias de outono, foliões cantaram com empolgação sucessos de Tim Maia, Daniela Mercury e Alceu Valença, além de marchinhas. O trânsito na Avenida 1º de março segue normalmente e uma viatura da Polícia Militar circula pela região monitorando as vias.