Por: Marcela Lemos

Um vendedor ambulante negro foi baleado e morreu na tarde desta segunda-feira (14) em frente à estação das barcas, no centro de Niterói, na região metropolitana do Rio. A vereadora de Niterói Benny Briolly (PSOL) identificou o rapaz como Iago Machado. Ela disse, em sua rede social, que o autor do disparo foi um policial militar de folga.

Por sua vez, a corporação diz que o policial interveio em suposta tentativa de roubo. "O militar tentou intervir na ação e um dos envolvidos teria investido contra sua integridade, sendo atingido por disparo de arma de fogo. O ferido não resistiu", informou a PM. Já um primo de Iago disse que o rapaz vendia balas quando foi acusado por um segundo homem, também não identificado, de roubar na região.

O Corpo de Bombeiros informou que foi acionado para a ocorrência por volta de 12h e constatou o óbito da vítima no local.

Em entrevista à TV Record, Jonathan César, primo de Iago, contou que o rapaz baleado estava abordando pessoas para vender balas quando um homem reagiu, dizendo que vendedores de bala roubavam na região.

Houve então uma discussão entre esse homem não identificado, o policial de folga e Iago, quando o PM interveio e atirou no rapaz, de acordo com a versão do primo. Jonathan César ainda disse que Iago foi baleado com um disparo.

"Saía [de casa] às 5h para poder consagrar todo dia seu dinheiro, para poder pagar um buffet de festa para uma filha. Era o sonho dele fazer uma festa para a filha dele de dois anos. Ia ser um festão. O menino estava convidando todo mundo", relatou Jonathan.

De acordo com a PM, o policial envolvido e uma suposta vítima de tentativa de roubo presta na tarde de hoje depoimento na Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí. "A 4ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM) já foi acionada e acompanha o caso", informou a PM.

Procurada, a Polícia Civil disse que "a Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG) foi acionada e investiga o caso. Os agentes estão ouvindo testemunhas e buscarão imagens de câmeras de segurança instaladas na região para esclarecer todos os fatos".

O policiamento foi intensificado na região onde Iago foi morto. Manifestantes atearam fogo em colchões.

As atividades presenciais nas Casas de Convivência e Lazer para idosos, mantidas pela Prefeitura, foram retomadas nesta segunda-feira (14/2).

Os espaços estavam fechados desde o dia 7 de janeiro devido ao agravamento da pandemia de Covid-19, com o aumento de casos da variante Ômicron. O uso de máscaras em todas as atividades continua obrigatório. Nos espaços há lavatório para mãos e álcool em gel.

O objetivo é gerar impacto direto na promoção da saúde física, mental e emocional dos frequentadores.

Os interessados em fazer parte do projeto devem ter 60 anos ou mais e ir até o local com documento de identidade, CPF, comprovante de residência, foto 3X4 e a caderneta de vacinação para inscrição.

 

Casa Clara Nunes

Rua Soares Caldeira, nº 115 – Parque de Madureira, (Prédio da Administração), Madureira.

Terça a sexta-feira, das 7h às 16h, e sábado, das 8h às 12h.

Telefone: (21) 96517-0463

 

Casa Bibi Franklin Leal

Rua General Espírito Santo Cardoso, nº 514, Tijuca.

Segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

Telefone: (21) 96517-0607

 

Casa Naná Sette Câmara

Avenida Niemeyer, nº 766, 11º andar, São Conrado.

Segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

Telefone: 3111-1107

 

Casa Maria Haydee

Av. Padre Leonel Franca, nº 240, Gávea.

Segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

Telefone: 2274-8112/ (21) 97780-9339

 

Casa Padre Velloso

Rua São Clemente, nº 312, Botafogo.

Segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

Telefone: 2535-9916

 

Casa Carmen Miranda

Avenida Nossa Senhora da Penha, nº 42, Penha.

Segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

Telefone: 3096-1905

Fevereiro de 2022 é um mês especial para a agricultura do estado do Rio de Janeiro. Agora é Lei! Foi publicado no Diário Oficial do Estado o Decreto que institui o Selo de Qualidade do Café do Rio de Janeiro. Um marco para a constante busca pela qualificação e melhoria do café produzido nas nossas terras.

O Selo foi idealizado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento, com o apoio da Emater-Rio, da Pesagro-Rio e da Associação de Cafeicultores do Estado do Rio de Janeiro (Ascarj) para reverenciar o produtor que se esforça para produzir com sustentabilidade, buscando a qualidade do produto que chega até as mesas dos consumidores.

Para o secretário de Estado de Agricultura, Marcelo Queiroz, o selo vai ser mais um incentivo para os produtores. ”O selo é fruto de muito trabalho. Eu tenho que agradecer a todos envolvidos que fizeram esse momento marcante se realizar. Técnicos, extensionistas, produtores, o Deputado Estadual, Jair Bittencourt, que nos ajuda na Alerj, todos trabalharam para que a gente chegasse a esse momento. E, principalmente, o Governador Cláudio Castro que é um incentivador da agricultura do nosso Estado. Eu tenho certeza que nossos produtores vão sentir orgulho de dizer que são reconhecidos pelo trabalho no campo.”, disse o secretário.

Vice-presidente da Alerj e membro da Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa do Estado, o deputado estadual, Jair Bittencourt, ressaltou a importância de se valorizar a agricultura do Estado. “Quando se falava de café, não se falava do Rio de Janeiro, mas graças ao trabalho da Secretaria de Estado de Agricultura e do empenho dos produtores rurais, hoje o café especial do Rio de Janeiro é respeitado em todo o Brasil. Uma produção quase toda familiar, que dá orgulho pela qualidade que eles estão chegando”, afirmou o deputado.

Depois de tanto trabalho para chegar a aprovação do Selo do Café do Estado do Rio de Janeiro, o presidente da Emater-Rio enaltece o trabalho de cada técnico e extensionista da empresa que se empenhou para este resultado. “Há anos a Emater-Rio trabalha com os produtores rurais buscando sempre a qualidade do café e a sustentabilidade da produção. Ações que vão da escolha dos grãos até o pós colheita. Esse momento é um marco e eu tenho que agradecer a cada técnico, a cada extensionista que se esforçou para que hoje nós possamos dizer que o café do Rio de Janeiro está entre os melhores do Brasil”, concluiu.

O Selo Qualidade do Café do Rio de Janeiro é um incentivo para que os produtores continuem investindo em qualidade e sustentabilidade.

Por: Matheus Rocha

A Polícia Militar afastou agentes do Batalhão de Ações com Cães que invadiram na última segunda-feira (7) uma casa na Vila Aliança, comunidade da zona oeste do Rio de Janeiro.

Cansado de ter a própria casa invadida por policiais, um morador da favela decidiu colocar uma câmera de segurança na sala e conseguiu registrar o momento em que os agentes invadem e reviram a residência. Segundo o advogado do homem, os agentes furtaram uma caixa de som, um frasco de perfume, carne e água de coco.

Nos registros, divulgados pela TV Globo e obtidos pela reportagem, é possível ver três PMs circulando pela sala e vasculhando o imóvel.

"Está cheio de jogos maneiros que você ia gostar", diz um dos agentes ao colega quando encontrou jogos de videogame. Em outro momento, o que chama a atenção deles é uma caixa de som portátil.

"Para não falar que não te dei nada na vida", diz um deles, mostrando o aparelho para o parceiro. "Caixinha, né? Essa é boa. É JBL." Instantes depois, eles abrem a geladeira e se surpreendem com o que encontram no interior dela. "Casa de luxo. Chega aqui. Vem ver a geladeira pra tu ver se é ou se não é. Dá o veredito aqui." O colega de farda vai até lá e concorda que a casa seria de luxo.

De acordo com advogado Willian Brand, em quatro meses, policiais foram 11 vezes na casa de seu cliente. Em algumas ocasiões, a casa foi invadida e, em outras, os agentes pediram para entrar.

"Nessa última fez, acontece que ele não estava em casa, mas pelo telefone pôde perceber que tinha alguém na casa dele e começou a gravar. Nós então registramos uma notícia crime na Corregedoria da Polícia Militar", diz ele, acrescentando que o objetivo da ação é fazer com que essas invasões cessem tanto na casa de seu cliente quanto em outras residências.

"Para que seja feito acesso a uma residência deve haver o flagrante delito, um mandado de busca e apreensão ou um mandado de prisão. Apenas nessas hipóteses o domicílio pode ser violado", diz o advogado. "No caso do morador, ele não se encaixava em nenhuma dessas hipóteses."

Brand não sabe ao certo o que atraia os agentes para a casa de seu cliente. Para ele, um dos motivos pode ser a a estrutura da residência. "É uma casa que, na fachada, tem piso, é bem arrumadinha, o morador tem um carro financiado também", diz ele.

A invasão de residências é uma das principais denúncias feitas por moradores de comunidades contra policiais. Reportagem do jornal Folha de S.Paulo no Jacarezinho, favela da zona norte do Rio, mostrou que a corrente da porta de uma casa estava arrebentada, roupas e objetos estavam revirados.

A favela foi uma das comunidades ocupadas pela PM e pela Polícia Civil no último dia 19 como primeira etapa do programa Cidade Integrada. Segundo o governo do estado, o plano é levar obras de infraestrutura e projetos sociais às regiões ocupadas.

Já uma manicure contou que dormia nua no dia em que a favela foi ocupada quando foi acordada pelos gritos de uma vizinha. A mulher avisava sobre a presença da polícia no andar de baixo. Quando desceu, três homens saíam pela porta. Ela disse ter discutido com eles enquanto invadiam outros imóveis. Urinou no lençol.

Em nota, a SEPM (Secretaria de Estado de Polícia Militar) diz que não compactua com as ações de agentes que invadem domicílios.

"A SEPM ressalta que não há em qualquer outra instituição pública ou privada do país uma corregedoria tão atuante como a de Polícia Militar do Rio de Janeiro. Somente nos últimos 10 anos, a corporação excluiu de suas fileiras 1.536 maus policiais, no que representa uma média anual de cerca 153 militares desligados", diz a pasta.

Por: Matheus Rocha

A Justiça determinou nesta quarta-feira (2) a prisão de três homens acusados de matar o congolês Moïse Mugenyi, 24. O imigrante foi morto a pauladas perto de um quiosque na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, no último dia 24.

Na decisão, a juíza Isabel Teresa Pinto Coelho Diniz, do plantão judiciário, determinou a prisão temporária argumentando que as investigações apontam que os três homens são autores do crime. Ela destaca, porém, ser importante realizar outras diligências para elucidar os fatos.

Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca, Brendon Alexander Luz da Silva e Fábio Pirineus da Silva já estavam detidos desde a terça-feira (1º) na Delegacia de Homicídios da Capital. Os três foram presos depois que a Polícia Civil cumpriu mandados de prisão temporária por homicídio duplamente qualificado.

Eles foram identificados após o depoimento de testemunhas que presenciaram o espancamento com pedaços de pau.

Um dos presos, Fábio Pirineus da Silva, foi detido na noite de terça-feira na casa de parentes no bairro de Paciência, na zona oeste.

Ele é vendedor de caipirinhas na praia e confessou aos agentes que deu pauladas no jovem, segundo a polícia.

O delegado Henrique Damasceno, titular da Delegacia de Homicídios da Capital, afirmou que as três pessoas presas não trabalham no quiosque Tropicália, do qual Moïse era funcionário. Ele disse, ainda, que o dono do estabelecimento auxiliou nas investigações, foi solícito, forneceu as imagens do crime e colaborou na identificação dos autores.

A polícia encontrou um porrete, indicado por uma das pessoas que ajudaram na investigação, em um terreno baldio próximo ao local.

A família de Moïse diz que ele foi espancado até a morte por ter cobrado diárias que estavam atrasadas. Segundo os parentes, o congolês trabalhava em um quiosque, na altura do posto 8, onde teria sofrido agressões presenciadas por cerca de cinco homens.

"Mesmo depois de morto, os caras continuaram batendo nele. Largaram o corpo perto do quiosque mesmo, amarraram as mãos dele, colocaram elas para trás. Moïse morreu, mas continuaram torturando ele", contou Mamanu Idumba Edou, 49, tio do jovem.

Em vídeo gravado por uma câmera de segurança, é possível ver quando Moïse mexe no interior de um refrigerador e dois homens se aproximam e o empurram para longe.

Um deles o joga no chão e os dois começam a lutar. O segundo homem chega a segurar as pernas de Moïse. Enquanto isso, um terceiro agressor, com um pedaço de pau, começa a bater no congolês.

Instantes depois, quando Moïse parece estar desacordado, com um agressor agarrado a ele no chão, um quarto homem pega o pedaço de pau e o agride.