O prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o secretário municipal de Governo e Integridade Pública, Marcelo Calero, anunciaram, nesta terça-feira (30/11), o edital Territórios Antirracistas, que irá destinar R$ 200 mil a projetos de combate ao racismo. A iniciativa, desenvolvida pela Coordenadoria Executiva de Promoção da Igualdade Racial (Cepir), foi apresentada durante o evento de encerramento do Novembro Negro Rio 2021, no Museu do Amanhã, na Praça Mauá, no Centro.

Os participantes do edital deverão apresentar propostas de ações culturais, artísticas ou sociais que visem à promoção de práticas antirracistas e da equidade racial. Ao todo, serão contempladas 15 organizações da sociedade civil. Cinco receberão R$ 20 mil e outras dez terão direito a R$ 10 mil para realizarem suas atividades. Durante o evento, o prefeito autorizou o secretário Marcelo Calero a aumentar a verba destinada aos projetos antirracistas.

– Tivemos diversas iniciativas durante este mês de novembro dentro da pauta antirracista. A Cepir está de parabéns por provocar essa agenda na administração pública. Fico feliz de ver que cumprimos a missão de fazer o reencontro da cidade com a sua origem e sua história. Foi aqui nessa região da Pequena África que parte do povo negro chegou e se estabeleceu, contribuindo muito para a cultura do povo do Rio de Janeiro – afirmou Eduardo Paes, que foi saudado ao fim da cerimônia por uma comitiva de nigerianos da família Abioye Opeola, considerados os reis da cultura tradicional yorubá.

As inscrições abrem na primeira semana de dezembro, e poderão ser feitas pelo link https://bit.ly/edital-territorios-antirracistas até o dia 15 de janeiro. O resultado do processo será divulgado no dia 4 de fevereiro, e os projetos deverão ser executados entre os dias 1º de março e 30 de abril de 2022, período em que o município promoverá o I Congresso Carioca de Promoção da Igualdade Racial e da Diversidade Religiosa.

Para concorrer ao edital, as organizações participantes deverão ter experiência comprovada de, no mínimo, 12 meses de atuação em projetos de promoção da igualdade racial. As equipes executoras das atividades selecionadas deverão ser compostas por, no mínimo, 70% de integrantes negros (pretos ou pardos) e 60% de mulheres negras (pretas ou pardas).

– O balanço desse Novembro Negro é extremamente positivo porque fomos capazes de reunir diversos órgãos da Prefeitura do Rio e criar modelos de ações. Entre essas iniciativas, estamos pela primeira vez lançando um edital específico, dos Territórios Antirracistas, que será uma política pública que vamos deixar como exemplo para as próximas administrações. Tenho certeza que, daqui em diante, esse edital se tornará mais robusto, abrangendo cada vez mais projetos de combate ao racismo – disse o secretário municipal de Governo e Integridade Pública, Marcelo Calero.

As ações poderão acontecer de maneira presencial, on-line ou híbrida. Para garantir o acesso democrático à cultura, 60% delas deverão ocorrer nas zonas Norte e Oeste da cidade.

– O edital é para dar um estímulo a ações que tenham como mote a luta antirracista. Um curso de pré-vestibular que tem a maioria preta entre os seus alunos é uma ação antirracista. O mesmo se aplica a um projeto de acelerar leitura para crianças negras, um bloco de carnaval ou um grupo de capoeira. Tudo que tem origem na África e pretende dar mais proteção e repertório para crianças, jovens e adultos negros estará habilitado a concorrer no edital – explicou o coordenador executivo de Promoção da Igualdade Racial, Jorge Freire.

O evento também marcou o lançamento do Catálogo de Promoção da Igualdade Racial, e-book que contém informações sobre 100 instituições ligadas à temática racial que atuam na cidade do Rio. O material, disponível gratuitamente para download pelo link https://novembronegro.prefeitura.rio/catalogo/, é resultado de um mapeamento realizado pela Cepir, e traz as atividades desenvolvidas, região de atuação e informações de contato de cada projeto participante.

Dos 100 projetos catalogados, 49 são ligados à área da cultura. As áreas da educação e da assistência social somam 12 instituições cada. Outras 11 estão ligadas à defesa e garantia de direitos da população negra. Há, também, seis projetos ligados ao empreendedorismo e serviços, cinco de comunicação e cinco de turismo.

 

Cais do Valongo terá grupo de acompanhamento e proteção

Na cerimônia, o prefeito Eduardo Paes também assinou o decreto que cria o Círculo do Valongo, numa parceria da Secretaria de Governo e Integridade Pública (Segovi), por meio da Cepir, com a Secretaria Municipal de Planejamento Urbano (SMPU) e o Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH). Formado por 24 representantes do poder público e da sociedade civil, o grupo será responsável por acompanhar e propor políticas públicas para a região do Cais do Valongo, na Zona Portuária do Rio. Desde 2018, o local é considerado Patrimônio Mundial da Unesco.

– O principal objetivo do Círculo do Valongo é a manutenção continuada de um fórum de diálogo, encontros e de aprendizado comum entre esferas de governo, instituições da sociedade civil ligadas ao movimento negro e, principalmente, a comunidade que dá vida ao entorno do Cais do Valongo. Se as pedras do cais são inertes, mesmo que simbólicas, são as pessoas que vivem ali que carregam a memória da ancestralidade e que indicam os rumos futuros – afirmou o secretário municipal de Planejamento Urbano, Washington Fajardo.

O Círculo do Valongo será composto por três grupos: o Círculo Consultor, formado por conselhos e entidades da sociedade civil ligadas aos movimentos afro-brasileiros, que irão estabelecer diretrizes sobre as políticas relativas à região; o Círculo Executivo, formado por entidades dos poderes executivos municipais, estaduais e federais, que irão implementar as ações propostas; e o Círculo Protetor, formado por entidades internacionais, o Ministério Público Federal e a Coordenadoria Executiva de Promoção da Igualdade Racial, com a função de fiscalizar as ações.

 

 

Paes foi saudado por um grupo de nigerianos da cultura tradicional yorubá – Beth Santos/Prefeitura do Rio

A Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Conservação, começou neste ano a devolver para as ruas máquinas próprias que estavam paradas há anos por falta de manutenção. Ao todo, cinco retroescavadeiras, quatro caminhões e dez rolos compactadores – conhecidos como rolinhos – já ficaram prontos ou estão em fase final de reparos. Os equipamentos foram recuperados na Gerência de Máquinas e Viaturas, em Irajá.

A secretária de Conservação, Anna Laura Secco, ressaltou que a Gerência de Máquinas e Viaturas é motivo de orgulho.

– São todos funcionários de carreira, com anos de dedicação à Prefeitura e, em especial, às nossas máquinas. Quando assumi a Secretaria fiz questão de visitar as gerências, conhecer as equipes e conferir de perto suas condições de trabalho e seus equipamentos – afirmou a secretária.

Enquanto as retroescavadeiras são usadas em ações como reparo de galerias de águas pluviais, limpeza de valas e demolições, por exemplo, os rolos compactadores são empregados em serviços de reposição asfáltica, popularmente chamados de tapa-buraco. Já os caminhões servem para transporte de entulho a ser descartado e de massa asfáltica para aplicação em pistas.

Desde janeiro, a Conservação já tapou mais de 103 mil buracos, limpou cerca de 125 mil metros de galerias de águas pluviais e demoliu mais de 1.100 construções, entre edificações sem possibilidade de legalização e imóveis condenados pela Defesa Civil.

Para a secretária de Conservação, colocar máquinas próprias em funcionamento é mais um sinal do compromisso da atual gestão da Prefeitura com o Rio de Janeiro e os cariocas.

– Retroescavadeiras, caminhões e rolinhos fazem parte da nossa rotina de serviços. Não dava para aceitar que estivessem parados, se deteriorando, em vez de atuando nas ruas. Até então, nosso trabalho era executado somente com equipamentos de contratos terceirizados. Agora, temos os nossos – frisou Anna Laura.

A recuperação das máquinas da Conservação custou em torno de R$ 15 mil e incluiu serviços como troca de peças, pintura, lubrificação e limpeza. Para se ter uma ideia da economia feita, o aluguel mensal de uma retroescavadeira sai por R$ 18,5 mil, enquanto comprar uma nova significa desembolsar cerca de R$ 300 mil. No caso dos caminhões, o aluguel por mês é de R$ 10,5 mil e o veículo zero quilômetro é vendido, em média, por R$ 200 mil. Já o preço de um rolo compactador para locação por 30 dias é de R$ 8 mil, pulando para algo em torno de R$ 70 mil se a opção for adquirir um equipamento desse tipo.

Por: Ana Luiza Albuquerque

Laudos da Polícia Civil do Rio de Janeiro concluíram que as nove mortes que ocorreram no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, após operação policial no último fim de semana, foram causadas por disparos de arma de fogo.

De acordo com a necropsia, não há indícios de facadas ou de ferimentos gerados por outro tipo de arma de ação cortante ou perfurocortante. Familiares e moradores da comunidade afirmaram que os corpos tinham marcas de tortura e de facadas.

Projéteis arrecadados em três corpos passarão por confronto balístico. As armas dos policiais militares que participaram da ação e a lista dos nomes dos agentes devem ser entregues ainda nesta quarta-feira (24) à Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo, Maricá e Itaboraí, que investiga o caso.

Em nota, a polícia afirmou que testemunhas estão sendo ouvidas e que outras diligências estão sendo realizadas para esclarecer os fatos. O confronto no Salgueiro teve início no sábado, quando o policial militar Leandro da Silva foi morto a tiros durante um patrulhamento. Em seguida, 75 agentes das equipes Charlie e Delta do Bope (Batalhão de Operações Especiais da PM do Rio) foram acionadas para "estabilizar o terreno e cessar os confrontos", segundo a corporação.

Relatório da polícia, ao qual a reportagem teve acesso, afirma que o objetivo da operação foi reprimir ações de ataque às viaturas policiais de serviço. No documento, a Polícia Militar diz que, diante da morte do sargento, tornou-se "imperiosa" a atuação da unidade especial para restabelecer a ordem na área, identificar e prender os responsáveis pelo assassinato e providenciar a retirada em segurança dos policiais que permaneciam no interior da comunidade.

Especialistas consultados pela reportagem afirmam que as chamadas "Operações Vingança" são comuns após a morte de um agente. Dissertação de mestrado da pesquisadora Terine Husek, apresentada na Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) em 2017, mostra que, quando um policial é morto em serviço, as chances de um civil ser morto pela polícia no dia seguinte aumentam em 350%. Nos sete dias posteriores, em 125%. No mesmo dia, em 1.150%.

A operação no Salgueiro se estendeu por todo o final de semana e resultou na morte de nove pessoas que, ainda de acordo com a polícia, foram atingidas em confronto. A corporação não isolou o local e não avisou a Polícia Civil e o Ministério Público sobre a existência de corpos. Oito deles foram retirados de um mangue por moradores, apenas na segunda-feira (22) pela manhã.

Os nove mortos foram identificados como Carlos Eduardo Curado de Almeida, 33, David Wilson Oliveira Antunes, 23, Douglas Vinicius Medeiros da Silva, 27, Elio da Silva Araújo, 52, Italo George Barbosa de Souza Gouvêa Ros, 33, Jhonatan Klando Pacheco, 26, Kauã Brenner Gonçalves Miranda, 17, Rafael Menezes Alves, 28, e Igor da Costa Coutinho (sem informação sobre idade).

Além da Polícia Civil, a PM disse que também instaurou um inquérito para investigar as circunstâncias da operação. O Ministério Público do Rio de Janeiro informou que abriu um Procedimento Investigatório Criminal próprio para investigar a operação. Um perito também foi designado ao IML para acompanhar o exame dos corpos.

Em nota, a Defensoria Pública apontou preocupação por "não ter havido comunicação imediata por parte da Polícia Militar à Polícia Civil e ao Ministério Público da existência de corpos na comunidade". "Além disso, não houve acautelamento do local, fundamental para a realização da perícia."

Testemunhas que participaram dos acontecimentos contaram à reportagem sua versão do que aconteceu ali, que diverge da narrativa de confronto alegada pela polícia. Nenhuma delas será identificada por motivos de segurança.

Segundo esses relatos, policiais fizeram um churrasco, mataram ao menos três homens que não eram envolvidos com o crime, torturaram parte das vítimas e depois levaram duas mochilas de dinheiro, fuzis e pistolas que não estão entre as apreensões divulgadas oficialmente.

Ainda de acordo os relatos, os agentes teriam entrado no chamado Piscina's Bar no domingo (21) usando uma chave mestra e feito uma festa regada a cerveja e churrasco, deixando para trás escritos como "milícia Ecko" e os nomes do miliciano "Tandera" e da facção rival "TCP".

Do lado interno do portão marrom, os presentes escreveram um recado: "Obrigado pela recepção, ass: ? [delta] force, bonde do caça siri". Delta é o nome da equipe do Bope que realizou a operação policial no domingo.

O relatório apresentado pela polícia afirma que, durante a operação de domingo, a equipe Delta foi surpreendida inúmeras vezes por ataques do tráfico em locais diferentes, inclusive durante patrulhamento na área de mata. O texto diz que, então, a Delta iniciou "uma resposta proporcional à injusta agressão executada pelos marginais fortemente armados".

A Fundação Parques e Jardins (FPJ), vinculada à Secretaria Municipal do Meio Ambiente, deu início na última semana às primeiras ações do projeto de revitalização da Praça Paris, um dos espaços históricos mais queridos dos cariocas no eixo central da cidade. Moradores da Glória e admiradores da praça já começaram a perceber as primeiras intervenções, que fazem parte de um conjunto de ações que a Praça Paris vai receber ao longo de 20 dias.

O projeto contempla limpeza dos jardins, roçada, capina, poda de arbustos e de árvores, plantio de grama e de mudas com porte de 1,5m, adubação completa, recuperação dos bancos, reforma e pintura das muretas e colocação de saibro. A previsão para a conclusão da primeira fase dos trabalhos é para o dia 9 de dezembro.

Outro destaque fica por conta dos arbustos ornamentais que receberam uma poda polêmica em julho deste ano, a poda topiária, técnica de jardinagem utilizada para esculpir plantas, conferindo um formato artístico às mesas. A Fundação Parques e Jardins informa que, após o desbaste necessário, as plantas recuperaram o formato artístico, o vigor e estão crescendo verdejantes e saudáveis.

Jardim parisiense

Um dos maiores parques públicos da cidade, a Praça Paris foi projetada pelo arquiteto e urbanista francês Alfredo Agache e inaugurada em 1929.  Considerada um pedacinho da França no Rio, como uma joia da belle époque, a praça possui elementos inspirados nos jardins parisienses, como as galerias com traçado geométrico, monumentos, chafariz e um lago de 1.600m².

A previsão para a conclusão da primeira fase dos trabalhos é para o dia 9 de dezembro – Divulgação

Por: Igor Mello

As armas utilizadas por policiais do Bope (Batalhão de Operações Especiais) durante a operação deste fim de semana no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, ainda não foram apreendidas pela Polícia Civil, indica o RO (Registro de Ocorrência) de oito mortes ocorridas na comunidade. O documento foi obtido pelo UOL.

Segundo o documento, lavrado pela DHNSG (Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo, Maricá e Itaboraí) no fim da manhã de ontem (22), foram realizadas diversas diligências após moradores da comunidade resgatarem ao menos oito corpos de um mangue da região, mas a apreensão das armas não está entre elas.

Técnicos da Polícia Civil fizeram a perícia do local onde os corpos foram achados, recolheram 25 estojos de munição de fuzil calibre.762, 12 estojos e um cartucho de fuzil .556. Também foram encontrados quatro estojos de calibre .9mm, utilizado em pistolas das polícias - até 2019 essa munição era de uso restrito, mas um decreto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) liberou a compra por civis. Armas, no entanto, não foram encontradas.

Em nota a Polícia Civil afirmou que a DHNSG "enviou um ofício à Polícia Militar solicitando os nomes dos agentes que participaram da ação e apreensão das armas para exames periciais".

A equipe da DHNSG foi acionada às 8h, após as imagens dos próprios moradores do Complexo do Salgueiro retirando os corpos dos mortos do mangue ganharem repercussão na imprensa e nas redes sociais. O Ministério Público também abriu uma investigação independente sobre as mortes ocorridas durante a operação policial.

Segundo levantamento do Geni (Grupo de Estudos de Novos Ilegalismos), que reúne pesquisadores da UFF (Universidade Federal Fluminense), o Complexo do Salgueiro tem um histórico de violência policial: desde 2007, a região foi alvo de 205 operações policiais, com um saldo de 80 mortos - os dados vão até o fim de outubro deste ano. O Geni registra ainda outras nove operações classificadas como chacinas (com três ou mais civis mortos) desde 2007, cinco apenas em 2021.

Segundo os moradores, os homens foram mortos durante uma ação do Bope no último domingo. Os policiais foram à comunidade porque supostamente havia a informação de que um dos responsáveis pelo assassinato do sargento Leandro Silva - ele foi baleado quando criminosos atacaram uma guarnição do 7º BPM (São Gonçalo) perto da área de mangue na comunidade.

POLICIAIS NÃO FORAM IDENTIFICADOS

Segundo o RO, parentes das vítimas identificaram sete dos oito corpos ainda durante as diligências na comunidade. Já a cena do crime, segundo o relato policia, foi desfeita em razão da remoção dos corpos pelos moradores e pelo trânsito de pessoas, o que pode prejudicar a investigação. Os nomes dos policiais que participaram da ação também não foram identificados.

Isso ocorre porque o inquérito tem uma circunstância pouco usual: normalmente são os próprios policiais que vão à delegacia registrar casos de mortes por intervenção de agentes do Estado. Como isso não ocorreu no Salgueiro, os investigadores da Polícia Civil terão primeiramente que identificar os policiais envolvidos nos homicídios, para só então apurar se houve prática de crimes pelos PMs.

Em nota, a Polícia Civil informou que está recolhendo depoimentos e irá ouvir outras testemunhas ao longo da investigação, mas não divulgou nomes. Além disso, a corporação aguarda os laudos de necropsia dos mortos.

PM NÃO FEZ VARREDURA APÓS OPERAÇÃO


O porta-voz da PM, o tenente-coronel Ivan Blaz, disse ao UOL que, durante a ação, suspeitos de serem traficantes se refugiaram na área da mata e, após cessarem os supostos confrontos, não foi feita uma varredura no local devido à complexidade da região.

Segundo Blaz, houve uma ocupação na quinta-feira (18) na região e foram registrados confrontos durante três dias. De acordo com ele, a operação foi informada ao Ministério Público e tinha como objetivo combater a criminalidade.

Segundo a PM, foram apreendidos na ação duas pistolas, 14 munições calibre 9 milímetros, 56 munições de fuzil calibre 762, cinco carregadores (dois para fuzil e três para pistola), um uniforme camuflado, 813 tabletes de maconha, 3.734 sacolés de pó branco e 3.760 sacolés de material assemelhado ao crack. A ocorrência foi encaminhada para a delegacia da área.

PMS DE BATALHÃO DO SARGENTO MORTO FIZERAM FESTA


Moradores do Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, relatam que policiais militares do 7º BPM fizeram festa em uma piscina a cerca de 500 metros de onde foram encontrados corpos em um mangue na manhã de hoje.

A festa teria acontecido na noite de sábado (20) e entre a noite de domingo (21) e a madrugada desta segunda (22), ou seja, antes e depois da chacina -que aconteceu no início da noite de domingo.

Os relatos dão conta de que um grupo de ao menos 20 policiais militares entrou no Piscina's Bar na tarde de sábado, e ficou até as 22h. No domingo, por volta das 18h, o grupo voltou para a piscina e ficou até a madrugada.

Dentro do estabelecimento, que estava fechado desde a última invasão -também por PMs, segundo moradores -há inscrições que fazem menção a dois grupos milicianos diferentes, bonde do Ecko e do Tandera, além de uma menção à facção criminosa Terceiro Comando Puro.